“... Onde queres que a preparemos?” Luc 22;9
O “quando” e “o quê” eram conhecidos dos discípulos acerca do que deveriam fazer. Ide. É um imperativo no presente, pra quem ouve. Fazer o quê? “Preparai a páscoa para que a comamos”. Restava ainda uma questão; “Onde queres que a preparemos”?
É bom o homem maduro ter iniciativa e fazer o que sabe que deve ser feito, sem maiores demandas; contudo, é presunção, temeridade, tomar para si decisões que não lhe cabem.
Aquilo que ainda não fizemos, sempre poderá ser feito; caso, alguém tenha esperado por indeciso, até dirimir uma dúvida. Entretanto, o que já foi feito, se o foi fora da direção do alto, por certo trará prejuízos; na maioria dos casos, terá que ser desfeito. Se, voltar atrás é uma qualidade dos humildes, muitas vezes, também é uma necessidade dos precipitados.
Invés dum endereço estrito, O Salvador deu-lhes um sinal para observarem. “... quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os Meus discípulos?” vs 10 e 11
O Senhor indicou na casa de quem deveriam celebrar, o memorial da páscoa; deixou ao dono da casa, a disposição do aposento que achasse mais apropriado.
Podemos aprender, pelo menos quatro coisas nesse incidente: a) quando O Senhor nos envia a algum lugar, para falarmos em Seu Nome, nos dá as palavras necessárias, na ocasião oportuna; "e direis..."
b) num primeiro momento, O Senhor fala com quem está em posição de liderança, de comando, não com subalternos; “... ao pai de família da casa...” Não poucas divisões acontecem no meio cristão, mercê de “novas visões” que vêm de baixo para cima. Não do líder espiritual, mas de algum afoito desejando liderar; nem todas as divisões são assim; algumas procedem do Senhor; porém, numa situação normal, O Senhor dá Sua diretriz, ao “Anjo da Igreja” quando, é probo;
c) Ações que dependem da direção do Senhor devemos perguntar a Ele antes, invés de ousarmos por nossa conta. Não parece meio infantil? Essa é a ideia. “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele”. Mc 10;15 Muitas vezes o que nos soa elementar, não é bem assim. O Senhor vê coisas que não vemos; assim como ouve; até as que ainda não são.
d) em lugar de uma resposta direta, eventualmente, somos convidados a observar sinais; “... encontrareis um homem com um cântaro de água...” Alguém disse com propriedade sobre entender a Divina diretriz: “Na direção em que O Dedo de Deus aponta, Sua Mão abre a porta”.
É importante termos apontamentos do Senhor antes; apenas uma porta aberta pode muito bem ser uma cilada. Certa vez alterquei com um irmão amado, que me disse: “Se a porta está aberta basta entrar; caso ela não for do Senhor, Ele a fechará”. Discordei dele, pois, a coisa não é tão simples.
Sendo O Senhor, O Deus Vivo, nos tendo dado vida em Cristo, o mínimo que se deve esperar desse relacionamento refeito é que haja comunicação entre as partes. Antes da conversão não podíamos agir assim, após ela, devemos; “a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome” Jo 1;12
O que entendemos por “andar em Espírito”, senão, após a Divina direção, informada pelo Espírito Santo, ao nosso espírito? Depender disso, invés duma atitude infantil, no aspecto espiritual é um indício de maturidade. Paulo aconselha: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”. I Cor 14;20
O Eterno anela nos guiar com Seu Conselho, não com chicotes e cabrestos, como se fôssemos cavalgaduras; Ele diz: “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os Meus Olhos”. Sal 32;8 Com os Seus Olhos e pela Sua Palavra.
Esse é o Divino propósito acerca das nossas vidas; o verso seguinte adverte contra os que arrombam portas, ou, entram inadvertidamente nas que estão abertas, sem antes consultar ao Santo; “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se lancem a ti”. Sal 32;9
Os que querem viver e falar segundo O Senhor, devem aprender Dele, como disse a Jeremias: “... Se tu voltares, então te trarei, estarás diante de mim; se apartares o precioso do vil, serás como a Minha Boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”. Jr 15;19
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