quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Lavouras de Deus


“Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6;7 e 8

Pequena alegoria evidenciando qual deve ser a reação dos que recebem a semente da Palavra de Deus. Tanto podemos produzir erva proveitosa, quanto, espinhos e abrolhos.

Como sabemos que é alegoria atinente aos servos de Deus? O verso seguinte explica: “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, coisas que acompanham a salvação...” Assim, entendemos que a “terra” são nossos corações, a boa semente, a Palavra de Deus; a erva proveitosa ou, espinhos, nossa resposta ao Divino amor manifesto, e seu convite direcionado a nós.

Desde a Antiga Aliança, O Eterno usou essas figuras, de onde podemos aprender a quais coisas O Divino Agricultor chama de ervas proveitosas; “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercessem juízo, eis aqui, opressão! Justiça, e eis aqui, clamor!” Is 5;7 Ações calcadas na justiça, no juízo, são frutos desejáveis ao Eterno.

Na Parábola do Semeador, O Salvador figurou Sua Palavra como semente, nossos corações como terra. Por Isaías usara linguagem semelhante; como uma semente fértil que faz brotar e produzir, “Assim será a Palavra que sair da Minha Boca; não voltará para Mim vazia, antes, fará o que Me apraz, prosperará naquilo para o que a enviei.” Is 55;11

Então, se a terra que produz o que Deus deseja é por Ele abençoada, natural a conclusão que, quem quer ser abençoado, deve ser antes, uma bênção. Como disse quando chamou a Abrão; “... tu serás uma bênção.” Gn 12;2

À medida que, a Palavra da Vida começa operar em nós efetuando as transformações necessárias, outros que nos observam já serão influenciados pelo que notarão em nós; “... muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3 A transformação veraz, de quem se converte, se torna mensagem para quem observa.

Um cristianismo que não tem reflexos horizontais, que não faz Cristo visível em nós, certamente tem problemas. O Salvador ensinou que não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte, significando que Ele em nós, certamente seria visto de longe; “Assim, resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai que está nos Céus.” Mat 5;16

Infelizmente, muitos que se mostram refratários à disciplina e obediência indispensáveis no Reino de Deus, hiper enfatizam à Graça Divina, e menosprezam os necessários frutos. Acaso um lavrador ara à terra se não desejar que ela lhe produza? “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura...” I Cor 3;9 ensina Paulo.

O fato da salvação ser de Graça, atina ao nosso “mérito”; não a podemos pagar, nem a merecemos; entretanto, o termos sido salvos mediante arrependimento e submissão a Cristo, nos coloca na condição de lavoura que deve produzir; a certos lavradores relapsos, foi dito: “Portanto, Eu vos digo que, O Reino de Deus vos será tirado, e será dado a uma nação que produza seus frutos.” Mat 21;43

A ineficácia das obras para efeito de salvação, prescreve o não colocarmos as mesmas em lugar indevido; porém, como testemunhas da salvação, elas são requeridas, necessárias.

“Porque somos feitura Sua, criados em Jesus Cristo para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10 Deus lançou Sua semente para que produzisse.

O “Deus me aceita como eu sou”, dos que se recusam a ser regenerados como Cristo É, precisam ler melhor à Palavra; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram, tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Os que altercam com a Santa Palavra, opondo a ela óbices do humano pensar, ainda não entenderam a distância que há entre a Santa Semente e as das ervas daninhas.

“Deixe o homem ímpio o seu caminho, e o homem maligno seus pensamentos... porque os Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz O Senhor; porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, são os Meus caminhos mais altos que os vossos, e meus pensamentos, mais altos que os vossos.” Is 55;7 a 9

O Salvador ensinou que pelos frutos se pode conhecer às árvores. Assim, produzirmos o que Deus deseja, não é mero reclame da produtividade; antes, um necessário traço de identidade. “... mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei minha fé, pelas minhas obras.” Tg 2;18

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