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sábado, 24 de fevereiro de 2018

A Palavra; os bezerros

“... tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá... com ele Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã; tenho dado sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo o que te tenho ordenado.” Êx 31;2 e 6

O Senhor escolhendo artífices para as obras do Tabernáculo e os indicando a Moisés.

Logo adiante, Moisés foi chamado a um particular com o Eterno, e, na ausência dele, uma decisão democrática foi tomada. “... vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte acercou-se de Arão e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Cap 32;1

Temos o primeiro problema com a democracia nos domínios espirituais; tempo. Ele deixa de ser visto da perspectiva Divina e desce para a rasteira e precipitada visão humana. Qual o parâmetro para decidir que Moisés tardara?

Segundo problema: Estupidez. “... faze-nos deuses que vão adiante de nós...” Ora, se, é de humana feitura, não vão a lugar algum, exceto, se forem levados. Um deus assim, invés de guia é apenas um peso extra, uma carga totalmente inútil.

Terceiro: Profanação. A criação de deuses alternativos demanda a negação do Verdadeiro. A libertação de modo espetacular deixa de ser Obra Dele, para ser um feito humano; “... Moisés, homem que nos tirou da Terra do Egito...”

Por fim patentearam a cegueira como base da sua decisão; pois, disseram: “... não sabemos o que sucedeu.”

Ora, sendo O Senhor, Luz, não nos chama a andarmos totalmente no escuro basear nossas escolhas ou, ações no que não sabemos. Se, eventualmente nos prova no “vale da sombra da morte” ainda assim, Seu nome, ao qual está associada Sua Santidade, Integridade, Seus Feitos, ainda é o Luz a pautar no escuro a segurança dos fiéis; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

A suma é que, a Obra de Deus é Teocrática. Ele Governa, escolhe pessoas, determina ações, tempo, etc. As iniciativas humanas, na melhor das hipóteses são filhas da carne; e essa é inimiga do Santo. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à lei de Deus, nem, pode ser.” Rom 8;7

Claro que o contexto de então era diverso, bem como, o propósito Divino. Então era o estabelecimento do povo eleito na Terra Prometida. Não havia palavra escrita e Deus dava Seus Comandos a Moisés que os transmitia ao povo.

O fito atual é a salvação das almas, de todos os povos; A Palavra de Deus está expressa e impressa, ao domínio de quem a desejar. Melhor; aos convertidos é dado O Espírito Santo, O Inspirador das Escrituras como Intérprete, para facultar que todos os filhos de Deus possam conhecer a Vontade do Pai. Capacita a entender e ajuda cumprir; àqueles que se mostram submissos.

Assim, não precisamos tomar decisões no escuro, antes, somos instados a andar na Luz, ou seja, em conformidade com o que sabemos ser, a Vontade Divina; assim, e só assim, a Eficácia do Bendito Sangue de Cristo se verifica em nosso favor; “se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.”

Se, Davi em seu duelo com o gigante recusou as armas de Saul, confiante no Nome do Senhor dos Exércitos foi, apenas com sua funda, os “Davis” atuais não só aceitam armas inadequadas, como, em muitos casos usam as prerrogativas de Golias. Querem causar impressão pelo tamanho, pelo volume, invés da pureza e dependência exclusiva do Santo.

Aí, sai a santidade da condição de aferidora da obra e entra o sucesso esse doido, fora da casinha que, desde sempre vem canonizando nulidades; em muitos casos, são a ignorância, cegueira e mau gosto os pajens do sucesso, não, o talento.

As “demoras” Divinas não são permissões para que assumamos Seu Lugar; antes, testes para nossa fé patentear a confiança irrestrita no Santo. Iniciativas espúrias que desconsideram a Integridade da Palavra, e a Soberania Divina, não passam de novos Bezerros de Ouro, profanação, desobediência, cegueira, temeridade.

Embora sejam feitos como aquele, para aplauso da plebe insensata, redundam de novo, na Ira Divina.

