“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa”. Heb 10;36
Isso, se avaliado pelo escopo meramente natural, confundirá; não devemos trazer coisas de âmbito eterno para a arena rasa do imediatismo comum, segundo anseios da carne.
Paulo ensina interpretar às coisas do espírito; “As quais falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais”. I Cor 2;13
O raso tende a ver a vontade de Deus numa tarefa, à qual, nos aplicaríamos para resolver e depois poderíamos volver apressados, quais crianças sôfregas, em demanda da recompensa. Alguns animais são adestrados assim. Cada manobra executada de modo correto dá direito a uma recompensa imediata em forma de alimento. O Criador nos chama a algo melhor.
A vontade Divina não é um evento pontual, do qual podemos nos desincumbir, cumprindo-o; ela respeita a um modo de viver, o “caminho estreito”, que demanda renunciar às paixões carnais, “crucificá-las”; a recompensa prometida aos que fazem isso, espera no além. Depois de ser feita a vontade de Deus (negue a si mesmo) possais alcançar a promessa; a vida eterna.
Paulo pontua: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. I Cor 15;19
Alistando aos heróis da fé do Antigo Testamento, e as coisas que sofreram, o Texto Sagrado diz: “Todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa, provendo Deus alguma coisa melhor ao nosso respeito, para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados”. Heb 11;39 e 40
Mesmo tendo sido heroicos, ainda não foram recompensados; antes, esperam por nós para o grande dia da redenção, para que nos alegremos todos, juntamente.
A graça se revelou maior ao nosso respeito, porque vivemos depois de Cristo. Ele, pelo Seu exemplo, ensino, e legar do Bendito Espírito Santo atuando em nosso favor, nos oferece bênçãos que aqueles não tiveram.
O Salvador falou disso; “Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não viram; ouvir o que vós ouvis, e não ouviram”. Mat 13;17
Infelizmente, obreiros infiltrados, que não conseguem exceder às coisas da Terra, mesmo falando do Céu, eventualmente, perverteram à fé, fazendo-a parecer uma força, um método para realizações egoístas por aqui. Quem tem fé, “conquista, toma posse”, dizem esses mercenários aos incautos que perdem tempo, lhes dando ouvidos.
Isso tem lógica. Não se pode exigir dos répteis que voem. Assim, quem não nasceu de novo, até pode encenar uma teatralidade supostamente espiritual, mas esperar que toque aos Céus nas asas do Espírito, está fora de cogitação. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente”. I Cor 2;14
Aos que O recebem, O Senhor capacita para as coisas do alto; “Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”. Jo 1;12 e 13
Paulo explica a impotência dos carnais, como uma necessidade; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser”. Rom 8;7
O fato da natureza carnal concorrer com a espiritual nos que nascem de novo, enseja uma peleja íntima, que faz necessária a cruz em todos os dias. “Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. Gál 5;24
Não significa que nossa natureza acostumada e inclinada ao pecado, morra; antes, que somos capacitados pelo Espírito Santo em consórcio com nosso espírito, vivificado, a dizer um sonoro não! às tentações, que nos assediam.
Muito embora, a recompensa pela obediência não seja imediata, a preservação da consciência em paz, e da comunhão com Deus, é.
Somos desafiados a abraçar à vontade de Deus, e caso aceitemos, seremos capacitados para isso. Ante às tentações teremos escolhas; cair ou resistir. Os escravos do pecado, ainda sem Cristo, sé têm a primeira.
O vulgo não entende nosso “fanatismo” que nos leva a evitar ambientes, e nos abster de certas coisas. Aves podem se fingir de répteis caso queiram, rastejando um pouco; mas, por quê sujariam suas penas?
Aquele que está se esforçando por fazer a Divina Vontade, certamente desafinará de outros que, andam segundo seus desejos desordenados.
A questão nem é se os descaminhos mundanos dão prazer ou não; antes, aonde conduzem. “O mundo passa, e sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” I Jo 2;17
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