domingo, 31 de março de 2024

Os insensatos


“Não sejais insensatos, mas entendei qual é a vontade do Senhor.” Ef 5:17

“Insensato significa um que não é são, ou seja, que age de modo inconsequente, sem ter um bom senso das suas atitudes. O insensato é aquele que é insano, anormal, uma pessoa de difícil trato e entendimento. Também costuma ser chamado de desequilibrado, irresponsável.” Enc. de significados

O desequilíbrio que devemos evitar, atina à nossa compreensão da vontade Divina. Em geral, as pessoas frequentam igrejas inclinadas a sentir, mais que, a entender. Todo o iniciado, que começa a ler as Escrituras deveria ouvir seriamente a pergunta que Filipe fez ao eunuco: “... Entendes tu o que lês?” Atos 8:30

Sem entendimento, facilmente seremos desviados do alvo. A edificação foi receitada, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4:14

Por ser nosso coração, (mente, emoções, vontades) a fonte dos nossos sentimentos, o risco de nos enganarmos com o que sentimos é sempre presente, afinal, “Enganoso é o coração, mais que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” Jr 17:9

Quando o Eterno elogia a Davi por ser um “homem segundo o Coração de Deus”, está patenteando Sua vontade sobre como devem ser todos; invés de decidirmos por nós mesmos, como sugeriu o traidor, consultarmos antes a Deus, Fonte de toda sabedoria.

Portanto, diferente do que ensina o R. R. Soares, “só faças se sentires no coração;” passemos antes, nossas desejadas atitudes pelo crivo do Espírito, analisando se elas se alinham ao Divino querer. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4:23

Se nosso coração estiver alinhado ao Eterno, poderemos dizer, como o salmista: “... todas as minhas fontes estão em Ti.” Sal 87:7

O engano é a ferramenta de trabalho do canhoto; porque sentimos que determinada mensagem é mais “palatável”, mais fácil de ouvir, certa “profecia” está mais alinhada aos nossos anseios, se não vigiarmos nessas coisas, corremos o risco de colocarmos nosso paladar carnal, nossa inclinação natural no lugar do propósito do Senhor. Uma troca tão prejudicial, que, quando feita em dias idos, causou espanto nos Céus; “Espantai-vos disto, ó céus, horrorizai-vos! Ficai verdadeiramente desolados, diz O Senhor. Porque o Meu povo fez duas maldades: a Mim deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2:12 e 13

Paulo advertiu contra a insensatez desse tempo, onde, as pessoas deixariam a Palavra da vida, pelas sedutoras mentiras que se alinham às suas doentias inclinações; “Pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições...” II Tim 4:2 a 5

Insensatos são apresentados, como que, embriagados pelas próprias cobiças; tanto que, a exortação a Timóteo em oposição a eles traz: “mas tu, sê sóbrio.”

Quantos simplórios frequentam cultos, e “sofrem” de má vontade a exposição da Palavra de Deus, para depois, no momento da oração, ouvirem o que “Deus lhes dirá”, através de um eventual “profeta”. Cáspita!! A pregação da Palavra por um ministro idôneo, é Deus falando! O que vem depois é passível de engano, sujeito a julgamento; na maioria das vezes, verte de “profetas” que se ocupam mais em ser agradáveis que verdadeiros.

O insensato prefere se sentir bem, a adequar-se à Divina vontade. O “negue a si mesmo” é o primeiro passo para que sejamos salvos; tomarmos a cruz é uma constante na caminhada; o prazer não faz parte, necessariamente, do pacote da salvação. “No mundo tereis aflições...” preveniu O Salvador.

O que devemos buscar após o perdão, é a santificação; um modo de viver alinhado à Palavra do Santo, que trará o silêncio de nossas consciências vivificadas no espírito, pela certeza de estar reconciliados com Deus.

Afinal, o “novo nascimento” é uma forma figurada de descrever a reconciliação que nos salva; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5:19

Como há doçuras que são danosas à saúde em certos casos, as coisas “doces” de ouvir, forjadas na confeitaria dos falsos profetas também podem ser letais.

Uma mensagem veraz, em geral é sisuda, confrontadora, mas, medicinal; como disse alguém, “A calmaria que te faz dormir, é mais perigosa que a tempestade que te mantém acordado.” “Não sejais insensatos...”

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