terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Católicos e Evangélicos


“Quem ouve a vós, a Mim ouve; quem rejeita a vós, a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita Aquele que Me enviou.” Luc 10;16

Ouvi um padre respondendo à questão: “Qual a diferença entre católicos e evangélicos?” "Católicos são Palavra, Magistério e Tradição; evangélicos é apenas, Bíblia, Bíblia, Bíblia.” Afirmou.

O Magistério significa a sucessão apostólica, - pontuou - citou o verso acima, onde, quem ouve aos apóstolos ouve a Cristo; quem os rejeita, rejeita ao Senhor, por fim, rejeita a Deus.

Disse que, termos a Bíblia como única regra de fé e prática, parece muito bonito. Mas, quem define qual a interpretação correta? Questionou. Deixando nas entrelinhas que essa é a função no Magistério. Por isso, há tantas denominações, concluiu.

Que os apóstolos são fundamentais para edificação da Igreja, de acordo: “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a Pedra principal, de esquina.” Ef 2;20 As epístolas que escreveram e seus atos, sobre a doutrina de Cristo, são fundamentais para a compreensão da fé, e edificação da Igreja. Tudo isso está na Bíblia.

No encerramento dela, O Senhor vetou que acrescentasse ou omitisse qualquer coisa; “... se alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará sua parte do Livro da Vida...” Apoc 22;18 e 19

Mas, poderia objetar alguém: Essa restrição se refere apenas ao Apocalipse; será? “Toda A Palavra de Deus é pura; escudo é, para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

Quando Cristo disse: “Quem ouve a vós ouve a Mim...” deve ser entendido no contexto. Não significa que tudo o que eles falassem era probo, correto. A Pedro disse, em certo momento: “Retira-te Satanás!” Paulo em Antioquia precisou repreender publicamente o mesmo Pedro, porque não agia retamente. Gl 2;11 Tomé duvidou da ressurreição.

“Quem ouve a vós ouve a Mim” significa, quando vós falardes as coisas para as quais Eu vos comissionei; não, quando falardes de moto próprio. Nesse sentido, ainda hoje, qualquer um que falar segundo A Palavra Dele, sendo ouvido, será um instrumento para que Cristo seja ouvido. Isso é de uma simplicidade cristalina, o vulgo pode entender sem carecer estudo.

Quando pregamos retamente À Palavra de Deus, não, nossas inclinações ou opiniões, quem nos rejeitar, estará rejeitando a Ele, ao qual representamos, eventualmente.

Quanto às tradições, são coisas neutras; pegam costumes pretéritos e guindam ao futuro, sem os valorar, necessariamente. Coisas ruins, más escolhas, também se transmite assim. “Invalidastes pela vossa tradição, o mandamento de Deus.” Mat 15;6 “... fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais.” I Ped 1;18 etc.

Se, o Papa representa mesmo, a sucessão apostólica, e o que disser deve ser aceito como sendo de Cristo, (Quem ouve a vós ouve a Mim) “Cristo” caiu em grave contradição ao longo dos anos. Naqueles dias disse: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Outro dia, o “sucessor” disse na Indonésia, que todas as religiões são válidas, conduzem a Deus, embora usem linguagens diferentes. Logo, o Mesmo Cristo que pontuou Sua exclusividade para fins de Salvação, agora, mediante o Magistério, estaria dizendo exatamente o contrário???

É vero que há muitas denominações que não são sadias, e que a interpretação bíblica não é particular. A Bíblia o diz: “Sabendo primeiramente isto: Que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.” II Ped 1;20 

Mas invés dum suposto “Magistério” como intérprete idôneo prescreve a assistência do Espírito Santo; “... os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” Seria esse restrito a uma elite? Ao clero?

“... não são muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos ou nobres, que são chamados; mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir às sábias...” I Cor 1;26 e 27

Quisera no meio dito protestante, fosse apenas a Bíblia, retamente interpretada; mas, infelizmente não é assim. Há muitas distorções, infiltrações, erros crassos e hipocrisia.

Mas, acredito que os católicos também têm seus problemas; ao meu ver, o mais grave de todos é a tentativa de suplementar ao que é perfeito, A Palavra de Deus; o que, no fundo acaba sendo sua rejeição. 

“Como, pois, dizeis: Nós somos sábios e a Lei do Senhor está conosco? Eis que em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas; os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram À Palavra do Senhor, que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9

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