sábado, 27 de março de 2021

Pães Velhos


“Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele (Deus) da tua mão?” Jó 35;7

Defesa dos Motivos Santos Divinos, feita por Eliú; ao demandar que Seus filhos sejam justos Ele o faz por amor à justiça, não por algum motivo raso, tão comuns nas “defesas virtuosas” humanas.

O mercenário realça a importância de sermos fiéis, quando, a nossa fidelidade lhe significa alguma vantagem. Há tantos “Profetas” virtuais entregando grandezas de plástico e profanando ao Santo, que a coisa nos envergonha; talvez seja por isso que vivamos um raquitismo espiritual tão grave.

Invés dos venturosos que evitam conselhos ímpios, caminho dos pecadores e a roda dos escarnecedores, para meditar na Lei do Senhor, temos os “grupos de profetas” mediante os quais “O Senhor” sempre oferece grandezas e vitórias incondicionais.

Os incautos que trocam o “Pão do Céu” por isso, natural que apenas acrescentem pecado a pecado.

Além de andar mal após inclinações do perverso coração, ainda se fazem consumidores de drogas espirituais em cujas embalagens figuram muitas profanações. “O Senhor me mostra alguém que...” O Pai não fala com “alguéns” Ele disciplina e abençoa Seus Filhos e o faz segundo Sua Palavra, não segundo cobiças de mercenários.

“Não mandei esses profetas, contudo foram correndo; não lhes falei, mas eles profetizaram. Se estivessem estado no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22

As virtudes preceituadas Pelo Eterno visam regenerar; após, melhorar as relações interpessoais; assim, nossa relação com Ele também se faz sadia. Pois, a equidade resultante seria a “vantagem” anelada pelo Senhor. “Tua impiedade faria mal a outro tal como tu; e tua justiça aproveitaria ao filho do homem.” V 8

O quê será que há de errado com a Divina Palavra, que tão célere a trocamos por essas fraudes vulgares? “A lei do Senhor é perfeita, refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.” Sal 19;7 a 9

Com essas qualidades todas na Palavra, talvez sejam nossos paladares que estão estragados e já não possamos diferir o sabor dos ricos manjares celestes, os quais trocamos por gororobas humanas. Outrora já foi assim; “Dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;10

Esses dias de rejeição do Senhor por predileções naturais foram figurados no Êxodo já, quando, o povo chamou ao Maná de “alimento vil” em lugar do qual, desejou carne.

Uma das qualidades dos Mandamentos Divinos é que eles “alumiam os olhos”; e poder ver melhor a si mesmo quando não se está bem na foto, assusta ao homem natural. Foi assim quando da vinda de Cristo; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.”

Então, em lugar da reta mensagem que chama da morte para a vida, os que escolhem doutores segundo seus paladares adoecidos contratam os préstimos de maquiadores de defuntos, como se, certo arranjo circunstancial nas faces mortas lograsse a proeza de trazer vida. Esse “milagre” nem Deus pretende; antes, ensina: “... ninguém vem ao Pai senão por Mim." Depois propõe a questão: “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5

Embora nossas ações, justas ou ímpias, se reflitam sobre o semelhante, inicialmente, até nosso falar passa pelo crivo celeste. “Então aqueles que temeram ao Senhor falaram frequentemente um ao outro; o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele...” Ml 3;16

Desse modo, o homem prudente, ensinado pelo Eterno, embora saiba ser necessário ter ainda a Terra com teatro das suas ações, há de escolher os valores celestes como fiadores das mesmas; “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.” Col 3;1

Pois, se é certo que nada podemos contra Deus, exceto, entristecê-lo frustrando Seu Amor, ou, irá-lo até, profanando Seu Santo Nome, pautando nosso viver pela Sua Vontade, não teremos medo da luz; nem carecermos desses pães bolorentos que o inimigo produz com rótulos roubados.

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