“... O Senhor o deu, O Senhor tomou: Bendito seja O Nome do Senhor.” Jó 1;21
Jó, quando informado que, todos seus bens foram consumidos e seus filhos, mortos.
Ah, se todos tivessem entendimento que, nada acontece, senão, pela vontade ou permissão do Senhor! No caso, fora a Divina permissão que autorizara ao canhoto, para que fizesse seu trabalho sujo.
Infelizmente, invés de um Ser, Sábio, Santo, Justo, Proposital, Soberano, Moral, além de Amoroso, a maioria costuma ter O Todo Poderoso como se fosse uma espécie de Papai Noel; festeiro, amoral, pródigo, inconsequente, sentimental, que validaria a tudo; acataria todos, em nome do “amor”.
Coisas “boas” são atribuídas a Ele, enquanto, os reveses seriam, necessariamente, burlas da oposição. Dessa abordagem surgem ditos como, “Mais tem Deus para dar, que o diabo para tirar.” Assim, Deus seria sempre Aquele que nos dá as coisas, o inimigo quem as tira; será?
O endeusamento das conveniências naturais evidencia crassa ignorância sobre O Altíssimo, e as próprias necessidades, na miserável condição de caídos. Suponhamos que alguém erre, tome o descaminho; algo que requeira severa correção; mas, invés disso o sujeito seja cumulado de bens. Qual a implicação disso? Estaria sendo abençoado, malgrado, suas perversões?
Os que não consideram a Santidade do Senhor, antes de outras coisas, podem ceifar nocivas implicações e severas disciplinas. A correção não busca aos estranhos, antes, aos filhos; “Porque O Senhor corrige ao que ama, açoita a qualquer que recebe por filho; se suportais a correção, Deus vos trata como filhos. Porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então, bastardos, não filhos.” Heb 12;6 a 8
Quem faz tudo errado, na contramão dos Divinos preceitos e prospera, ou está na esfera da Divina permissão, onde O Eterno tenta lhe falar, para o iluminar; ou recebe suas “bênçãos” de outro deus.
Nos dias de Malaquias, O Profeta denunciara um culto profano, com sacrifícios desprezíveis, vontade sonolenta, preguiçosa. O mensageiro fez seus ouvintes verem o que significaria, eventual aceitação daquilo: “Vós O profanais quando dizeis: A mesa do Senhor é impura; seu produto, isto é sua comida é desprezível. E dizeis ainda: Eis aqui que canseira! O lançastes ao desprezo, diz O Senhor dos Exércitos. Vós ofereceis o que foi roubado, o coxo, o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria Eu, isso das vossas mãos? Diz O Senhor.” Ml 1;12 e 13
Tais profanações, se aceitas, significariam: “... qualquer que faz o mal passa por bom ao Olhos do Senhor; desses que Ele se agrada; ou, onde está o Deus do juízo?” Mal 2;17
Assim, não apenas pela correção dos profanos, mas, também pela separação do Santo Nome daquilo, O Eterno tinha que rejeitar, e foi o que fez. “Quem há também entre vós que feche as portas por nada, não acenda debalde o fogo do Meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz O Senhor dos Exércitos, nem aceitarei a oferta da vossa mão.” Mal 1;10
Do endeusamento das ímpias inclinações, e a necessidade hipócrita de adorná-las com um verniz religioso, a fortuna dos falsos profetas que, em demanda de aplausos, aceitação, falam segundo os desejos de quem os ouve, não, de quem, supostamente os teria comissionado. “Porque virá o tempo em que não suportarão à Sã Doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si, doutores segundo as próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4
Os filhos de Jó se preocupavam com diversões apenas; Jó com a lisura espiritual e comunhão com Deus; “...decorrido o turno dos dias dos seus banquetes, enviava Jó e os santificava; se levantava de madrugada, oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia: Porventura, pecaram meus filhos. Amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia, continuamente.” Jó 1;5
Na hora que o invejoso mor pediu ao Eterno permissão para testar a fé de Jó, foi vetado que o inimigo tocasse na vida dele apenas, não na dos filhos. Quem acha que a vida é mero convite para festa, e, são coisas irrelevantes, as renúncias e santificação ensinadas, poderia aprender algo aqui.
Estar abençoado por habitar na sombra de alguém que honra a Deus, é bom; mas ser abençoado por manter um relacionamento saudável e reto com Ele, em qualquer circunstância, é vital.
Certo que O Pai tenciona nos enviar apenas coisas boas; mas Ele decide o que é bom para nós. Se vir como necessárias algumas perdas de relevância menor, para que o mais importante seja preservado, Ele permitirá. “A calmaria que nos faz dormir, pode ser mais fatal que a tempestade que nos mantém acordados.”
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