“Trazendo sempre, por toda parte, a mortificação do Senhor Jesus, no nosso corpo; para que a vida de Jesus se manifeste também, em nossos corpos.” II Cor 4;10
O papel do corpo, entre cristãos, nem sempre é bem compreendido. Muitos adotam uma espécie de maniqueísmo, onde acreditam que seus espíritos professando as coisas certas, pouco importa a expressão dos corpos, mediante as atitudes. Afinal, “a carne é fraca.” Defendem-se.
Conheci um “pastor pegador” que dizia às que tentava pegar, quando o inquiriam se ele não era servo de Deus; “sou pastor apenas da cintura para cima;” no mais, seria mero homem. Era apenas um rótulo, um escândalo a profanar O Nome Santo. A Palavra é categórica: “O fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo, aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19
Não precisa ser um pastor; basta se pretender cristão, para estar sob esse preceito. Spurgeon dizia: “Ninguém é obrigado a se declarar cristão; mas se o fizer, diga e se garanta.” Santifique ao Senhor em seu modo de viver.
Embora nem todos que atuam na carne usem a mesma linguagem desse “centauro”, muitos portam-se do mesmo modo, como se os corpos fossem coisas de menor relevância. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Paulo perguntou aos dos seus dias: “Não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo o fomos na Sua morte?” Rom 6;3 Ele aceitou morrer, para levar a Divina vontade às últimas consequências; também devemos pagar o preço necessário, pelo mesmo motivo.
No verso seguinte esmiuçou as implicâncias dessa “morte”: “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo, na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela Glória do Pai, assim, andemos também em novidade de vida.”
Ele renunciou a tudo, porque sabia a vontade do Pai e a essa escolhera cumprir; nós somos desafiados a mortificar as vontades carnais, para que possamos saber. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional; não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2
Como vimos no princípio, a Vida de Jesus deve se manifestar em nós, pelos nossos corpos; como poderemos nos eximir de O santificar nessa parte também? “... vosso espírito, alma e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis, para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.” I Tess 5;23
Certo grupo, as feministas, com sua sede de independência no que tange a Deus e Seus preceitos, vocifera: “Meu corpo minhas regras”; falácia que usam para assassinar corpinhos indefesos e incapazes de ter regras; emporcalham o mundo com suas devassidões e violência.
Porém, os que decidem por pertencer a Deus precisam entender algo sério atinente a isso: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus que sois vós, é santo;” I Cor 3;17 “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e não sois de vós mesmos? I Cor 6;19
Onde vamos, se pertencemos ao Senhor, O levamos em nós. Os que se misturam com meretrizes, levariam O Santo para o lixo? “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? Tomareis, pois, os membros de Cristo e os farei membros de uma meretriz? Não, por certo.” I Cor 6;15 Tão ou mais grave, o agir dos adúlteros.
Espiritualmente, a Igreja do Senhor, entre todas as denominações que se dizem Dele, é conhecida como “O Corpo de Cristo.” Assim, para participarmos do santo memorial da Ceia do Senhor, devemos ter em mente o que significa pertencer a Ele. “Porque o come e bebe indignamente, (os elementos que simbolizam a identificação com O Senhor) come e bebe para sua própria condenação, não discernindo O Corpo do Senhor.” I Cor 11;29
E particularmente, cada um que a Ele pertence, também é mordomo de um “corpo de Cristo”, o próprio corpo, que deve zelar, manter em santificação, e submissão ao Espírito, para fruir em si a eficácia da redenção do Salvador.
É por meio do corpo que nos expressamos nesse mundo imanente; “Sabendo isto: que nosso homem velho foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado;” Rom 6;6 “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências.” Rom 6;12
“Porque se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.” Rom 8;13
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