domingo, 6 de julho de 2025

A doença do escuro


“... a língua dos sábios é saúde”. Prov 12;18

Eventualmente, palavras são tratadas com desdém, sobretudo, quando contrapostas às ações; quando o socorro se mostra mais oportuno que o ensino, mais necessário. Tiago desafia: “... mostra-me tua fé sem as obras, e te mostrarei a minha pelas minhas obras”. Tg 2;18

Assim, opondo-se às palavras, as obras se avantajam. Mais vale fazer a coisa certa que apenas dizê-la. Porém, quando o escopo é o ensino, onde uma espécie de palavras conflita com outra, de calibre diferente, nesse caso, as palavras dos sábios devem receber primazia, pela riqueza do que carreiam.

Os filósofos eram procurados pelos mais ajuizados, enquanto, os sofistas, os faladores vãos, desprezados. Não por acidente usamos até hoje, a expressão, “sofismar” como sinônimo de incorrer em falácia.

“As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais que o clamor do que domina entre os tolos. Melhor é a sabedoria que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens”. Ecl 9;17 e 18 Escreveu o sábio Salomão.

Se, em oposição aos sábios temos o pecador, necessária a conclusão que, a sabedoria coloca Deus e Sua vontade, num plano superior; tem um cunho espiritual anexo à clareza intelectual.

“Liberte-me da minha ignorância e ter-te-ei na conta de meu maior benfeitor”. Dizia Sócrates, que fora reputado, o mais sábio de Atenas. Palavras que iluminam caminhos, se revelam medicinais, para os que erram pelo ardor da ignorante febre. “A língua dos sábios é saúde”.

O Salvador desafiou à permanência em Sua Palavra, (prática) para que as pessoas fossem iluminadas acerca da verdade, e finalmente, livres das vidas com falta de sentido. “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Jo 8;31 e 32

Pode parecer de pequena monta conhecer a verdade, se, não atentarmos para o quê, sua falta enseja.

Muitos, no escuro acerca de Deus e Seus ensinos, mudam de filosofia, cidade, cônjuge, sexo, de pele, tatuando-se; quando, a única mudança necessária seria a de mentalidade; alguns chegam ao extremo de “mudar” à matemática até; adotam à sologamia, onde, alguém frustrado com relacionamentos desfeitos decide “casar” consigo mesmo. Pelo menos, não terá problemas com partilha de bens, num eventual divórcio.

Se, invés desses “buracos n’água” alguém ousasse crer e se deixar ensinar, o que traria, uma mudança de mente e consequente mudança de atitude, segundo Deus?

“Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são Meus caminhos mais altos que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos”. Is 55;9 Ensina O Senhor. O acesso à dimensão das alturas espirituais.

Por acostumados à sina réptil, atinente aos objetivos e valores, o desafio para recebermos asas e habitats mais altos, costuma se chocar com a vertigem do comodismo, dos costumes enraizados, assombrando aos mais tímidos. “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas”. Jo 3;20

Desgraçadamente a destruição de valores, o fomento do egoísmo, engendrou uma geração vazia de luz, e cheia de si. Nem O Criador lhes pode falar, sem ser redarguido “à altura”. Paulo aconselha a prudência: “... sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso...” Rom 3;4

Os conselhos de quem enxerga um tantinho mais, por ter aprendido do Eterno, invés de dádivas luminosas são tidos como intromissões.

Os mesmos que idolatram mentecaptos envernizados, aos quais chamam de “influencers”, presto se ouriçam e ameaçam com seus espinhos, caso alguém chame pelo nome aos seus maus passos, suas doentias escolhas. As “fobias” foram “adesivos” inventados para que se possa colar em outros, os diagnósticos das próprias doenças. Cada espinhoso se acha devidamente munido dessas “defesas”.

Outrora, infantes cresciam com uma porção mínima de valores; os pais mais ciosos temiam que o mundo vindouro nem estivesse à altura dos seus rebentos; “Que mundo deixaremos para nossos filhos?” Questionavam os mais engajados, quando algumas engrenagens pareciam desengonçar.

Dada a destruição de valores que grassa, a imbecilização coletiva, pela massiva penetração dos meios de comunicação, a implosão da família tradicional, da mãe, mãe, e do pai, provedor; a “educação” dos filhos terceirizada para as creches e televisão, a pergunta talvez seja outra: “Que filhos deixaremos para esse mundo?”

Talvez, ainda existam algumas línguas mais esclarecidas, atuando para difusão da verdadeira luz. 

Porém, assim como não usa dançar quem não escuta à música, tampouco, entenderá as coisas do Reino de Deus, quem não se atrever a se render a Cristo; “... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus”. Jo 3;5

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