“Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir contigo a Jerusalém, vá”. Ed 7;13
Ordem de Artaxerxes entregue a Esdras, sacerdote do Senhor. Sendo ele rei, poderia escolher a quem desejasse e ordenar que fosse juntamente com Esdras; todavia, como os hebreus eram cativos lá, a simples permissão de emigrarem era já um grande alento. Uma alforria inesperada.
Como era um cativeiro de longa duração, setenta anos, concorria o risco de alguns terem se adaptado ao modo de vida, ter adquirido bens; quem sabe, desejassem permanecer na Pérsia. Assim, embora um decreto real geralmente traga o que deve ser feito, aquele trazia o que poderia ser feito, respeitando a liberdade de escolha. “... aquele que quiser ir contigo a Jerusalém, vá”.
Só almas livres prezam o excelso valor da liberdade. Os megalômanos, maníacos com suas pretensões Divinas, melindram-se profundamente, porque todo mundo não deseja o mesmo que eles, nem gosta das mesmas coisas; tampouco, os amam como eles se amam diante dos espelhos.
A rigor, comparar tais, a pretensões Divinas é injusto. Pois, Deus, malgrado, seja O Todo Poderoso, permite ampla liberdade. Embora ensine que as consequências das escolhas serão inevitáveis, no tempo da colheita, não tolhe que ninguém faça livremente, a que quiser. Cheia está a terra de ímpios, ateus, blasfemos...
Quando da apresentação de Jesus no templo, Simeão profetizou para Maria, que Deus permitiria às inclinações humanas que se expressassem às últimas consequências; antevendo que O Salvador seria morto, por isso. “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”. Luc 2;35
Então, a pretensão de ser dono da verdade, só permitir às pessoas se expressarem segundo as particulares inclinações dos ditadores é diabólica, não, Divina.
Em nosso país, a legião que usurpou o poder consegue a proeza de se autodenominar, “defensores da democracia”; precisamente, quando afrontam a vontade da maioria. Se, “demo” invés de significar, povo, segundo a etimologia, significasse o demo mesmo, o possuidor dos ímpios povos, numa gíria que se incorporou ao nosso idioma, então isso seria de fato, “Demo Kratos”. O diabo no poder.
Pois, grassam severas acusações contra inocentes; estrondoso silêncio contra roubo de bilhões. Conservadores são ameaçados de prisão por respirar; traficantes são colocados em liberdade sem maiores pleitos. Que espécie de povo desejaria isso?
Todas as instituições foram instrumentalizadas de forma a não ter força para reagir; quando um poder externo, como Trump, se levanta, presto os “isentos” como General Mourão, Caio Fábio até, logo vociferam contra a intromissão megalomaníaca.
Quanto aos desmandos e atropelos internos, apenas uma ou outra fala inócua, como parte da camuflagem. Situações como esta servem, entre outras coisas, para que falsos saiam do armário.
Os que riem e postam jocosidades comemorativas sobre as injustiças feitas a Jair Bolsonaro, logo estarão debaixo das camas ou, n’algum bueiro, quando as consequências chegarem. Algumas já chegaram.
O fato de estar Israel, o povo eleito, em cativeiro, é um testemunho que O Eterno, quando desejou, usou outros povos, nações belicosas como instrumentos de juízo quando seu povo persistia na apostasia.
Parece muito corajoso, como tem feito o império das narrativas no reino das bravatas, ameaçar retalhar com reciprocidade aos Estados Unidos. Agora pretendem cortar vistos de autoridades americanas que jamais vieram ao Brasil e sequer têm necessidade de fazê-lo; que medo! Ante a ameaça de tolher o espaço aéreo americano e suspender o GPS, o quê, o senhor das jabuticabas pretende fazer para revidar?
Reitero o que já escrevi noutras páginas; não estou vibrando com a intervenção americana; mas, dado que, nenhuma força interna parece poder conter nossa “Madurização”, com as dores inevitáveis, talvez ainda seja mal menor, que pertencermos a uma quadrilha para sempre, com direito a dizer apenas, sim senhor!
Pois, se o que se deve defender, segundo a quadrilha de “Bravatópolis” é a soberania, em última análise, quem a possui é O Senhor. “Ele muda os tempos e as estações; Ele remove reis e estabelece os reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas; com Ele mora a luz”. Dn 2;21 e 22
Sabe que no império das patifarias são os patifes que se sentem valorizados; “Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados”. Sal 12;8
Oportunamente intervém, usando os meios que quiser, para que as boas índoles não sejam desencorajadas vendo o crime compensar. “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade”. Sal 125;3
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