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terça-feira, 30 de junho de 2020

Escolhe, pois, a vida


“Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.” Jo 19;15

Na farsa do julgamento de Jesus, uma amostra da “claque” que incitava o povo; “os principais dos sacerdotes”. Não foi a ignorância que entregou O Salvador à morte, mas a rejeição voluntária de gente esclarecida. Lideranças de então, que manipularam aos ignorantes para que o anseio dessa “elite” prevalecesse. Crucifica-o!!

Embora, quando chamou ao arrependimento Pedro fez uma concessão à ignorância, mais pela manifestação da misericórdia, que da verdade; “... eu sei que o fizestes por ignorância, como também vossos príncipes.” Atos 3;17

Esses sabiam o que estavam defendendo; chegaram ao suprassumo do cinismo de fingir gostar de quem detestavam; “Não temos outro rei, senão César”. Desgraçadamente o ódio consegue unir pessoas mais que o amor.

Grupos rivais, como Fariseus, Saduceus e Herodianos se uniram contra o Amor personificado, Jesus Cristo. “Porque verdadeiramente contra Teu Santo Filho Jesus, que Tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel;” Atos 4;27

O Salmo segundo também versou sobre a rejeição ao Ungido, mais para Seu Governo e Doutrina em nossos dias, que então; “Os reis da terra se levantam os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas. (Seu ensino, doutrina; rejeitados pelo ecumenismo que valida tudo menos A Palavra como é) Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Vs 2 a 4

Se, todo mundo fala bem do amor, por quê se unem tão facilmente contra Ele? Porque O Amor de Deus traz junto algumas características que assustam. “A sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade, nem hipocrisia.” Tg 3;17

Simplificando; o Amor de Deus, além da Sabedoria traz junto o ódio ao pecado, à iniquidade; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7 Aí aquele que ama ao pecado necessariamente fugirá desse amor. Não se pode servir a dois senhores.

A Misericórdia Divina que trouxe Seu Amor ao nosso encontro não veio sozinha; mais que ela em si, seus companheiros de missão é que assustam pecadores. “Misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

Embora, tenhamos facilidade em darmos boas vindas à misericórdia e à paz, não somos os mesmos anfitriões, em se tratando de justiça e verdade. Foi pela manifestação cabal dessas, que Jesus se fez tão “odiável” ante as pretensiosas lideranças de então.

“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Se, como ensinou Isaías, “O Efeito da justiça será a paz” Cap 32;17 Não dá para termos o efeito sem termos antes, a causa. Como nossas justiças se equiparam às vestes do imundo, segundo o mesmo profeta, O Eterno enviou Cristo, O Senhor Justiça Nossa, para que por Ele, fosse refeita a paz com Deus.

Então diferente do que devaneiam incautos por ai, O Evangelho de Cristo não é um guia de autoajuda para gananciosos prosperarem; tampouco, a proposição sistêmica de “um mundo melhor”.

Antes, é a rejeição cabal de todos os simulacros religiosos de humana ou, diabólica feitura; “... ninguém vem ao Pai senão por Mim”; a denúncia urgente de juízo iminente contra um mundo condenado que jaz no maligno; e o apelo instante para que eventuais ouvintes de boa índole para com a verdade ainda se arrependam em tempo e busquem reconciliação.

“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;19 e 20

Se pensas que o dilema de Pilatos desafiado a condenar o amor e justificar o ódio foi um fato pontual, inerente a ele apenas, te enganas.

Cada vez que a mensagem de Cristo te é apresentada, deves fazer a mesma pergunta que ele; “O que farei de Jesus chamado o Cristo?”

