sábado, 23 de março de 2024

Processo


“Tem coisas que Deus dá para a gente aprender. E tem coisas que Deus só dá quando a gente aprende.” Autor desconhecido

Privações, por exemplo, são antídotos à arrogância, normalmente dados para que aprendamos nossa dependência de Deus, como A Palavra ensina: “Te humilhou deixou ter fome, te sustentou com o maná que não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor.” Deut 8:3

Quando nos priva de algo, no fundo, O Eterno dá; em vista do fruto que essa privação produzirá; como disse Charles Spurgeon, “Deus nos abençoa muitas vezes, cada vez que nos abençoa.” Ou seja: mexe muitas peças no “tabuleiro” antes de nos levar à vitória.

Se, tem em vista guindar alguém a um lugar alto, como tinha acerca de José, as privações permitidas acabam sendo mais intensas; ele mais que, sofrer fome, foi privado da sua terra, da família, da liberdade, da justiça, até o tempo em que, O Senhor resolveu lhe dar um lugar de honra, por tê-lo preparado para o tal, em meio às dores que permitiu.

Não significa, como fazem parecer muitos pregadores despreparados, que a saga do filho de Jacó seja a mesma para cada salvo. Não há tantos tronos assim, disponíveis. Mas, que a preparação vem antes da bênção é fato rotineiro, em se tratando das coisas espirituais.

Preceituando a qualificação necessária dos ministros, diz: “Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.” I Tim 3:6

Entre outras coisas a edificação é necessária para a constância na obra, mesmo, em meio ao turbilhão das tentações que nos visam desviar. Devemos ser edificados em Cristo, “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4:14

Quando alguém quer demais, determinada posição, geralmente não está preparado para ela, por atentar aos privilégios mais que, às responsabilidades. O que foi feito apto, pela visão exata das coisas, teme, sabedor dos pesos que um lugar mais elevado encerra.

Salomão versou sobre algumas inversões que vivenciou; “Vi servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10:7 As circunstâncias não definem as pessoas, apenas, seus existenciários eventuais.

Não é humildade recusar, alguém, um lugar para o qual O Eterno o chama; mas, é noção exata das coisas, temer, não se voluntariar a postos elevados reconhecendo as próprias limitações, temendo embates aos quais será exposto. Deus capacita, sabemos. Todavia, isso não tolhe o receio natural, de quem precisa ousar numa empresa de grande responsabilidade.

Para a salvação, qualquer um está “apto”; basta estar perdido, e sem Deus, todos estão. Para efeitos de servir, numa ocupação ministerial, carecemos aprender andar em retidão, antes do serviço. “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101:6

Se, no prisma cultural, intelectual, social, patrimonial, O Senhor escolhe gente de pouca relevância, quando quer, “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, que não são, para aniquilar as que são;” I Cor 1:28 no aspecto espiritual, para efeito de serviço, requer retidão, postura reverente e submissa, aí já não pode ser uma “coisa vil”; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1:7

Quem for bom ouvinte quando Deus falar, independentemente de ter estudo ou não, poderá ser usado nas coisas espirituais; se deixando transformar pelo que aprender, será abençoando e uma bênção nas Divinas mãos. “Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente; não lança em rosto, e ser-lhe-á dada.” Tg1:5 “O que me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:33

Para posição de liderança, geralmente, as demandas são maiores; “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” II Tim 2:15

Conhecimento é necessário, porque nessa arena sofreremos ataques. “As armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10:4 e 5

Como na antiga Aliança, as coisas mais preciosas deveriam ser guardadas por homens armados, ainda é assim, malgrado, as armas sejam outras; “... Passai e rodeai a cidade; quem estiver armado, passe adiante da Arca do Senhor.” Jos 6:7

A quem Deus deu armas poderosas, o fez em vista das batalhas que virão.

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