“Se der fruto, ficará, se não, depois a mandarás cortar.” Luc 13;9
A última chance, para uma figueira que tinha passado três anos sem frutificar; o agricultor a quem foi ordenado cortá-la, sugeriu adubar mais uma vez, e esperar para ver como seria.
A necessidade de frutificarmos na Obra de Deus, quase sempre é incompreendida; talvez, porque contrarie à inclinação natural do homem caído, e nem todos queiram ser reerguidos nos termos Divinos. Tendemos a usufruir, amontar posses, comodismo, nos esbaldarmos em prazeres, a “felicidade” possível na terra.
Os chamado pelo Senhor, são desafiados a uma economia diferente: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e ferrugem tudo consomem, ladrões minam e roubam;” Mat 6;19 O convite é para que olhemos mais distante que nossos breves dias terrenos.
Aqui não é o objetivo; antes, um local de peregrinação. Então, que nos baste uma bagagem módica; “Porque nada trouxemos para este mundo, manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” I Tim 6;7 e 8
A hipótese de algum cristão apostar todas as fichas por aqui, foi descartada como feitora de miséria: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19
Somos chamados a nos associarmos na Obra do Senhor; as recompensas pelo que for produzido aqui, estão armazenadas no tesouro celeste.
Aqui, fomos convidados ao trabalho, a frutificarmos. “Não escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi e nomeei, para que vades e deis fruto, e vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu Nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda.” Jo 15;16
Antes de termos nossas orações respondidas, carecemos estar andando segundo o querer do Salvador; atuando com fim de frutificarmos para a Glória Dele. Nesse caso, invés de pleitos egoístas, por certo rogaremos meios para frutificar mais; petição que, por agradar ao Senhor, será atendida. Dos que assim não fazem, versou Tiago: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3
A “prosperidade” dos mercenários que ganham dinheiro profanando ao Santo, não é uma inversão dessa lógica do “Vinhateiro”. No tocante a esses, é juízo. O “dar certo” sua simonia por aqui, fecha as portas para lá, onde estão os veros tesouros. “... porque não receberam o amor pela verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; Para que sejam julgados todos que não creram a verdade, antes, tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;10 a 12
A reprovação de Israel, na Antiga Aliança, em parte se deu pelo egoísmo; malgrado a promessa feita a Abraão, que Nele seriam benditas todas as famílias da terra”, nem sempre o povo eleito trilhou de acordo com esse propósito.
“Israel é uma vide estéril que dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do seu fruto, multiplicou também os altares; conforme a bondade da sua terra, assim, fizeram boas estátuas.” Os 10;1
Atinente a adoração, falharam; fizeram imagens de esculturas e atribuíram a elas, as bênçãos recebidas; na retidão das relações interpessoais, a apostasia também deixa suas digitais, como denunciou Isaías: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;7
Foi precisamente se colocando no lugar dessa videira que se revelara falsa, que O Salvador disse: “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai é o Lavrador. Toda a vara em Mim, que não dá fruto, a tira; limpa toda aquela que dá fruto, para que dê ainda mais.” Jo 15;1 e 2
Assim, invés de denunciarmos aos erros do “povo eleito” simplesmente, devemos aprender observando a isso, para não erramos da mesma forma. A mesma perspicácia que nos permite ver as falhas alhures, faculta entendermos as nossas. “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3
De certa forma a maioria de nós está como a figueira aquela, vista no início; decepcionado ao fruticultor pela ausência de frutos.
Alguns, evasivos, se escondem sob circunstâncias adversas, como se essas fossem obstáculos atenuantes. Não são; o homem que se separa das más companhias, e influências, e se ocupa em meditar na Lei do Senhor, “será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão, tudo quanto fizer prosperará.” Sal 1;3
A figueira recebeu adubo, escavação; enfim, fomento na raiz. Em geral, aí que reside o problema. Onde estão nossas raízes?
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