quinta-feira, 10 de julho de 2025

Os avarentos


“... combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus; para que seja livre dos rebeldes que estão na Judéia, e minha administração, que em Jerusalém faço, seja bem aceita pelos santos”. Rom 15;30 e 31

Paulo pedindo oração aos cristãos romanos, pois, ia a Jerusalém com um propósito, que desejava ver bem-sucedido, apesar de duas ameaças distintas. Violência dos rebeldes e rejeição dos irmãos.

Ele chamou de administração aos santos, o que era? No contexto encontraremos o apóstolo agradecendo a Deus que o fizera, “... ministro de Jesus Cristo para os gentios, ministrando o Evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo”. V 16

Disse levar a Jerusalém, uma oferta dos gentios; “Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos. Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém. Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais”. Vs 25 a 27

O princípio que norteia os dízimos; os que vivem exclusivamente difundindo bens espirituais devem ser mantidos. “Digno é o obreiro do seu salário”. Paulo argumentou nesse sentido; “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?” I Cor 9;11 

Embora ele não vivesse disso, argumentou que era justo; e escrevendo a Timóteo deixou o ensino nas entrelinhas. “O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. Considera o que digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo”. II Tim 2;6 e 7

Mesmo com tais intenções, o apóstolo pediu orações receoso dos rebeldes, os judaístas que o queriam matar; e que, internamente, os que se converteram dentre os judeus, por algum preconceito pela origem da oferta, recusassem aceitar. Assim tanto orava para ser livre dos rebeldes, quanto, bem aceito pelos irmãos.

Que estranha barreira! A oferta já estava dada; o temor era de que não fosse aceita.

Parece que naqueles dias, por boas ou más razões, havia valores maiores que o dinheiro.
Que abismo ético e moral, se considerarmos os dias atuais!

Nas redes sociais e em muitos ministérios materialistas se pode um ver um insano “cabo-de-guerra”, disputado por amantes do dinheiro em ambas as pontas.

Como se, uma robusta corda fosse tencionada, de um lado, pelos ladrões de púlpitos, os ministros mercenários que se camuflam como a serviço de Deus; ladrões, às custas da boa-fé dos incautos que manipulam; do outro, os “desigrejados” que “justificados” pelos maus atos daqueles se esforçam, fazem contorcionismos tentando provar que a dízimo era vigente apenas no Antigo Testamento.

Alheios a essa disputa os obreiros idôneos prosseguem agindo com probidade e transparência, nada mais recebendo que o previamente acordado; cristãos fiéis dizimam com alegria, entendendo que se, mesmo um clube secular cobra mensalidades para se manter, por que não, a igreja? E melhor que isso; uma igreja séria com ministros probos, transforma o que excede aos custos, em bênçãos para outras vidas.

Como nos dias de Paulo, ameaçavam de fora, e também os de dentro eram motivos de temor ao apóstolo; ainda é assim.

Os desigrejados engajados já estiveram dentro; tiveram algumas decepções, a invés de lidar com isso permanecendo fiéis, se mostraram frouxos na adversidade. Pior que fugitivos se tornaram adversários, como os rebeldes que queriam matar a Paulo. Esses querem matar igrejas minando seus recursos; para isso encorajam quem lhes ouve a ser infiel, ensinando que o dízimo não é necessário.

“Deem cestas básicas aos pobres, invés de enriquecer ladrões”
. Sequer são originais; essa “filosofia” foi defendida por Judas. “Sempre tendes os pobres convosco, advertiu O Senhor”.

Quem não sabe a diferença entre o idôneo e uma súcia de ladrões, tendo a Bíblia inteira ao dispor, deveria carrear contra a própria cegueira, suas mágoas.

Cristo aboliu O Antigo Testamento quanto aos sacrifícios, e liberou da guarda do sábado. Os mandamentos que ensinam amar a Deus e ao próximo Ele aperfeiçoou, exigindo mais; ver Mateus 5;38 a 48.

Os dízimos não constam dos dez mandamentos vieram antes, desde os Patriarcas. Portanto, os argumentos dos avarentos disfarçados de apologistas são fajutos, órfãos de filiação bíblica.

Infelizmente a maioria prefere esses aos sadios; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as próprias concupiscências”. II Tim 4;3

Não recebo de igrejas, não laboro em causa própria; mas há muitos que recebem menos que merecem. Ladrões sempre haverá, infelizmente.

Como otários e vigaristas se completam em perfeita simbiose, os que pregam amor ao dinheiro invés de salvação, só atraem aos semelhantes.

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