“Filho meu, ouve a instrução do teu Pai, e não deixes o ensinamento da tua mãe.” Prov 1;8
Uma conclusão necessária é que, pai e mãe, ensinam coisas alinhadas aos mesmos valores. Só assim, os conselhos de um e outro, não se contraditando, que será possível ao filho, guardar o que receber de ambos.
Imaginemos um cônjuge “inclusivo” tolerando comportamentos mundanos que a Palavra deplora, e outro pretendendo ser fiel à mesma. Nesse caso, ao qual dos dois, o filho ouvirá? Por isso, a importância de pai e mãe falarem a “mesma língua”, terem os mesmos valores. Os filhos não devem crescer como Esaú e Jacó; sendo um, o preferido do pai, outro, da mãe.
Em se tratando da filiação espiritual, também temos “Pai e Mãe”. “Na verdade, na verdade te digo, que aquele que não nascer da água (Palavra) e do Espírito (Santo) não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5
Como sabemos que a água se refere à Palavra? Jesus mesmo disse: “...aquele que beber da água que Eu lhe der, nunca mais terá sede...” Jo 4;14 Referindo-se à Sua Palavra. Diz mais a Escritura: “... Cristo amou à igreja, e a Si mesmo entregou por ela, para a santificar, purificando-a pela lavagem da água, pela Palavra.” Ef 5;25 e 26
Assim, O Pai que gerou vidas espirituais É O Espírito Santo, a “Mãe”, A Palavra de Deus.
Infelizmente em muitos casos vemos filhos de pais solteiros presumindo viver em famílias normais. Digo, uns que enfatizam sobremaneira a ação do Espírito, os pentecostais, e muitas vezes, se mostram desleixados no conhecimento indispensável da Palavra.
Outros, que são ciosos da Palavra, com esmero teológico, hermenêutica rebuscada, domínio dos idiomas originais, esforço para bem interpretá-la, os ditos tradicionais; que, todavia, são avessos aos dons espirituais, como se esses fossem uma providência sazonal, apenas para a Igreja incipiente, e que tivessem deixado de existir, no decorrer dos dias. Aqueles veem a esses como “frios”; esses, àqueles, como vazios.
Qual seguimento está correto? Uma pergunta de Paulo, noutro contexto, caberia aqui: “Está Cristo dividido?” I Cor 1;13
Acredito que o preceito inicial, que se referia às famílias originalmente, também se aplica à família da fé; “Filho meu, ouve a instrução do teu Pai, e não deixes o ensinamento da tua mãe.”
Os que acreditam nos dons espirituais e por eles se expressam, sejam cuidadosos para não incorrem em criancices; balizem seu cristianismo segundo A Palavra escrita, não, supostas “revelações” e presumidas palavras reveladas, quando devem ancorar seus barcos no que foi escrito, não, singrar noutra direção;
Os que já são alicerçados na Sã Doutrina, reconheçam que os dons espirituais fazem parte do ensino da Palavra; não há nenhum texto, corretamente interpretado, que faça presumir que foi aquilo, um arranjo circunstancial.
Encabeçando o rol dos dons espirituais aliás, estão, Palavra da Sabedoria e da ciência; I Cor 12;8 Se, os dons eram apenas para aquele tempo, até que viesse o que é perfeito, e isso significaria o fechamento do Cânon, como defendem alguns, cessaria apenas o dom de línguas, os demais seguiriam? Algumas sutilezas “teológicas” traem aos seus próprios defensores.
Quanto aos que são adeptos dos dons espirituais e sua manifestação, não esqueçam um detalhe: “A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.” I Cor 12;7 Devem ser parte permitida e disciplinada do culto, não, a razão de ser.
Muitas criancices estilo “reteté”, além de escandalosas são totalmente inúteis. Não servem de sinal para nada, senão, de óbice ao fluir da Palavra. Os que ficam girando quais enceradeiras desgovernadas em ambientes onde A Palavra deve ser ensinada, nada recebem e nada comunicam que tenha algum valor. Assoma honesta dúvida, nesses casos, de que não é o Espírito Santo que os anima, pois, O Pai, não atua contra a Mãe.
Assim, as “manifestações espirituais” que ocorrem em prejuízo da Palavra, devem ser contidas, pois, entre outros danos, o encorajamento do que é falso, prejudica ao que é genuíno.
Onde está o equilíbrio, pois, entre o espaço devido à Palavra, e a liberdade para a manifestação espiritual? Paulo preceitua: “Irmãos, não sejais meninos do entendimento; mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.” I Co 14;20
O bom ouvinte da Palavra que é aperfeiçoado pela mesma e capacitado a discernir espíritos, ensinos, separando o joio do trigo; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem, quanto, o mal.” Heb 5;14
Enfim, não sejamos tão Palavra, que soneguemos ao que a própria Palavra ensina, atuação do Espírito Santo mediante dons; nem tão “espirituais”, que sejamos relapsos com o necessário estudo bíblico.
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