Os cegos precipitados e manipulados perdem-se, pois, pelas bijuterias imediatas abrem mão de diamantes. Arrecades-se ouro entre o povo; sempre haverá um “Arão” para moldá-lo; mas, A Palavra de Deus está com Moisés.

domingo, 23 de agosto de 2015

"The Voice"

“E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, as ovelhas o seguem, porque conhecem sua voz.” Jo 10; 4

O senhor usa aqui uma alegoria da relação, pastor-ovelha para figurar a Sua, com seus servos. A confiança se estabelece na intimidade gerada pelo convívio, que faculta aos servos identificarem a voz do líder.

Entretanto, se às ovelhas, a voz, estritamente, já basta como aferidora, aos cristãos, o assunto resulta um pouco mais complexo. Digo, a “voz” vai além de recursos vocais, articulação fonética. Um traço posto em relevo após o Sermão da montanha foi que, Jesus era diferente da de outros metres. “E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina; porquanto os ensinava como tendo autoridade; não como os escribas.” Mat 7; 28 e 29

Nesses tempos de frouxidão moral, onde disciplina, autoridade, não raro, são equacionadas com rispidez, falta de amor, muitos terão dificuldade de identificar a voz do Pastor, por, treinados em vieses psicologizados invés do convívio com o Santo.

Poucos ministros que se dizem de Cristo logram a devida negação do eu, “que ele cresça e eu diminua” como disse João Batista, para, enfim, serem reduzidos a vozes no deserto, como aquele. Quem atinge tal alvo, se faz como a voz do Sumo Pastor; dignamente O representa.

Amiúde, a Voz de Deus abarca toda Sua Palavra, devidamente contextualizada, Seus mandamentos. Repreendendo aos do Êxodo disse: “Nada falei sobre sacrifícios e ofertas, antes, disse: Dai ouvidos à Minha voz.” Desse modo, a voz associa-se ao conteúdo do que está sendo dito, antes, que o recurso sonoro envolvido.

Paulo apresenta uma situação em que o diabo transfigura-se em anjo, seus ministros, em ministros de justiça. Se, a figura é um recurso aparente, a voz, em dado momento trará à tona o que jaz no interior. No Apocalipse temos uma figura interessante: “E vi subir da terra outra besta; tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.” Apoc 13; 11 Temos a imitação visual de Cristo, “Semelhante a um cordeiro”, mas, a essência satânica assomando na fala; “falava como o dragão...”

Como fala tal ser? Bem, na primeira vez que apareceu “pilotando” uma serpente falou relativizando a Palavra do Criador, minimizando consequências, prometendo grandezas espúrias, imputando imperfeição ao Caráter Divino. Qualquer ministro, que, hoje, anda exibir tais traços em sua mensagem, mesmo que faça as maiores demonstrações de poder, ou, até, obras de caridade, não passa de um filhote de dragão transfigurado, tentando parecer-se com O Cordeiro.

Desgraçadamente, grande parte da igreja move-se por essas vozes. Pessoas recebem sinais, prodígios e são instadas a testemunharem para glória e arrecadação de “apóstolos” “missionários” “bispos” e “pastores” vários, como se fosse esse o fim da Voz do Salvador. Milagres não são aferidores de nada; o gládio é entre verdade e mentira, o que muitos incautos recusam-se a ver.

Paulo aludindo ao surgimento do anticristo ensinou: “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2; 9 a 12

Vemos obliquamente mais um traço da Voz Bendita de Cristo: Enseja amar à verdade. Desse modo, como poderia alguém, pregar santidade, ou, mencionar o Santo em seus lábios acoroçoando ainda anseios ímpios no íntimo? O mesmo Paulo desfaz a possibilidade; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2; 19

Desse modo, temos uma nuance mais, da “Voz” de Cristo; gera testemunho santo.

A identificação da Voz do Pastor requer ajuda do Espírito Santo, que lega o necessário discernimento. Esse faculta a abstração de todo a aparência, busca apenas, a verdade.

Em coisas espirituais, pois, deveríamos nos comportar como os jurados do programa, “The Voice” que ficam de costas para o cenário e os candidatos; eventual aprovação que resulta em virar a cadeira deriva exclusivamente da voz, outro fator não conta.

