terça-feira, 20 de maio de 2025

O tempo do temor


“Mas quem Me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus.” Luc 12;9

A migração de agente para paciente, nem sempre é vista com a necessária seriedade. Quem deixou de gozar boa saúde, carecendo uma internação hospitalar, por exemplo, experiencia, de modo sério, como é parar de ter o direito à iniciativa, agindo como aprouver, e passar a cumprir ordens, seguir prescrições ao alvitre dos especialistas. Então, deixamos de ter a iniciativa das ações, e passamos a depender das escolhas de terceiros.

O fim da vida terrena e o juízo que a sucederá, de certa forma, segue rota semelhante. Deixaremos a condição de testemunhas, onde o que pensamos acerca do Senhor será dito e demonstrado diante de todos, pelas nossas opções, livremente, e seremos alvos do testemunho de terceiros, dos anjos que, tendo acompanhado nossa atuação, a descreverão, fielmente.

Sairemos de atores terrenos, num teatro com reflexos espirituais, e rumaremos ao banco dos réus, onde nossa atuação será analisada aos Olhos da Divina justiça. O tempo da liberdade de escolhas colidirá, na morte, com o momento da apreciação do que fizemos, quando, no usufruto dessa.

Em muitos casos esse encontro é antecipado por alguma fatalidade, mesmo, a vida possuindo ainda vasto prazo de validade; de modo que, é prudente estarmos preparados, em qualquer idade. “Em todo o tempo sejam alvas tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

O Salvador mencionou a uns que, na plenitude arbitrária, fizeram suas escolhas por conta, alienados do Senhor; até usaram rótulos e práticas religiosas; porém, desconsiderando à Palavra da Vida; e tardiamente, na hora da prestação de contas, pretenderiam ter com O Senhor, um relacionamento que, absolutamente, não tiveram.

“Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas o que faz a vontade de Meu Pai, que está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? em Teu Nome não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;21 a 23

Assim, é necessária a conclusão que, mero ativismo religioso, não é substituto para conhecermos e seguirmos ao Divino querer.

O primeiro aspecto da nossa pública confissão de pertencermos ao Senhor vem pelo Batismo; quando, depois de havermos crido, voluntariamente nos alistamos nas fileiras do Salvador, e deixamos isso patente, aos olhos de quem puder ver.

Essa iniciação ritual simboliza um compromisso vital, uma identificação com nosso Salvador, de modo a negarmos nossas vontades naturais às últimas consequências, como Ele fez; “Ou não sabeis que, todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4

A “certeza” que ainda teremos muito tempo e ocasiões para as decisões mais sérias atinentes à salvação, é uma insanidade na qual, muitos têm se perdido. A Palavra ensina: “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8;11

Duas convicções podemos ter, à luz da Palavra: Uma: Deus não tem prazer na morte do ímpio; Ez 33;11. Outra: Mesmo nos amando e querendo salvar, não nos autoriza à temeridade; antes, permite que ceifemos as consequências das nossas escolhas. Gál 6;7 e 8

Infelizmente, a grande maioria dessa geração parece temer mais um “cancelamento” nas redes sociais, ou, a faca cortante da língua da vizinhança, do que teme a Deus. 

Porém, O Salvador ensinou que devemos reverenciar ao Juiz dos vivos e dos mortos, mais do que, a própria morte até; “Digo-vos, amigos Meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer. Mas Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5

Aquele que honrar ao Altíssimo agora, alinhando seu viver segundo A Palavra Dele, no tempo do juízo nada terá a temer; porém, quem O desconsiderar aqui, fazendo as coisas a sua maneira, quando estiver ante o trono do juízo, tremerá de medo, mas será demasiado tarde. O tempo do arbítrio terá se findado; chegará a ceifa das consequências.

Quando A Palavra aconselha: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar;” Is 55;6 adverte que chegará um tempo em que isso não mais será possível. “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação.” Heb 3;15

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