sábado, 13 de março de 2021

Escolhe por tua vida


“Tudo tem seu tempo determinado; há tempo para todo propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer e de morrer; tempo de plantar e de arrancar o que se plantou;” Ecl 3;1 e 2

Isso atinge a todos indistintamente. Quando se diz que certa medida de tempo está “determinada” para tais coisas, óbvio que há um Ser Inteligente, Proposital por detrás que a determina. O Criador.

Entretanto, isso nem de longe corrobora a visão fatalista que as coisas acontecem, (sobretudo, mortes) de gente que atua imprudentemente, porque “chegou sua hora”.

Muito do nosso agir acontece em desacordo com o tempo ideal, por nossa precipitação, imprudência, egoísmo, miopia, etc.

Mesmo o falar, muitas vezes perde sua preciosidade eficaz, por acontecer antes do que deveria. Por isso a observação: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita ao seu tempo.” Prov 25;11

Cada espécie criada, para reproduzir-se demanda certo tempo; dias, meses, mais de ano, até; nada pode alterar isso. Faz parte do projeto original.

O determinismo biológico deriva da Sabedoria de Quem tudo criou; “reproduza conforme sua espécie”; não pode nem precisa ser alterado. Cumpre fielmente o propósito para o qual foi estabelecido.

Entretanto, homens e anjos foram criados arbitrários. Se, os demais aspectos da natureza atendem à necessidade, neles concorre a possibilidade; a arte de fazer escolhas.

Essas, necessariamente serão consequentes. Pois, pesa certo “determinismo” sobre eles também. “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará.” Gál 6;7

Sabedor das punções de nossa natureza caída, O Eterno, invés de uma ceifa imediata dos nossos plantios destrambelhados traz à baila Sua Longanimidade. Antes das consequências dos nossos erros visita-nos com um desafio ao arrependimento; mudança de rumos, que, uma vez atendido cancela a “colheita” da má semeadura por “decreto” do perdão.

Alguém disse: “Primeiro você faz escolhas; depois, as escolhas fazem você.” Na nossa prerrogativa de arbitrários as fazemos; na visita das consequências, elas nos fazem colher do que plantamos.

Não poucas vezes ouvi o questionamento: Por quê O Criador colocou no Paraíso certa árvore proibida? Isso com algum ressentimento auto indulgente, como se, a culpa por nossas escolhas fosse Dele.

Ora a própria descrição do “projeto”, “Façamos o homem à Nossa Imagem, conforme Nossa Semelhança”; já demonstra o porquê daquilo. Fomos criados livres, não robôs. Necessária a possibilidade de desobediência, para que a obediência derivasse de escolha, não da falta de opções. Não façamos do Senhor da Vida, mero programador de sistemas.

Por quê a salvação derivaria do Evangelho, se fosse de outra forma? Bastaria determinar quem seria salvo e quem não e estaria feito.

Contudo O Senhor do Universo preferiu “Enlouquecer” em Seu amor pela liberdade, que decretar as coisas à revelia das vontades livres. “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Ele salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte do que eles.” I Cor 1;21 e 25

Dentre as coisas com tempo determinado debaixo do céu, está uma preciosa; nossa vida. Dado o concurso das fatalidades várias, consequências do mal disseminado num mundo regido per certo príncipe espúrio, a incerteza concorre também, quanto ao tempo de duração.

Por isso a mensagem de reconciliação sempre é apresentada com urgência; a ser recebida de modo imediato para pôr em segurança nosso bem mais precioso, a vida. “... Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” II Cor 6;2

Tiago cotejando nossos breves dias com a eternidade foi meio “pessimista”; “Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois desvanece.” Tg 4;14

Aos que creem está reservada uma sorte que extrapola os limites “debaixo do céu”. O teatro de existência terrena, “espetáculo” que dura menos de um século nos mais longevos tem um propósito eterno em seu bojo; a redoma de tempo espaço foi dada, “Para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;27

O que dificulta nosso encontro é que estamos “no lugar” Dele. Como se não houvessem restrições; todos os desejos francos, os atos inconsequentes, afinal seríamos “como Deus”.

A Fonte da Água da Vida está logo ali, acessível a todos que ousarem enfrentar a miragem voluntária proposta pelo traidor. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

Assim fazendo “Tomam posse da vida eterna”; por ser dessa estirpe em Cristo, não prende-se mais às limitações de tempo e ocorrências meramente terrenas. “Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; o coração do sábio discernirá o tempo, o juízo.” Ecl 8;5

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