quinta-feira, 29 de maio de 2025

O poder de escolha


“Portanto, como diz O Espírito Santo: Se ouvirdes hoje Sua Voz, não endureçais vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.” Heb 3;7 e 8

Incontáveis textos ensinam a liberdade de escolha dada ao homem. Esse acima é mais um. Convida quem ouve, da parte do Espírito Santo, a não endurecer o coração, uma vez tendo escutado, a Voz de Deus. O que seria esse endurecer o coração, senão, ignorar quando O Eterno fala? “O coração desse povo está endurecido...” disse O Salvador, durante uma das muitas rejeições que sofreu.

Não devemos entender o livre arbítrio de forma rasa, desconsiderando a condição do homem após a queda. Não foi a Mão Divina que o tolheu da possibilidade de escolher; antes, a escolha de Adão, lançou-o e a toda sua descendência, numa situação de servidão, refém duma rebelde insubmissa, a carne. “Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou.” Rom 8;20

Essa madrasta se voluntaria sempre ao pecado, indo de encontro ao querer do Criador. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Sua lei, nem pode ser.” Rom 8;7

Paulo apresenta o pecador como se fosse um ser duplo; com uma inclinação íntima saudável, que quer a virtude e não pode praticar; e outra, enfermiça, que se inclina ao vício e domina a parte mais fraca, impondo-se. “Porque o que faço não aprovo; pois, o que quero, não faço, mas o que aborreço, faço. Se faço o que não quero, consinto com a Lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;15 a 17 Assim, não se trata de dois seres, mas de um, escravizado pelo pecado.

Sobre a disposição interior à obediência, o apóstolo disse: “Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na Lei de Deus;” Rom 7;22

O Novo Nascimento que Jesus colocou como indispensável, para o homem poder ver/entrar, no Reino de Deus, Jo 3;3 e 5, é uma dádiva que inverte os papeis; após a conversão, o homem interior é capacitado a agir como convém; “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome;” Jo 1;12 Aquele prisioneiro que desejava agir segundo Deus, não podendo, em Cristo, pode.

Como o homem natural, jazendo sob a inclinação perversa da carne, não consegue fazer a boa escolha, sem auxílio, aí entra O Bendito Espírito Santo.

Quando A Palavra é pregada, tanto atua, O Espírito, capacitando ao pregador, quanto, obra tentando persuadir ao ouvinte para a melhor escolha; “Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não creem em Mim; da justiça, porque vou para Meu Pai, e não me vereis mais; do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” Jo 16;8 a 11

Apenas nesse momento, em que o homem está sendo influenciado pelo Espírito Santo, convencido por Ele, que o tal, tem arbítrio livre; seja para escolher consoante com a mensagem que ouve, seja, para endurecer o coração e continuar como sempre, na inclinação natural.

Por isso, seja quem for o agente humano da mensagem, em última análise, é O Espírito Santo que fala; “Portanto, como diz O Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a Sua Voz, não endureçais vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto”.

Depois que cremos, todos temos livre arbítrio, embora essa liberdade seja restrita, não, absoluta. Nossa escolha, como numa eleição em segundo turno, resume-se a duas opções: pode ser, andar em espírito, segundo Deus, ou, por conta própria, o que, a rigor, significa, segundo o diabo. Foi ele quem propôs a “liberdade”, que, em última análise coage o homem a agir segundo ele quer.

Por isso está dito que, mais que a profissão dos lábios, o desfilar das nossas ações, evidenciará a quem servimos; “Não sabeis que, a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?” Rom 6;16

O vulgo simplifica a “Lei da semeadura” como se, nossas obras apenas, devessem colher sua recompensa; embora, a Palavra ensine a referida “Lei”, pesa nossos motivos antes das ações. 

Se as mesmas são derivadas da direção do espírito, ou mera emulação da carne; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará vida eterna.” Gál 6;7e 8
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