segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Jesus Cristo, ou Deus?


“Aquele que Me odeia, odeia também ao Meu Pai.” Jo 15;23

Os que fazem distinção moral, espiritual, entre o Antigo e o Novo Testamentos, também a fazem, entre O Criador, e Jesus Cristo. Ele ensinou o amor, dizem; na Antiga Aliança, se encorajava guerras, condenava à pena de morte, ordenava a destruição de rebeldes...

“Jeová era um deus tribal, invocado pelos israelitas quando iam aos seus combates”. (li isso de um autor espírita) Jesus Cristo, pela abrangência do que ensinou, não pertence a uma tribo apenas, mas a todos os povos. “... em ti serão benditas todas as famílias da Terra” Gn 12;3 disse Jeová a Abraão. O que desmente a falácia do deus tribal.

Jesus jamais pretendeu ser um Upgrade de Deus; ou, alternativa ao Criador; Associou-se a Ele afetivamente chamando-o de Pai; “Aquele que Me odeia, odeia também ao Meu Pai.” Essencialmente, dizendo serem iguais; “Eu e O Pai, Somos Um.” Jo 10;30 manifestamente, mostrando-se iguais; “... quem vê a Mim vê ao Pai...” Jo 14;9 Afinal, Jesus Cristo É “... O resplendor da Sua Glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;3 etc.

Então, gostar de Jesus, achando-o o Mestre Supremo do amor, mas ter reservas contra O Pai, por não concordar com o Velho Testamento, não é derivado de nenhum lapso no Eterno, nenhuma superioridade de Cristo, ou divisão na Divindade. Não há texto que embase isso.

Antes, trata-se de crassa ignorância sobre O Senhor, e Seu relacionamento com o homem. Em muitos casos, é por hipocrisia mesmo, dos que fingem não entender o que não lhes convém; concorre a desonestidade intelectual, ousando com meias verdades, mantendo pretensa pose espiritual, enquanto camuflam as próprias incredulidades.

O Eterno escolheu a um povo, prometendo-lhe uma terra. Povo inculto, rudimentar, ao qual, teve que ensinar.

Como fazemos com uma criança, ante algo perigoso, uma chaleira quente, por exemplo; reduzimos a linguagem ao mínimo necessário; dizemos: Não toque aí! Caca! Assim, O Eterno vetou muitas coisas atinentes à higiene, como “imundas”; em atenção à limitada capacidade de compreensão deles; não porque tivesse algum peso espiritual.

Grassava o desconhecimento sobre fungos, vírus, bactérias, coisas que poderiam transmitir males como lepra e outras doenças contagiosas. Assim, as práticas de risco nesse sentido foram vetadas por “imundas.” Não façamos porque Deus reprova. Era a forma Dele proteger às “crianças”.

Eram os “rudimentos do mundo”, como A Palavra ensina. Assim, aplicar àquele contexto, valores e ética da civilização atual é um anacronismo doentio. Não foi Deus que mudou, cresceu; antes, o ser humano adquiriu melhor compreensão das coisas, embora tenha piorado moralmente.

Antes que algum “desentendido” já mencionado venha a defender o “supremo valor da vida” como uma conquista do homem civilizado contra os excessos do “Deus violento” daqueles dias, lembre-se que a maioria dos “civilizados” defende o aborto, contra a vontade do Eterno. Se tiver espelho, pois, use.

Na Nova Aliança, O Salvador desafiou a todos, convidando-os a um Reino muito superior; “Arrependei-vos porque é chegado O Reino dos Céus.” Os contágios ameaçadores agora, são de outra estirpe, espirituais, não, de saúde.

Quando Sua “Embaixada” era de carne, havia o risco que outra, tribo mais feroz, a pudesse destruir; então, O Eterno pelejou por ela, pagando na mesma moeda aos que tentavam matar aos do povo escolhido.

Cumprida a “plenitude dos tempos” com o advento e a Vitória de Cristo, O Reino foi estabelecido espiritual, universal; por cada um que nele ingressa O Eterno peleja, pelo Espírito Santo, capacitando ao servo, Nele, para os embates necessários.

“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas contra principados, potestades, príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12 É Ele, nas nossas consciências vivificadas, que adverte das “cacas”, cada vez que corremos o risco de nos queimarmos.

A sina de receber, cada um, seus feitos na mesma moeda, permanece. “Com a medida com que medirdes, mediarão a vós;” “Tudo o que o homem semear, isso ceifará” etc. a diferença é que a longanimidade Divina retarda o merecido juízo; desafia ao arrependimento que Ele deseja; “... não tenho prazer na morte do ímpio; mas que o ímpio se converta do seu caminho e viva...” Ez 33;11

Então, vemos o Deus “violento” da Antiga Aliança, manifestando Seu Prazer em salvar; os que resistiram ao Seu convite em Cristo, “Diziam aos montes e rochedos: Caí sobre nós; escondei-nos daquele que está assentado sobre o trono, e da Ira do Cordeiro.” Agora, O Salvador amoroso, julgando aos ímpios da Terra, que estremecerão ao terror da Sua Ira. 

“Eu e O Pai Somos Um.”
“Portanto, o que Deus ajuntou, não separe o homem.” Mc 10;9

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