domingo, 14 de março de 2021

Obras e juízo


“O Senhor é conhecido pelo juízo que fez; enlaçado foi o ímpio nas obras das suas mãos.” Sal 9;16

A origem do juízo é do Senhor; a “dosimetria” da pena deriva dos próprios feitos do réu; “enlaçado nas obras das suas mãos.”

A Justiça Divina permite que cada plantio frutifique fielmente: “Dizei ao justo que bem lhe irá; porque comerá do fruto das suas obras. Ai do ímpio! Mal lhe irá; porque se lhe fará o que suas mãos fizeram.” Is 3;10 e 11

O Salvador ensinou a isonomia como modo de viver; pois, esse seria o alvo de toda Palavra dada, até então. “Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também; porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Quem, nesse escopo cogita salvação mediante obras mostra ignorância bíblica, ou má vontade. A retribuição aos feitos de cada um atina à justiça; a Salvação, deriva do Amor Divino; estritamente da Graça mediante a fé em Cristo.

Sempre oportuno realçar: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Num contexto em que se apresentou como O Pão do Céu que dá Vida, aos que se “voluntariaram” para obras Jesus demandou fé; “Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Bons atos do justo hão de contar para efeito de galardão; bem como os maus do ímpio, justificarão sua perdição; assim cumpre-se a sentença “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;8

E as boas obras dos maus? Digo; que nem sejam maus no sentido humano, (ante Deus não há um justo sequer) os que creem em doutrinas espúrias, humanismo, espiritismo etc. e de acordo com seus credos socorrem desvalidos, como ficam?

Como O Eterno Ama à justiça, jamais chamaria a uma boa obra de má. Entretanto, como “Deus não é Deus de mortos”, antes das coisas 
periféricas trata da vida. Por isso O Senhor disse aos “voluntários” aqueles que A Obra de Deus demandava crer Nele. As obras herdam a condição dos “obreiros.”

“... não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas...” Heb 6;1 “... O Sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo.” Heb 9;14

A Palavra não entra no mérito da qualidade das obras; de serem boas ou más; antes, denuncia sua condição de mortas enquanto seu agente ainda não é regenerado em Cristo.

Acontece que não crer não é uma coisa de pouca monta, como se, fruto de uma dúvida honesta. Uma vez que O Eterno se revelou em Sua Santa Palavra, se expôs ao ridículo e à violência na “loucura da cruz” o descrer abarca uma decisão moral, cuja consequência é blasfema; “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porque não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

Desse modo uma boa ação divorciada da relação com Deus mediante Sua Palavra acaba patenteando um atuar no princípio satânico; foi ele que disse que o homem poderia, autônomo, decidir por si mesmo sobre bem e mal.

É ilusória a valoração de alguém estritamente pelas obras; fulano é ateu, outrem é espírita, mas só fazem o bem.

Quem disse que é bem aquilo que O Eterno conceituou como mal? Do que não crê, malgrado a revelação da Palavra e das obras Divinas diz: “... Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Dos que, invés da ressurreição e salvação mediante O Sangue Remidor, devaneiam com ilusórias reencarnações purgatórias, acreditam em obscuros médiuns mais que na Palavra, também ela versa: “Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares, adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão aos mortos? À lei e ao testemunho! Se não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” Is 8;19 e 20

Enfim, façamos boas obras; Deus deseja; o semelhante necessita. Só não devaneemos em encontrar O Senhor da Vida, onde Ele não está. “... Por que buscais O Vivente entre os mortos?” Luc 24;5

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