quinta-feira, 11 de março de 2021

A força é fraca


“Assim seguiram seu caminho os filhos de Dã; Mica, vendo que eram mais fortes que ele voltou à sua casa.” Jz 18;26

Uma disputa entre a tribo de Dã e Mica pela posse de certos deuses; na verdade, ídolos que ele possuía e os danitas desejaram. Como ambos queriam a mesma coisa, a força foi o “voto de Minerva” que decidiu o pleito.

Disputas assim, e o “ministério” dos que a elas se associam derivam de fatores espúrios. Até corrupção, aceitação de favores rasteiros invés de consagração como seria se, fosse ao Senhor. “Purificai-vos, os que levai os Vasos do Senhor!”

Ao estabelecimento do falso, é necessário o desterro do verdadeiro. De outro modo; cultuar ídolos demanda a rejeição do Deus Vivo.

“Não lançastes vós fora os sacerdotes do Senhor, os filhos de Arão, e os levitas, e fizestes para vós sacerdotes, como os povos das outras terras? Qualquer que vem consagrar-se com um novilho e sete carneiros logo se faz sacerdote daqueles que não são deuses.” II cr 13;9 As “Credenciais” da falsidade são ofertas de bens, não santificação de vida; como ensinam muitos da moda.

Assim, tanto para a disputa por algo, quanto pela imposição de um culto sobre o outro, a força acaba sendo o recurso dos que não possuem o poder de persuasão do Espírito, como O Eterno. Só Ele Pode dizer: “... Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos.” Zac 4;6

O mesmo Zacarias vaticinou os termos da conclamação do Salvador; pleitos espontâneos, arbitrários; “... Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o meu salário; se não, deixai-o. E pesaram Meu salário, trinta moedas de prata.” Zac 11;12

Mas, que “salário” O Salvador esperava receber quando da Sua vinda? Quando na euforia, um dia após O Senhor ter multiplicado pães e peixes as pessoas de olho em mais do mesmo pareceram voluntariar-se: “Que faremos para executar as Obras de Deus?” A resposta foi: “A Obra de Deus é esta: “Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29 Por isso a questão: “Quem deu crédito à nossa pregação?”

Quando entendemos que homens ímpios prevalecem pela força e Deus persuade pelo Espírito, não se conclua com isso que o homem usa recursos igualmente válidos, ou que os meios Divinos sejam mais fracos.

Assim como Adão, antes do Sopro do Espírito era só barro moldado, toda obra humana privada do Espírito de Deus resultará vã. “Porque os egípcios são homens, não Deus; seus cavalos, carne, não espírito; quando O Senhor estender Sua Mão, tanto tropeçará o auxiliador, quanto cairá o ajudado; todos juntamente serão consumidos.” Is 31;3 Isso a um povo que rejeitara ao Senhor e confiara no socorro dos egípcios.

A rejeição ao Santo fora patenteada no veto ao ministério dos Seus enviados. “Porque este é um povo rebelde, filhos mentirosos, que não querem ouvir a Lei do Senhor. Que dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos. Desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; fazei que o Santo de Israel cesse de estar perante nós.” Is 30;9 a 11

Não que a força seja algo mau; mas, se nossa confiança estiver nela, se tornará um ídolo; “... Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que Eu Sou O Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” Jr 9;23 e 24

A isso ecoa o preceito de Paulo aos efésios; “... fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder.” Ef 6;10

Quando desencoraja a força, pois, não o faz na força estritamente; mas na origem da mesma; o “fortalecido” em si mesmo, o no Senhor. “Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” II Cor 12;10

Os que tentam se impor à força sobre semelhantes, sabem das suas fraquezas e cientes delas precisam tolher aos homens livres; desse modo toda a ditadura é um produto de covardes, que desprovidos de meios persuasivos para atrair a si, usam de violência, para, com o acessório do medo, dominar.

Deus não precisa disso, não força ninguém a crer; apenas deixa claro onde cada caminho leva; a escolha sempre será nossa.

Então, os da fé sadia, muitas vezes não devem fazer nada; antes aguardar confiantes o socorro de Quem faz, Deus. “No estarem quietos será a sua força.” Is 30;7

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