“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...” Sal 14;1 Essas nove palavras que se repetem no salmo 53, é o máximo de atenção que A Bíblia dá, ao ateísmo.
Dá nomes aos bois, e prossegue. Charles Spurgeon, comentando o Salmo 19, disse mais ou menos o seguinte: “Aquele que, após contemplar a perfeita ordem dos planetas, o sol com sua rotina certeira e vital, a amplidão das galáxias no espaço estelar, ainda se apresenta como ateu, juntamente, se declara, imbecil e mentiroso.”
Immanuel Kant foi além: Não apenas a imensidão dos céus, mas, a voz “audível” da consciência valorando as coisas como devem ser, lhe causavam assombro. “Duas coisas me espantam, - disse - o céu estrelado sobre mim; e a lei moral dentro de mim.”
Portanto, gastar latim para provar o óbvio, dá certa preguiça. A Palavra sustenta que ela nem seria necessária, para que Deus fosse revelado, bastando para isso, as obras Dele.
“Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;20 a 22
Os que contemplaram às Obras do Santo, tendo recebido Dele, cérebros capazes de ler evidências, ao dizerem não! ao Eterno, fizeram uma escolha moral; não foram detidos por alguma limitação intelectual. “... tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus...”
Mesmo assim, gastarei algumas palavras nessa inglória empresa, de falar aos que acreditam que não precisam ouvir. Os ateus.
Ontem deparei com o vídeo de um que, disse ser capaz de provar que a Bíblia não é confiável” pela própria Bíblia. Como “provas” disso, até onde assisti, pois, tive preguiça na metade, ele apresentou: Uma fala descontextualizada de Mateus, que citou Oséias 11;1 “Do Egito chamei meu filho”, aplicando o texto a Jesus; originalmente se refere à nação de Israel; leu ainda que “Magos vieram do oriente visitar ao recém-nascido” sendo que A Palavra de Deus proibia o exercício da magia; depois citou discrepâncias onde, incidentes são narrados por um evangelista e omitidos por outro; eis a “provas” dele!
Algumas coisas precisa saber, o presumido crítico, antes de se lançar à empresa; Mateus escreveu para os judeus, tendo sido testemunha ocular; Marcos, para os romanos, tendo ouvido grande parte dos relatos, de Pedro; Lucas fez uma pesquisa ulterior, e registrou, “Segundo nos transmitiram os mesmos que presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra.” Cap 1;2
João fez o último registro bem mais tarde, onde lutou contra influências gnósticas e helenistas, trazendo uma abordagem mais teológica, com ênfase no ensino, mais que, nos feitos de Jesus, nem por isso deixou de registrá-los.
De fato, Mateus se equivocou, ao citar um texto fora do contexto. Em seu afã para que os judeus cressem, deu uma escorregada visando ser mais convincente. Isso elimina o resto dos seus textos?
Quanto aos “magos” a coisa é um pouco mais profunda. Algumas traduções trazem “Sábios”, pois, eram observadores dos astros.
Tanto que, eles viram a nova estrela, enquanto a maioria dormia. O que hoje chamamos astrônomos. O que a Palavra proibia era astrologia; os prognosticadores fraudulentos que bem conhecemos; “Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo seu filho, sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos;” Deut 18;10 e 11
O veto se refere à feitiçaria, espiritismo, não à observação dos astros. Além disso, era uma lei ao povo hebreu, não, aos demais povos.
Restam as “contradições”; um evento dessa grandeza, um ministério com mais de três anos, sendo registrado dessa forma, por repórteres distintos, em tempos e locais diversos, naturais algumas discrepâncias, nas coisas periféricas.
Isso só prova a idoneidade da Bíblia. Imaginemos que os quatro registros trouxessem estritamente os mesmos eventos, num a fraseologia similar; com o nome dos quatro evangelistas. Um crítico diria: qualquer beócio sabe que tudo verteu da mesma fonte; apenas o espertalhão colocou em nome de quatro testemunhas para soar mais crível.
Dum prisma sadio, pois, pequenas diferenças entre um e outro Evangelho, são a mais eloquente prova da sua autenticidade. Se fosse produto da manipulação de algum astuto, o erro de Mateus seria corrigido; permanece lá.
Um americano chamado Mccandlish Philips disse: “Você não põe o verdadeiro Evangelho fora de combate com três ou quatro perguntas desajeitadas; antes, suas ilusões é que irão ruir, destacando mais claramente à verdade.”
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