sábado, 6 de março de 2021

Bandeiras


A pós-humanidade fica no estrangeiro. Ou será que nós ficamos de fora dela?? Pois, o cérebro tentou migrar e teve o visto negado. Um grande navegador, Paulo Freire Cabral, ou algo assim teria descoberto o seu continente, que, como rabo de potro só faz crescer...

Lá os nativos comentam o que não entendem em idiotês fluente; e os homens de “notável saber e reputação ilibada” não sabem ler; nem mesmo sabem o que é reputação ilibada. 

Ilibada que seria pura, sem manchas, parece que no idioma de lá significa, com cem manchas. Parecido com o português, um pouco.

É que em idiotês parece que reputação significa uma putice dupla, emputecer de novo. Só que, os “reputantes” invés de corpos vendem almas, esses estranhos habitantes do gueto da barbárie jurídica.

Absolvem criminosos; criminalizam cidadãos. Seguindo firmes no rumo que vão, breve mudarão o nome de São Paulo para São Judas. E a nação terá que indenizar certo ladrão por tê-lo impedido de roubar por curto período. Afinal, cada um deve gozar da liberdade de fazer o que sabe fazer melhor.

Trabalhar é crime, grilhões no sorveteiro! Traficar centenas de quilos de drogas é trabalho aceitável; pois, é um crime organizado. O Estado precisa ser leniente com isso, e é. Como impedir o labor de alguém tão produtivo com um produto tão indispensável?

Lá todo mundo entende da saúde dos outros; receitam fartas doses de faça o que digo, não o que faço; O gerente de banânia, uma grande região ao sul de after humanity, onde os mortos elegem representantes vivos, é proibido pelos do gueto, de gerir; e diuturnamente é cobrado pelos crimes de má gestão da coisa pública que certa onzena privada administra ao seu bel prazer.

Garantem a longeva hemiplegia da liberdade de expressão; democratas todos! É que no idioma de lá, as palavras invertem o significado, conforme a concordância. A justiça é cega para com certos direitos depende de quem, e surda para com certas ofensas; se for “fogo amigo”.

Governantes estaduais receberam uma faixa, uma caixa de lápis de cor e um molho de chaves nas suas posses; se divertem pintando bandeiras e fechando portas, onde deveriam estruturar minimamente ao sistema de saúde.

Vacinas há mais que os rios do Éden, e desculpas para a ineficácia também; transferência de culpa, mais do que certo desentendimento que houve lá.

Ora, não funciona porque ainda falta uma dose; outra é uma nova cepa mais letal; dona corruptina, ás no volante do lamamóvel se colocou como piloto do supersônico da saúde; natural que as mortes continuem no roteiro de “Apertem os cintos, o Piloto Sumiu”.

A saúde segue sendo pretexto nobre para aves de rapina que voam alto. Os “hospitais de campanha” sumiram depois que o vírus foi eleito. Campanha, agora sabemos o que significa. Não digo que competência de gestão por si pararia a peste; mas, que ladrões aproveitam-na e mercadejam com vidas invés de preservá-las.

Informar, no idioma de lá é meio parecido com o nosso; o prefixo in é de negação, como insubordinar, inseparar; então a imprensa de lá “in forma” não permitindo que, mediante conhecimento da realidade as pessoas formem bons conceitos do que se passa deveras. A “in formação” não para.

Os que laboravam por “amor à arte” estão craques na arte de lançar pedras em quem fechou as torneiras da grana federal; afinal, cantar, “Não me amarro a dinheiro não!” é fácil quando o dinheiro corre frouxo sem amarras; senão, “Narciso acho feio o que não é espelho”.

Outro dia certa Flor surgiu destilando espinhos em série, pedindo impeachment do presidente com assustadora proficiência em idiotês; aliás, poliglota; especialista em Dilmês e pornoguês também. 

E eu que gostava de flores... será que a pós-humanidade, além do pós-bom senso, pós-neurônios também trará a pós-estética?

Coisa duras pesam sobre nós. No pior momento da história humana moderna, tantas vidas se perdendo, e estão com as chaves do poder estadual e federal, as piores pessoas possíveis em caráter, probidade, inteligência, valor... 

Bolsonaro está de fora disso alijado do poder... parece que a legitimidade do resultado das urnas também depende da concordância da onzena da barbárie aquela...

Desculpem se parece que estou brincando com coisa séria; não é essa a intenção. Mas, onde lógica, sensatez, prudência, verdade, honestidade são coisas rechaçadas às portas, a ironia e o sarcasmo se solidarizam e tentam dar seus pitacos.

“O gênio, o crime e a loucura, provêm, por igual, de uma anormalidade; representam, de diferentes maneiras, uma inadaptabilidade ao meio.” Fernando Pessoa

Que Deus tenha misericórdia de nós, e os que valorizam o prazer mais que a vida aprendam de vez, que aquele só faz sentido nos domínios dessa...

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