Embora se diga: “a voz do povo é a voz de Deus”, no âmbito espiritual ninguém faz passeatas tentando destituir o governo que escolheu, por sentir-se enganado. Afinal, um traço mais, da voz do Santo, é Sua imutabilidade; muito mais perene que as coisas que reputamos concretas, como advertiu O Salvador: “Passarão os céus e a Terra, mas, minhas Palavras não hão de passar.”

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Biografiia espiritual

“Tinha vinte e cinco anos de idade quando começou a reinar, e vinte e nove anos reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias.  E fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi, seu pai.” II Rs 18; 2 e 3

Com esse texto, o cronista começa a narrar o reinado de Ezequias. Forma comum, aliás, sempre que nova biografia fosse escrita; fulano tinha tal idade quando começou a reinar, e fez o que era reto, ou, mau, perante o Senhor.

Diferente das biografias de celebridades que contam peripécias desde o nascimento, a dos reis de Israel começava sempre que chamados por Deus. Embora tais não fossem homens espirituais, como se pretende os do “novo nascimento” em Cristo, já se via como é escrita a história dos salvos: Começa após o chamado de Deus; os feitos pretéritos, absolutamente, não interessam.

Mesmo quanto ao Senhor, há apenas relatos sobre seu nascimento, uma menção aos doze anos, de resto, a informação genérica que crescia em graça e sabedoria, ante Deus e os homens. No tempo de Deus, entrou em cena, e não saiu mais.

De Paulo, o maior dos apóstolos, apenas o incidente da morte de Estevão é mencionado antes da viagem onde se deu sua conversão. Foi ele, aliás, que chamou os atenienses a Cristo, dizendo que Deus desconsiderava o passado destes; Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17; 30

Exortando os romanos a andarem em novidade de vida, Paulo desafia-os a trazerem à luz, algum fruto do passado, se é que alguns se inclinavam a viver ainda daquela forma; “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. E que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6; 20 e 21
 
Então, se o passado de um pecador o envergonha em face do novo nascimento, é uma graça extra de Deus, que ele  não conste em nossa biografia.

Entretanto, a conversão tem sido tratada de modo tão superficial, que sequer existe esse “divisor de águas”, entre o passado de erros, e a novidade de vida. Na maioria dos casos se verifica mera adesão eclesiástica, ou, sequer isso; apenas o rótulo de cristão, vivendo cada qual à sua maneira.

Conversão é algo sério, traumático; ruptura, novidade de vida! O abandono da nossa visão da vida, pela versão de Deus! “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele;…” Is 55; 7

Deus se dispõe a apagar nosso passado perdoando; mas, não,  abonar erros deliberados, ignorando. Alguns têm agido como se mudar o rótulo alterasse o produto; não! Nada muda, exceto a informação aparente que passa a ser uma mentira. Aquele que se diz cristão sem mudar de vida faz o mesmo; acrescenta aos seus pecados de antes, o da hipocrisia.

Argumentos em defesa de erros, tipo; eu nasci assim, ao invés de “santificarem” o erro, apenas identificam o hipócrita, que não nasceu de novo; quer andar segundo os instintos naturais, e exibir credenciais espirituais. Ante Deus, sua biografia sequer começou a ser escrita.

Biografia é história de vida, não contos de morte! Paulo ensina: “… quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” Ef 4; 22 a 24

Precisamos considerar, em âmbito ministerial, que a rejeição e perseguição do mundo identifica os servos de Deus, antes, que o aplauso. Sem essa escusa barata, porém, de descumprir até a imperfeita lei dos homens, e depois se dizer perseguido; a promessa de bênção incide sobre os que são vítimas de mentira, não réus transgressores; “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.” Mat 5; 11
 
Ainda que aceitação social seja agradável,  a aceitação Divina que é vital; ademais, a biografia espiritual, é escrita no céu; Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; e o Senhor atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante dele, para os que temeram o Senhor, e para os que se lembraram do seu nome. E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve.” Mal 3; 16 e 17

Antes de nossos feitos registrados, é preciso nosso nome no livro de registros celeste, como ensinou o Salvador; “…Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3; 5

Ainda que tenhamos vivido muito, sem a “marcas de Cristo”, seguimos mortos.
“Nada é menos digno de honra do que um homem idoso que não tenha outra evidência de ter vivido muito exceto a sua idade.” Sêneca