“Este mesmo mês vos será o princípio dos meses; este vos será o primeiro dos meses do ano”. Ex 12;2
Ao libertar o Seu povo da escravidão no Egito, O Eterno estabeleceu-lhes o calendário. Nos primeiros passos livres, o começo do ano, da contagem do tempo.
“... vos será...” Aquilo que é para o homem, não é, necessariamente, para Deus. A relação do Eterno com o tempo não é a mesma nossa. A nominada, mão do tempo, tem um âmbito estrito onde pode incidir; “Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Ecl 3;1 “Debaixo do céu”.
O Senhor É O Pai da Eternidade; assim, o tempo lhe obedece, não o contrário. Portanto, quando ouvimos alguns “modernistas” sugerindo a Edição da Palavra do Eterno, para “atualizá-la”, a sensação que nos dá é que alguns temem que a chuva molhe o lago.
A adequação aos preceitos eternos, é, como o tempo debaixo do sol, uma coisa para o homem. A perfeição não comporta “upgrades”. A rigor, os pretensos “Editores de Deus”, não trazem em seus alforjes nada que falte à Palavra; antes, trazem uma perversa inclinação espúria, da qual são meros títeres; a serviço dessa, pretendem profanar às coisas santas.
Desde uns três mil anos já, um sóbrio conselho está posto: “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso”. Prov 30;5 e 6
O que falta à pureza, para que seja pura? Abstraída a ação do inimigo, que atua mediante seus fantoches, não faria o menor sentido, o homem, que prefere os prazeres do pecado aos da comunhão com O Pai, alterar à Palavra, por que não a quer praticar.
Ora, quem não quer obedecer, simplesmente desobedece. Qual a necessidade de vestir a desobediência com roupas elegantes? Não faria boa figura, de qualquer forma. Agora, se por trás dessa grita revisionista contra os valores eternos, está aquele que labora pela disseminação do engano, para que suas vítimas caiam na perdição, acreditando estar na vereda da vida, então, tal pleito profano fará sentido. Do ponto-de-vista daquele, claro!
A tentativa de limitar tudo o que há entre o Céu e a Terra, à esfera réptil faz mal; tanto, do mirante de quem deveria ver Deus, quanto, ver a oposição.
No primeiro caso, dizem que a Bíblia é um mero livro de homens; malgrado, tenha sido escrita num período de um milênio e meio, aproximadamente; em três idiomas, por quarenta autores dos mais diversos estratos sociais; profetas, um agricultor, pescadores, um médico, sacerdotes... a maioria não conheceu aos demais escritores e todos se completam, uns desenvolvendo assuntos iniciados por outros, aperfeiçoando-os; quais homens conseguiriam essa proeza?
No outro lado da moeda, a ignorância acerca da existência do inimigo e seus ardis, leva-os a servi-lo, sem sequer se darem conta. “O inferno são os outros; aqui se faz, aqui se paga”. Sopram em seus ouvidos desatentos, e fazem verter por seus lábios, aqueles, cujas doutrinas assomam das profundezas do inferno.
Se, O Criador não existe, não É o que diz Ser, por que alterar Sua Palavra? Basta ignorar; quem perderia tempo com fábulas inverossímeis?
Não nos enganemos; a existência do Eterno grita nas evidências massacrantes das Suas Obras; “Porque suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”. Rom 1;20
A do inimigo, o grassar de toda injustiça, vícios, corrupção, mentira, blasfêmias, traições, perversidades... clama, com eloquência semelhante.
A escravidão em que jazem os que estão sob o domínio maligno é mais severa que a que sofriam os hebreus no Egito. Aquela incidia sobre seus dias terrenos, apenas; a espiritual, se não encontrado em tempo, O Libertador, tem peso eterno.
Embora o vulgo chame mera existência de vida, a vida espiritual em Cristo requer o “nascer de novo”; como para os hebreus de então, a contagem do tempo se iniciou a partir da libertação, nossa vida começa, após o encontro com Jesus Cristo.
O Senhor não anunciou salvação como um deleite intelectual, acessório opcional, ou coisas assim; antes, uma urgente necessidade espiritual; “... quem ouve a Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. Jo 5;24
Não apenas nosso tempo começa do zero, Nele; todas as coisas; postura, valores, atitudes, recebem um “calendário” zero quilômetro. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; e tudo se fez novo”, I Cor 5;17
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