terça-feira, 5 de março de 2024

A feliz escolha


“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1:1

Invés de uma proibição, “Não farás isso, ou aquilo”, temos uma espécie de análise filosófica, quanto ao resultado que atingirá quem evitar determinados ambientes, companhias. “Bem-aventurado”. Ou seja, feliz. Feliz daquele que escolhe conselhos, caminhos e companhias, com prudência, sabedoria; derivando-os do que aprende da Lei do Senhor.

Grassa uma ideia superficial de felicidade, às vezes, egoísta; tendemos apensar que seremos felizes se conquistarmos certas coisas. Não é para esse Norte, que deve apontar nossa bússola. Os felizes do Senhor serão prósperos em frutificar, não, em conquistar.

“... como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão; tudo quanto fizer prosperará.” V 3 O “feliz” em apreço, mais que lograr um deleite sentimental, atua segundo o propósito para o qual Deus o comissionou. Dada a recompensa que uma postura assim receberá, com certeza se pode dizer: Bem-aventurado!

“... não anda segundo o conselho dos ímpios...” anda, é uma metáfora para a forma que alguém vive. Pouco importa se esse está em movimento, ou parado; conforme as diretrizes, os valores que escolheu, é assim que o tal, “anda”.

Desgraçadamente, não poucos doentes posam de médicos, em se tratando das doenças da alma. Quem mais deveria silenciar e ouvir, mais intenta falar. Os ímpios carecem desesperadamente de saúde espiritual, conversão. Não poucas vezes, pretendem ser referenciais, conselheiros de terceiros, embora, suas escolhas sejam incapazes de levar a bom termo as próprias vidas.

Quiçá, falta de paz os instigue, como uma alternativa fugaz, a ouvir a voz da consciência que deveria ser escutada. “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57:20 e 21

Como, pessoas com esses predicados seriam nossas conselheiras? “Feliz o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios.”

Quem anda bem pode nos estimular e ensinar apenas com o exemplo; o que não, carece de palavras; muitas vezes nem o próprio se atreve a escolher para si coisas que prescreve.

Quando o faz, as consequências das suas escolhas são mais eloquentes que seus conselhos. Os frutos que produz falam melhor que as palavras.

“... não se detém no caminho dos pecadores...” eventualmente passamos por caminhos que não escolheríamos para nós; somos levados por eles, mercê de circunstâncias que nos escapam. O fato de o mal estar ao nosso redor, não significa, necessariamente, que deva entrar em nós. Assim como, andar, figuradamente significa escolher, também os “caminhos” figuram as escolhas de alguém, no sentido das coisas que esse aprova ou reprova. O exemplo de vida que alguém lega é o resultado prático dos seus caminhos.

Sendo, o caminho a ser evitado o dos pecadores, algo a distinguir; (todos o somos, mesmo os convertidos) nossos pecados são nossos tropeços, não nossos caminhos. Quando pecamos, por um momento, nos desviamos, pressurosos e arrependidos buscamos perdão, mudança, retorno à vereda direita. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, O Justo.” I Jo 2:1

Embora o pecado inda faça parte de nossos atos, o objetivo é a santificação. “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6:4

“... nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
Chegamos a um degrau mais baixo que apenas ímpio, ou, pecador. O escarnecedor. O escárnio é uma Zombaria com o intuito de causar risos; caçoada. Demonstração de desdém em relação a algo ou alguém; menosprezo.

No caso de escarnecer das coisas santas, o erro “progride” para a profanação. Diferente do que possa parecer a um ouvinte distraído, o “temor do Senhor” que nos anima, não é medo de um castigo; antes, escrúpulos, zelo, para não ferir a honra, Integridade e Santidade do Nosso Deus. Como, imbuídos dessas coisas nos assentaríamos entre zombadores?

Como alguém maneja com extremo cuidado, um quadro, um perfume valioso, um vaso de porcelana excelente, cioso para evitar danos, assim soa aos nossos ouvidos O Santo Nome do Eterno; precioso demais para ser exposto a ambientes ou situações indignas, vulgares.

Se, os moveres necessários em nosso existenciário nos expõem, eventualmente, a companhias e ambientes indesejáveis, nos ambientes santos, O Eterno separa o que serve e o que não.

“... ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1:5

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