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quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

A Força Desejável


“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados.” Sal 84;5

Notemos que esse venturoso, “forte no Senhor,” não é um brutamontes; antes, um de caráter reto, ou de caminhos íntimos, aplanados. Necessário entender que O Senhor nos fortalece para que sejamos santos, não fortes, segundo os conceitos vulgares de força.

O poder legado ao salvo não é para que vença outros, mas a si mesmo, em suas tendências à corrupção latentes na natureza caída; “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12 “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para liberdade da glória dos filhos de Deus.” Rom 8;20 e 21 Notemos que essa libertação guinda da condição de criaturas, para a de filhos de Deus.

Quando citamos, “posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”, o contexto imediato ensina que o “poderoso” em questão pode permanecer, tanto em momentos propícios, quanto, adversos, não mais; “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto a ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

Manter-se fiel nos dois lados da moeda: “No dia da prosperidade goza do bem, mas no da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele.” Ecl 7;14

“Todas as coisas” não deve ser levado ao pé da letra como se, o que alguém desejar, por insano ou imoral que seja, estará ao seu alcance se ele estiver “em Cristo”.

Acontece que esse “estar” demanda um câmbio radical no “ser”, o que reduz drasticamente “todas as coisas” ao escopo das que são lícitas e probas; pois, “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17 Portanto, “... o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

A “força” dos regenerados nem é força, estritamente; na verdade, algo superior; “... melhor é a sabedoria do que a força...” Ecl 9;16

Se temermos ao Senhor abraçaremos Nele uma vida de retidão, e seremos fortalecidos inda mais; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo.” Prov 2;7

Quando Paulo nos desafia a nos fortalecermos no Senhor, na força do Seu Poder, coloca em relevo verdade, justiça, fé, preparação do Evangelho e a “Espada do Espírito”, A Palavra de Deus. Essas armaduras não são para derrotar pessoas, antes, pecados.

Os pecados que estão no outro, num primeiro momento não me dizem respeito; preciso lutar contra os que estão em mim. Ainda que deva anunciar a salvação em Cristo a quem estiver ao alcance, a opção por tomar a cruz ou não, sempre será escolha arbitrária de cada um.

Para o enfrentamento às nossas próprias misérias latentes na natureza carnal carecemos da cruz; para o combate aos ardis do inimigo em disseminar enganos, ai sim, a Espada aludida. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Resulta que os “fortes” no Senhor, são cativos em seus entendimentos; invés do profano, “vós mesmos sabereis o bem e o mal”, somos fortalecidos para dizer não à ímpia sugestão e nos amoldarmos em espírito à obediência do Senhor.

Então, quando se diz que a fé remove montanhas, também aí cabe uma hermenêutica pontual; pois, se os fortalecidos no Senhor têm corações aplanados, parece que foi aí que, a fé, ensejando obediência removeu montes de obstáculos que separavam de Deus. “Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará; o que é áspero se aplainará.” Is 40;4

O Eterno nunca nos desafiou: “Sejais fortes porque Eu Sou Forte;” Antes, “sede santos porque Eu Sou Santo.” Em suma, se o Reino é tomado com esforço, esse sempre será no sentido de sermos santos, pois é essa “força” que o Todo Poderoso deseja.

sábado, 30 de setembro de 2017

Os salvos e o dia da ira

“Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.” Rom 5;9

A diferença entre justificação e salvação; embora essa seja consequência daquela, (seremos salvos porque fomos justificados) ocorrem em tempos distintos. Justificação é sermos declarados justos perante Deus; isso se dá na conversão, quando, a Justiça de Cristo é imputada a nós; nossos muitos pecados são removidos e passamos à honrosa condição de filhos de Deus.

Embora o renascido tenha “genes” de salvo, não é ainda, no sentido pleno, pois, a salvação se manifestará plenamente no dia da Ira, quando O Santo decidir separar o joio do trigo. “Eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3;17 e 18

“Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados seremos salvos pela sua vida.” Rom 5;10

“Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio...” esse “voltar” não significa retornar a uma condição pretérita, antes, voltar o olhar e ver o juízo dos ímpios. Se, por ocasião do juízo de Sodoma e Gomorra a ordem para Ló e família foi que não olhassem para trás, antes, fugissem depressa, agora, O Senhor permite que os salvos olhem pro juízo para melhor avaliarem a grandeza do que lhes foi dado.

Se, para contemplar o cenário preciso olhar para trás, necessariamente trata-se de um lugar do qual já saí. Senão, estarei no meio dele, para qualquer lugar que eu olhar terei a perspectiva da Ira, inclusive, sobre mim. Assim como há distinção entre justificação e salvação, há outra enorme entre ver o juízo e dele participar.

Alguns nos questionam: “Como podes ter certeza de salvação”? Para tais, chega a ser presunção, dado que, somos pecadores. Contudo, para quem conhece ao Salvador a pergunta seria outra: Como poderia ter dúvidas? Se, mesmo falhando, eventualmente, o pecado nos desconforta como antes não fazia; não mais vivemos em servidão a ele; fomos libertos do medo da morte; a paz de Cristo acalma nossas consciências...

Embora a salvação traga consequências externas é antes de tudo, de foro íntimo; quem é salvo sabe e porta-se de modo que outros possam saber também; “Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos; não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I João 1;6 e 7

Uma vez purificados somos capacitados a agir de modo que agrade a Deus e testifique aos homens; “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10 “Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador; dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5;14 a 16

O fato de o mundo ver nossa luz não significa que se sentirá iluminado, que vai gostar, nos aplaudir. Antes, quanto mais perto estivermos de Cristo, mais nos aproximaremos da rejeição que Ele sofreu.

