domingo, 3 de março de 2024

Amor pela verdade


“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvar.” II Tess 2:9 e 10

Vaticínio do surgimento do “homem da iniquidade”, vulgarmente conhecido por Anticristo. Seu “modus operandi”; prodígios de mentira, enganos da injustiça. Seu público-alvo: os que “não receberam o amor da verdade para se salvar.”

Os “Editores das Escrituras” que falam ousadamente em “alargar À Bíblia” por se recusarem a estreitar seus comportamentos aos preceitos dela, são desse calibre; não amam à verdade. Amam suas doentias e perversas comichões.

Determinado feito pode soar mui
 prodigioso, poderoso; se foi derivado da mentira é nulo, eficaz apenas para seduzir aos que perecem, por não terem aprendido a vereda da vida.

Em tempos de avançado domínio tecnológico, bem poderão fazer surgir um “Jesus” holográfico nos ares, falando o que desejarem. Reféns dos prodígios de mentira facilmente serão aprisionados por falcatruas assim. A “marca da besta” se travestirá de avanço em segurança; há muitos “evangélicos” que a defendem, desviando atenção para algo que seguramente, não é.

Não poucos confundem amor ao próximo, com amor à verdade, como se, ambos estivessem sob o mesmo jugo. Não. São coisas diferentes. Criticar um erro doutrinário é uma forma de amar, de livrar alguém das garras da heresia; se o tal amar à verdade, se sentirá grato por deixar o engano.

O amor ao próximo é mandamento; postura necessária nas relações interpessoais, mesmo quando nosso “próximo” não se revela tão próximo assim; digo, prefere se manter à distância em relação a nós. Quiçá, quando nos faz algum mal.

O amor pela verdade deve ser o árbitro nas relações inter doutrinárias; a bem dela, devemos discordar de tudo que a fracione, contrarie, acrescente, suprima, ou, perverta. Amar a alguém não deve ser equacionado a concordar, com o que esse alguém pensa, ou faz.

Se, o lapso do amor pela verdade deixará as pessoas à mercê do engano do Anticristo, aquele que discorda de nós quando estamos errados, e nos ensina ver em bases sólidas os motivos da sua discordância, nos faz mais bem, assim, do que faria se fingisse concordar com o que descrê, apenas sob o pretexto de “evitar polêmica”.

Como dizia Sócrates: “Liberte-me de minha ignorância e te terei na conta de meu maior benfeitor.”

Nessa geração mimimi, tudo fere, ofende, melindra, facilmente, discordar de algo, se transformará em “discurso de ódio, radicalismo, fundamentalismo”, etc. Ora, para que servem os cérebros, graciosamente colocados em nossos crânios, se, mesmo podendo, nos abstivermos de usá-los?

Cabe também lembrar, acerca das discordâncias, de uma famosa frase: “Não concordo com uma palavra do que dizes; mas, defenderei até à morte, teu direito de dizeres o que pensas.”

Dadas nossas imperfeições, limitações, dissenso e contraditório se tornam inevitáveis em nossas relações. Quem concorda com tudo e posa de “amigo de todo mundo” é uma pessoa falsa, que imola à verdade todos os dias, no estúpido altar da alheia aceitação, tendo na hipocrisia seu “culto”, no Capiroto seu deus.

Só um pusilânime não lutaria em defesa de quem ama. Vemos animais pequenos ostentando bravuras impensáveis, se seus filhotes estiverem ameaçados. A força que falta nas constituições, são supridas aos apelos do amor, em nome do qual, arriscam a perder as próprias vidas.

Quantos cristãos assim fazem, ainda em nossos dias? Em países como a Nigéria e adjacências, onde predomina o radicalismo islâmico, cristãos são fuzilados em seus locais de culto, com estrondoso silêncio da imprensa, serva do pai da mentira, cúmplice no seu propósito de governo global. Para esses o “ódio” está apenas onde a verdade é defendida; onde os mentirosos matam inocentes, tudo bem.

Cristo denunciou seus antepassados: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele...” Jo 8:44

Então, é útil o conhecimento em si; porém, vital, precioso é o conhecimento da verdade. Pois, bem se pode aprender falsas doutrinas, ensinos, num esforço vão, como fazer buraco n’água. Paulo falou de mulheres que, seduzidas por falsos obreiros, “Aprendem sempre e nunca chegam ao conhecimento da verdade.” II Tim 3:7

Aos cristãos hebreus, depois de imenso rol de gente que perdera a vida por amor a Deus, foi colocada certa “pimenta” como uma exortação aos que achavam a caminhada dura e pensavam em retroceder. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12:4

Enfim, quem acha mera crítica ou discordância, algo difícil de suportar, ainda não entendeu o sentido do “negue a si mesmo.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário