terça-feira, 19 de março de 2024

Quem julga


“Zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor, mas também dos homens.” II Cor 8:21

O homem é refém das aparências; Deus sonda os corações; nem sempre, o que soa probo, idôneo, aos nossos olhos, é assim diante do Eterno.
Seremos julgados por Ele, não pelos homens; isso tranquiliza aos de bom proceder, que, eventualmente não são vistos assim, nos ambientes vulgares.

O lapso de alcance da visão humana não deve ser usado como “escape” pelos que dão mau testemunho, fazem escolhas opostas aos Divinos preceitos. “Quem me julga é O Senhor”, dizem; como se isso fosse uma atenuante, quando, é agravante contra os de mau proceder. Agem como se, Cristo os guindasse a uma dimensão sobre-humana; “julgasse”, tendo toda “jurisprudência” derivada do amor, trazendo anexa a aceitação incondicional dos pecadores.

Quem me julga é O Senhor, mas a partir de meu desempenho entre meus semelhantes, e minha relação, obediente ou não, com Sua Palavra, o “código civil” celeste. “Se alguém ouvir Minhas Palavras e não crer, não o julgo; porque vim, não para julgar o mundo, mas para salvar. Quem Me rejeitar e não receber Minhas Palavras, já tem quem o julgue; A Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” Jo 12:47 e 48

Ele veio para salvar; nos deu Sua Palavra para isso; porém, no devido tempo, a mesma Palavra, deixará seu labor salvífico e terá função jurídica.

O “não vos façais servos dos homens” deve ser contextualizado; pois, o fato de pertencermos a Cristo não nos tira dos ambientes humanos; nossa “cidadania celeste”, se a possuímos, deve ser visível aqui, no proceder digno de quem invoca O Santo Nome do Senhor. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

“Ninguém é obrigado a se declarar um cristão, - dizia Spurgeon - mas, se o fizer, diga e se garanta.”

Nossa capacitação para ser sal da terra e luz do mundo vem de Cristo; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1:12

Os reflexos de Cristo em nós, devem ser visíveis às pessoas que nos observam. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5:16

Há muitos que se negam a ver as coisas como são; outros, caluniam movidos por inveja; nesses casos, quem nos julga é O Senhor e isso nos basta. Todavia, devemos, como Paulo, zelar pelo que é honesto, tanto diante de Deus, quanto, dos homens.

As ações daqui refletem nos Céus; como efeito de salvação: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” Luc 15:10

Como testemunho registrado nas escolhas de valores que fazemos; “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele, para os que temeram o Senhor, e para os que se lembraram do Seu Nome.” Mal 3:16

Ainda, a atuação dos fiéis na terra, serve como didática nos Céus; “Para que agora, pela igreja, a multiforme Sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.” Ef 3:10

Para efeito de condenação ou absolvição, que julga a todos é O Senhor; no entanto, no prisma dos valores, aprovação ou reprovação de certas atitudes, discernimento, a todo instante devemos julgar, e podemos ser julgados. Como poderia alguém exortar a outrem que se emende, sem saber em quê, consiste a emenda à qual, chamaria? “Não sabeis julgar as coisas mínimas?” I Cor 6;2 Perguntou Paulo.

Se muitos olham com olhos maus, aos que procedem de modo idôneo, salta aos olhos de quem se atreve a ver, a transformação que Cristo opera, nos que O recebem e seguem; “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40:2 e 3

Eventualmente ouvimos: “Fulano faz isso, aquilo e aquilo outro; mas, no fundo, é boa pessoa”. Que raio de lugar tão fundo é esse que, guarda para sai as virtudes, enquanto deixa toda sorte de vícios vir à tona? Ora, o que está no fundo são as “raízes;” o que vem à luz são os “frutos”. “Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações...” Prov 20:11

Quem, “no fundo” alberga à Palavra de Deus, nos meandros da vida, agirá necessariamente, como servo dele.

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