terça-feira, 22 de julho de 2025

A ordem necessária


“... tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá; o enchi do Espírito de Deus, sabedoria, entendimento e ciência em todo o lavor... tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã...” Ex 31;2, 3 e 6

Instruções a Moisés, acerca da edificação do tabernáculo. Deus escolheu e nomeou aos que capacitara com dons para forjar em ouro, prata e engastar pedras preciosas. Necessários para os utensílios que deveriam ser feitos, então.

Adiante, encontramos o contraponto do capeta. Excitou o povo com a ideia que estavam sem líder, porque Moisés tinha desaparecido, e de quebra, pediram um deus para cultuar; logo surgiu o famigerado bezerro de ouro. Uma escultura tosca feita às pressas.

Não há registro que o inimigo tenha pedido, tampouco, escolhido e capacitado artífices para a criação daquilo. Sequer apareceu o mentor da rebelião. Seu truque preferido é “provar” que nem existe. Semeia seu veneno nos corações descuidados, e faz parecer que seus intentos são legítimos clamores populares.

Como destruir é mais fácil que construir, qualquer coisa que se oponha à Divina Vontade lhe serve; seja bem ou mal executada. Para seus propósitos, todos os rebeldes estão capacitados. Pois, não há risco que quem se voluntaria para praticar o mal, o faça, mal feito.

Pela natureza desse predicado, quanto menos zelo, probidade, aptidão, maior a “eficácia”.

O Eterno É Santo. Criterioso e zeloso com Suas coisas; as quais, não podem ser feitas de qualquer maneira. Se há alguém, de quem se possa dizer com toda certeza, que preza pela qualidade mais que a quantidade, esse é O Senhor.

Jeremias profetizou sozinho, por mais de duas décadas, contra muitos profetas falsos; no desafio do Carmelo, apenas Elias estava a serviço do Eterno, contra 850 profetas de Baal e Aserá.

Os gregos também sabiam da superioridade de quem tem luz, aos milhares que vivem no escuro. No “Banquete” encontramos mais ou menos o seguinte: “O homem ajuizado teme mais ser julgado por meia dúzia de sábios, que por uma multidão de ignorantes”.

No Eclesiastes temos menção de um sábio desprezado, que num momento de crise livrou a uma cidade. “Encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem”. Ecl 9;15 A vera sabedoria não costuma ser ostensiva; é oportuna.

Falando a Ezequiel, sobre um juízo inevitável, O Senhor expôs a razão: Faltara um intercessor probo, que rogasse a Deus em favor do povo, para que a ruína fosse evitada. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém achei”. Ez 22;30

Portanto, os que se impressionam com movimento, mais do que, com santidade, com numerosos ajuntamentos, mais que com a verdade, estão dando mais peso às folhas do que, aos frutos.

Os que, em defesa do “sacerdócio universal” dos cristãos, fazem uma terra arrasada, como se todos estivessem no mesmo patamar, não precisando se submeter a ninguém, no ponto-de-vista funcional, precisam entender algo. Há uns que, O Eterno chama e capacita de modo preciso para funções especiais; isso não os faz melhores; apenas funcionam diferente, segundo o propósito do Criador.

Acaso não era só Moisés que estava diante do Senhor? Não escolheu Ele, alguns pelos nomes, para determinados ofícios? 

Os desigrejados aprenderam que não carecem de líderes; tampouco, congregar em templos. Pelas razões já vistas sobre os predicados necessários para fazer o mal, estão todos “vendendo saúde”.

O Senhor estabeleceu ministérios, de pastoreio, ensino; aos pastores diz: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto”. I Ped 5;2

Às ovelhas: “Obedecei aos vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, não gemendo, porque isso não vos seria útil”. Heb 13;17

Se cada um fizer sua parte, a Obra de Deus ganhará em ordem, e harmonia.

Quando algo anda atabalhoadamente, sem nenhuma disciplina, ordem, reverência, se diz que está “do jeito que o Diabo gosta”.

Pois, quem pretende andar com O Senhor, aprenda que é do jeito Dele; Sua Palavra, o parâmetro, não a inclinação do reverendo “A”, a “descoberta” do apóstolo “B”.

Quem não deriva seu ensino da Palavra da vida, é porque não tem vida com Deus; por palatáveis e saborosos que soem seus ensinos. Antes da sabedoria, da eloquência, a obediência. “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade”. II Tim 2;19

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