O que farás Dele no fundo significa o que farás de você mesmo, sua eternidade; como disse alguém, primeiro fazemos escolhas, depois, as escolhas nos fazem.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Fanatismo Nosso de Cada Dia

“O escarnecedor busca sabedoria e não acha nenhuma, para o prudente, porém, o conhecimento é fácil.” Prov 14;6

“Desdém, desprezo, zombaria...” Os dicionários definirão assim ao escárnio. Pois, o escarnecedor é cotejado com outrem, o prudente; esse adquire conhecimento sem muito esforço, enquanto, àquele a coisa se revela impossível.

Quem presume ser, a sabedoria, um patrimônio estritamente intelectual ainda não a conhece. Tem um teor moral anexo que a separa de outra, inferior, que não passa de velhacaria, astúcia, invés, de saber.

Por isso Paulo disse que “Deus apanha aos “sábios” na sua própria astúcia.” Disse mais: “Falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, que Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2;7 e 8

Notem que a ausência de saber ficou patente pelas ações deles, não pelas palavras. Então é acertado dizer que além de um conteúdo moral, espiritual, a sabedoria tem sua aplicação prática no dia a dia.

Nosso saber é fragmentário, parcial e derivado; logo, não nos podemos presumir fontes, antes, ter em mente que bebemos do Eterno Manancial; “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento;” Prov 1;7

Esse necessariamente patrocinará um modo de viver coerente com os ensinos do Senhor, que demandam submissão e retidão; “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará as tuas veredas” Prov 3;5 e 6

Vemos que a antítese repousa em não me estribar em meu próprio entendimento, antes, deixar que O Senhor me endireite as veredas. Como disse Jeremias, “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Tiago pontuou a distinção entre o saber raso e o veraz; “Se, tendes amarga inveja, sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica... sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, sem hipocrisia.” Tg 3;14, 15 e 17
“... sem parcialidade e sem hipocrisia.” Eita jóias raras! A parcialidade cega, pois, apóia-se como o nome diz sobre uma parte apenas; tudo que destoar das predileções dessa parte “certa” deve ser descartado.

Daí os fanatismos por partidos políticos, denominações religiosas, clubes esportivos, etc. a parcialidade me leva a ser indulgente com os erros da minha parte “certa”; a hipocrisia a negar a outrem as indulgências que confiro aos da minha “confraria”.

Assim as seitas religiosas donas da verdade, os fanáticos políticos, torcedores... não veem defeitos, falhas nos seus, e também não notam virtudes, acertos, nos outros.

Quantas vezes deparei com escritos e vídeos de adventistas dizendo que o verso de Apocalipse “... grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra.” Cap 17;5 Se refere à Igreja Católica; as denominações protestantes seriam filhas do catolicismo, pois, dele derivaram; portanto teríamos a prostituta mãe, e as filhas.

Ok. Levemos esse raciocínio às últimas consequências. William Miller, precursor do movimento adventista saiu da Igreja Batista, que é filha do protestantismo. Assim, teríamos mãe, filhas e neta??? Vê para onde caminha o saber dos fanáticos?

Paulo ensina: “Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

É verdade que haverá uma igreja mundial apóstata, mesclando credos e deuses antagônicos a torto e a direito sob a liderança do catolicismo. Francisco já está trabalhando para isso. Muitos ditos protestantes já fazem parte, do Conselho Mundial de Igrejas,” embrião da Babel Religiosa.

Acontece que, nas coisas espirituais ninguém toma decisões por mim. O líder tal resolveu aderir ao ecumenismo global; e daí??

Até em questões políticas, que são braços sociais, não particulares às vezes dizemos: “Fulano não me representa”. Muito menos naquilo que é intransferível e pessoal, a fé. “Cada um dará conta de si mesmo a Deus” Rom 14;12

Malgrado, os erros doutrinários do catolicismo, muitos católicos podem preferir adequar-se à Palavra invés dos conchavos políticos superiores e caminharem mediante Cristo para a salvação. A escolha é particular.

Os fanáticos quando deparam com algum obstáculo doutrinário no caminho do seu fanatismo, mudam a sadia hermenêutica para afirmarem o que creem, invés de rever parte das crenças pelo temor de Deus que demanda submissão à Palavra.