Ele denunciou que a Luz veio, mas, os homens amaram mais as trevas para permanecer da maldade; assim, um cristão em cuja presença e ensinos o mundo sente-se confortável é uma fraude. Um hipócrita buscando justificação humana porque não tem a de Cristo. Quem já possui a “Pérola de grande valor” não gasta tempo nem esforços atrás de bijuterias.

Se, o mundo incomoda-se com a luz do salvo, também esse está no “estrangeiro”, desconfortável, aflito com tanta sujeira, inversão de valores, como Ló em Sodoma. “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Ped 2;8

Assim, um aspecto mais que identifica um salvo é que não sente-se em casa na sujeira, pois, foi feito ovelha, não, porco.

Em suma, salvação demanda justificação, porque Deus ama a justiça e odeia o pecado. Como nossas “justiças” não passam de obras mortas, urge que recebamos a de Cristo; “Vinde a mim... tomai meu jugo... aprendei de mim...” Disse. 

De uma resposta favorável a esse convite depende se seremos expectadores ou protagonistas no dia da ira. Escapa por tua vida!!

sábado, 12 de novembro de 2016

Filhos de Deus, ou, filhos da outra?

“... no lugar onde se dizia: Vós não sois meu povo, se dirá: Vós sois filhos do Deus vivo.” Os 1;10

Justiça Divina junto com Sua misericórdia. Oseias casara com uma prostituta por ordem do Senhor, tivera três filhos; ao terceiro deveria chamar, Lo-Ami, que significa, não meu povo, como sinal profético do juízo, por causa das suas prostituições espirituais. Assim, o que nascera da relação de um justo e uma infiel, levaria o nome da rejeição; O Senhor estava rejeitando aquele estado de coisas, julgando.

Entretanto, olhando para dias mais distantes, prometeu, que, da semente dos, então, rejeitados, faria uma porção incontável de “filhos do Deus vivo”.

A questão da filiação espiritual era insipiente ainda. Em situações de certa paz, obediência, sentiam-se povo de Deus, servos de Deus, não, algo íntimo, como, filhos de Deus.

Parece que, bastava-lhes ser da “semente santa”, “Nosso pai é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se sois filhos de Abraão, fazei as obras dele. Mas, agora procurais matar a mim que vos falei a verdade que de Deus ouvi; isso, Abraão não fez.” Jo 8;39,40

Se, suas obras destoavam do modo de agir do ascendente famoso, mesmo assim, não se sentiam como Lo- Ami, filho de uma prostituta, antes, eram “filhos de Deus”. “...Replicaram-lhe: Nós não somos nascidos de prostituição; temos um Pai, que é Deus.” V 41

Aí, Jesus expôs sua incoerência, pois, faltava certa qualidade no DNA espiritual de seus opositores; “Respondeu-lhes Jesus: Se Deus fosse vosso Pai, vós me amaríeis, porque saí e vim de Deus; não vim de mim mesmo, Ele me enviou.” V 42

Em nossos dias não é diferente, todos sentem-se filhos de Deus, malgrado, escolham caminhos opostos à Vontade do Pai. Quantos devassos, dissolutos, adúlteros, ladrões usam dizer: “Deus é Pai, não é padrasto; também sou filho de Deus”.

Contudo, algumas coisas são necessárias se, alguém pretende ter relação de filho, com O Eterno. O Salvador ensinou: “... se, alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3;3 e 6

Como se dá o nascimento, espiritual? “A todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas, de Deus.” Jo 1;12 e 13

Então, a filiação requer que recebamos Jesus, o amemos, condição necessária aos pretensos filhos de Deus; e, amor, é muito mais intenso que, mero sentimento, como devaneiam alguns, envolve entrega, comprometimento, obediência. “Se, me amais, guardai meus mandamentos.”

Ou, na pior das hipóteses, ao termos falhado na obediência, que, pelo menos, sejamos maleáveis, não, refratários ante à disciplina do Senhor. “Já vos esquecestes da exortação que vos admoesta como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, nem desanimes quando por ele és repreendido; pois, o Senhor corrige ao que ama, açoita a todo que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como filhos; pois, qual é o filho a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então, bastardos, não filhos.” He 12;5 a 8

Vivemos numa geração devassa, imoral, mentirosa e sem noção. O Senhor mandou às favas o “politicamente correto” e colocou o dedo na ferida dos seus oponentes: “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, pai da mentira. Mas, porque digo a verdade, não me credes.”vs 44 e 45

O DNA espiritual não tem a ver com ácidos das células, e demais coisas, do físico, antes, orbita em torno de nosso apreço, ou, desapreço, pela verdade. Assim como O Eterno deixa patente sua rejeição aos que se dão à prostituição espiritual, também propaga Seu anelo de gerar “Filhos do Deus Vivo” mediante O Salvador.

Como filhos naturais exibem traços físicos dos pais, os renascidos hão de ter uma “fisionomia” espiritual que lembre Seu “irmão mais velho”, Jesus Cristo, a Face visível do Pai. “...que todos cheguemos à unidade da fé e pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo;” Ef 4;13

Se O Eterno disser: “Vós não sois meu povo” nada valerá teimarmos como a turma do “não vai ter golpe”, gritos não mudam os fatos. Mas, o arrependimento, entrega, mudam o ser, o pensar, a relação, por fim, a eternidade.