“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se espera, e a prova das coisas que se não vê”. Heb 11;1
Não é uma abstração vazia. Embora ela atue para provar coisas que não se vê, num elo entre dimensões distintas, não o faz num vácuo; antes, explica às coisas palpáveis, dando certeza pacífica às mentes dos que creem.
Paulo disse que não se pode ver A Divindade nem O Poder de Deus; embora, sejam evidentes pelas obras; amoldar-se confiante, em atitude adoradora, diante dessa compreensão, invés de sair fantasiando com subterfúgios inverossímeis, é uma atitude de fé.
A revelação de Deus não nos foi dada para “provar” que Ele existe; antes, para que, diante das evidências gritantes, saibamos como nos portar, para que nossas vidas sejam regeneradas segundo o Divino propósito.
Sobre a eloquência das evidências encontramos mais: “Os céus declaram a glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro; uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala, mas onde não se ouve sua voz?” Sal 19;1 a 3
Embora se jactem que, derivam seus postulados da ciência, os evolucionistas não possuem um exemplo sequer, que possa ser demonstrável experimentalmente, de sua teoria. Também possuem fé, pois. Porém, fundamentada em devaneios que repousam na névoa de milhões de anos; não para que, assim, seus postulados sejam verossímeis; antes, para desobrigarem-se de demonstrações científicas; malgrado, sigam chamando sua fé pelo nome de ciência.
Nos dias de Paulo, já existiam os que preferiam abraçar crendices, a se deixarem moldar pelo que lhes fora revelado de modo eloquente. O Apóstolo argumentou: “Porque Suas coisas invisíveis, (de Deus) desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende, e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.
Mas, porque precisariam ser desculpados? O mesmo Paulo responde: “Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos”. Rom 1;21 e 22
Se recusaram a admitir o que lhes foi facultado entender, “tendo conhecido a Deus”, rejeitaram-no.
Como o ser humano foi criado tripartido, corpo, alma e espírito, tendo cada aspecto suas demandas próprias, as do espírito fazem de todo o homem, um tanto religioso, adorador. Mesmo os ateus exercem sua fé no ateísmo, sendo muito maior que a fé dos creem em Deus; pois, a inexistência Divina não oferece evidências; mesmo assim, se sentem respaldados em sua negação do que é gritante.
Os rebeldes daqueles dias, não tinham os luxos céticos de hoje, onde, homens de relevância cultural, ateus célebres, lotam auditórios de universidades, para oferecer suas mirabolâncias, “científicas”, a uma juventude igualmente rebelde, a espera que alguém envernize suas rebeldias, com nuances intelectuais.
Os que se recusavam a crer em Deus, pela sua índole obstinada e insubmissa, precisavam preencher o lapso das suas errâncias voluntárias, com deuses alternativos; o que conseguiram seria risível, se, não fosse trágico. “Mudaram a Glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, aves, quadrúpedes e répteis”. V 23
De certa forma, como os evolucionistas fazem, usavam aos animais para negar a Deus. A Palavra de Deus traz o determinismo biológico dos seres vivos, no primeiro capítulo, “reproduza conforme sua espécie”; ensina que a rejeição a Deus e aprofundamento no pecado ensejou maldição no planeta inteiro; “... a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a Aliança Eterna”. Is 24;5
Por fim, que a degeneração progressiva persistirá até o tempo da redenção. “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. Não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo”. Rom 8;22 e 23
Todas essas coisas são plenamente observáveis em nosso dia a dia; não carecemos de tempos incontáveis para diluir nisso, eventuais incongruências.
Ninguém questiona a existência de abstrações como amor, saudade, esperança, otimismo... apenas das razões da fé, por quê? Porque além de mostrar um Deus Santo, e Justo, A Palavra revela que somos maus, pecadores; carentes de arrependimento e perdão.
Em geral, o orgulho dos ímpios é maior que a fé; preferem negar o óbvio, a negarem-se; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas”. Jo 3;20
Pois, como disse o Dr. John Lennox, “O ateísmo é um brinquedo de adultos, com medo da luz”.
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