quinta-feira, 14 de março de 2024

Caçadores de moscas


“Conheço tuas obras, tribulação, pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não são...” Apoc 2:9

“Eis que Eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que te amo.” Apoc 3:9

“Conheço tuas obras, teu trabalho, tua paciência, que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e não são, tu os achaste mentirosos.” Apoc 2:2

Fragmentos registradas em Apocalipse. O que cada verso tem em comum com os outros é que, O Senhor denuncia gente que se diz ser uma coisa que, não é.

Vivemos a pós-verdade, onde, mentiras ganham mídia, são divulgadas, enquanto, a verdade é amordaçada, tolhida, caluniada. Sem qualquer pudor, quadrilhas que furtaram ao poder sem nenhuma legitimidade, falam em “criar uma narrativa” nome da moda para mentir sistematicamente, ativar o modo quadrilha, e destruir às reputações.

Isso tudo, permeado com censura a opositores, desejo confesso de controlar as redes sociais; a mídia venal, já compraram. Os poucos honestos equilibram-se a duras penas, entre seu desejo por reportar fatos, e os riscos que isso representa. Os que impõem essas arbitrariedades, o fazem sempre em “defesa da democracia”.

Portanto, a arte de se parecer uma coisa que não é, excede em muito o âmbito das igrejas.

Lá, infelizmente, temos muitos pregadores, cujos modos de vida desmentem suas pregações; se dizem ministros do Senhor e não são. Deem lhes um microfone e logo se transfiguram, cheios de moralismos e “doutrinas” com as quais atacam, olvidando que chamada de um ministro idôneo é para que ele anuncie o Evangelho, não, as nuances de sua predileção, onde deveria fluir apenas a Palavra do Senhor.

“Não mandei esses profetas, porém, foram correndo; não lhes falei, contudo, profetizaram. Se estivessem no Meu conselho, então, teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23:21 e 22

Não que, um ministro probo não possa corrigir, eventualmente, aos de mau proceder; refiro-me aos que não corrigem a si mesmos. Sentem-se superiores, como o fariseu que orava desprezando ao publicano.

A autoridade para correção requer primeiro uma postura submissa, obediente, como ensina Paulo: “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10:6

Por um detalhe periférico de usos e costumes, esses fariseus que parecem santos e não são, lançam gente mais preparada e de melhor testemunho que eles, ao desprezo; dão de ombros agressivamente deixando claro sua “superioridade”; os que não rezam pela cartilha deles, seriam sub-salvos, pseudo cristãos, ou, na melhor das hipóteses, crentes de segunda divisão. Quiçá, depois de muito aconselhamento de gente como eles, possam ser promovidos aos da primeira; depois de aderir às idiossincrasias deles, claro!

O simples fato de sua “artilharia” estar voltada contra os que creem, invés de buscando pelos perdidos, já deixa patente um crasso erro de alvo.

Quando João decidiu impor restrições a alguns por picuinhas, foi repreendido pelo Senhor; “... Não o proibais, porque quem não é contra nós é por nós.” Luc 9:50

De novo recorro a uma frase citada pelo Padre Paulo Ricardo: “Queres conhecer a motivação espiritual de alguém? Observe contra o quê, ele está lutando.”

Pois, esses que lutam contra os salvos, tentando impor a eles, doutrinas de homens sonegando a sadia interpretação da Palavra de Deus, trabalham para quem? O zelo divorciado da luz é matéria-prima para fanatismo, como disse Paulo dos seus coirmãos judeus: “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.” Rom 10:2

Acaso não foi movido por esse zelo cego que Paulo precisou um tratamento de choque, quando O Senhor o encontrou a caminho de Damasco?

Tantos problemas graves na Igreja, perversões sexuais “canonizadas”, liberalismo teológico espezinhando diuturnamente à sã doutrina; esses que se presumem obreiros preparados e não são, pelejando com unhas e dentes sobre vestes e cosméticos, como se houvesse santidade nisso.

Desde que não exceda aos padrões de decência, todo mundo sabe o que é indecente, tudo bem; mas para esses caçadores da mosca alheia enquanto engolem camelos, não.

Muitos pregadores defendem suas doenças dizendo que o cristão é conhecido pelas vestes. Parece doutrina, mas não é.

Cristo ensinou que seremos conhecidos pelos frutos; Paulo definiu o caráter transformado, como os frutos esperáveis; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Quem está ciente que Deus o conhece, passa ao largo do teatro dos hipócritas.

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