Muitas vezes tive que mudar, pois, meus conceitos se revelaram errados; vai saber, quantas outras ainda terei? Nosso saber é um parco rascunho, não, arte-final.

“O fanatismo consiste em intensificar os nossos esforços depois de termos esquecido o nosso alvo.” George Santayana

sábado, 6 de setembro de 2014

Quando a vida é um dom

“Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12; 7
 
O Espírito Santo  distribui Seus dons  sem tolher a liberdade nem o sentir humanos, quando se manifesta. A leitura do que escreve é sobrenatural; o reflexo dessa leitura incide sobre o humano, funde-se. Nessa amálgama, tanto a faceta natural quanto a espiritual se pode identificar.

Quando Maria visitou Isabel, por exemplo, essa disse: “E de onde  provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre.” Luc 1; 43 e 44 Sentiu alegria e honra, ante uma revelação do Espírito Santo.

Tiago define as dádivas espirituais como “Sabedoria do alto”; e  descreve: “a sabedoria que do alto vem é primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.” Tg 3; 17 

Não que o Espírito Santo use apenas puros;  no sentido exato da palavra não existe um humano assim. Entretanto, em meio à imperfeição que macula a espécie caída, há uma “perfeição” que Deus demanda daquele que pretender servi-lO.

Isso implica pureza de motivação, acuidade espiritual para identificar  falhas; honestidade de assumir quando acontece, pressa de se purificar mediante os méritos de Cristo.

A Carta aos Hebreus, aliás, censura-os por serem ainda imperfeitos; “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.” Heb 5; 12 a 14
 
Assim, Davi, apesar das muitas e graves falhas foi chamado de, “um homem segundo o coração de Deus”. O segundo sempre sucede ao primeiro; não questiona aos preceitos, juízos, ordens, Divinas; antes, amolda-se aos mesmos. 

Aliás, o desafio é que todos andemos segundo Deus, pois, nisso consiste a conversão; “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.” Is 55; 7 e 8
 
Então, ao sermos dotados de vida espiritual acabamos “pensando os pensamentos de Deus”, e podemos refletir o estado emocional Dele. Em cenário de grande manifestação coletiva de hipocrisia tendemos a nos deprimir um pouco, por, amalgamados à tristeza do Espírito Santo que reside em nós.

Jeremias, como poucos, sentiu isso na pele,  dado seu contexto de vida; Deus era rejeitado por pequenos e grandes; ele “herdava” a rejeição. “Ah Senhor, porventura não atentam os teus olhos para a verdade? Feriste-os, e não lhes doeu; consumiste-os, e não quiseram receber a correção; endureceram as suas faces mais do que uma rocha; não quiseram voltar. Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, e romperam as ataduras.” Jr 5; 3 a 5
 
Assim como o profeta herdava a rejeição hipócrita dos religiosos compartilhava a ira Divina; “Tu, pois, ó Senhor dos Exércitos, que provas o justo, e vês os rins e o coração, permite que eu veja a tua vingança contra eles; pois já te revelei a minha causa.” 20 ; 12 

Antes, o humano tentou evadir-se ao Divino, como se o profeta decidisse pedir demissão; “Então disse eu: Não me lembrarei dele, e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer, e não posso mais.” 20; 9
 
Enfim, se o dom do Espírito é dado a cada um para o que for útil, há certos escolhidos cuja vida inteira é um dom a terceiros, como foi Jeremias; “…às nações te dei por profeta.” Jr 1; 5
 
Em tais vidas, pouco ou nada valem projetos pessoais, antes, quando pensam estar em seu lugar no mundo são desafiados a mudanças bruscas; pontes pretéritas são explodidas e caminhos novos descortinados. 

Essas raridades espirituais quando chegam, não são simpáticos como o velho Noel, mas, medicinais como a Palavra de Deus.