“Aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.” Sal 137;3
Os judeus estavam cativos dos caldeus que, entediados, pediam a eles para cantarem algo usual na sua terra, no seu templo, por ocasião do culto ao Senhor.
A resposta foi pronta: “Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” v 4 Por prisioneiros em longínquas paragens, lhes era isso um inibidor para que cantassem os louvores do Senhor.
Se, a libertação na Nova Aliança, refere-se à alma, de modo que, mesmo o corpo estando preso, ela, livre pode entoar louvores ao Senhor, como fizeram Paulo e Silas em Filipos, então, a liberdade era física mesmo. De posse da “Terra Prometida”, com pleno direito de ir e vir, liberdade de culto. Num contexto assim, seria normal que entoassem louvores. Agora, desejá-los estando eles presos, e ainda cantá-los para alegrar seus algozes, não ao Senhor, não pareceu factível, então.
Em nossa cultura, muitos conseguem, infelizmente, entoar louvores sem alma, pois, o $enhor ao qual buscam é outro.
Acontece que, uma alma livre, deveras, carece ser livre também dos ídolos vis, como avareza. Os presos nela ignoram aos próprios grilhões, acreditando-se livres, pela permissão de algumas exibições hipócritas nos lugares santos. Quando os “Caldeus” pedem, eles, presto se prontificam; afinal, estão cientes que não passam de músicas, invés de louvores ao Senhor. Têm cachês, não, restrições espirituais.
A vera adoração ao Eterno não é algo que possa ser forçado. Apenas espíritos livres, cientes que devem a Ele suas liberdades, se disporão aos louvores, dos quais, O Santo É Digno.
Se àqueles pareceu impraticável cantar os louvores do Senhor na prisão, aos verazmente salvos, certos ambientes e companhias também soarão como “terra estranha”; na verdade espíritos estranhos; pelo que, se recusarão. Música “góspel” qualquer cretino, depois de uma de carnaval, outra de lambada, se atreve sem nenhuma reverência.
Os louvores do Senhor, não vertem de fontes assim; “De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e amargosa?” Tg 3;10 e 11
“Ah, mas o “Voz da Verdade” cantou Raul Seixas! Eu também, quando era ignorante espiritual. Agora, conhecedor da Palavra de Deus, e das inúmeras blasfêmias que estão nas letras cantadas pelo referido músico, longe de mim que o repita.
Quer dizer que bastaria uma letra, aparentemente inocente, como “Tente outra vez”, para que um balaio de blasfêmias que se encontra nas demais, fosse engolido sem mastigar? Normalmente se coloca uma gota de veneno num copo d’água, para matar alguém; não, uma gota d’água num todo venenoso. Pois, mesmo a maldade tem um quê de prudência.
Quanto ao referido grupo, especialistas em música identificam dezenas de plágios, nas coisas que eles gravam. Um abismo chama outro. A adoração verdadeira costuma ser mais cuidadosa; “... não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada...” II Sam 24;24 “Sacrifícios de louvor”, idem.
Que os caldeus tenham entendido errado, achando que os louvores do Senhor eram para alegrar ímpios, vá lá; mas nós que O servimos devemos saber o devido lugar das coisas. Não é errado nos alegrarmos louvando ao Eterno; apenas é necessário que Ele se alegre conosco. Que seja um prazer partilhado.
Contra uns que assim não fizeram, antes, decidiram cultuar às suas maneiras, alheios às ordenanças, sem a devida consagração, O Senhor acenou com juízo, invés de aceitação. Pois, “... fizeram o que era mau aos Meus olhos, escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;4
Se alguém padece preso, espiritualmente, sabendo da liberdade que há em Cristo, isso não deriva duma servidão sob algozes externos; são suas próprias escolhas que o mantêm em cadeias. Quem prefere os ditames da carne, invés da cruz, jamais servirá ao Senhor; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7
Antes dos cânticos, devemos louvar ao Senhor com obediência; aos que acharam que o culto era um fim, ao qual prestando, no mais, poderiam viver impiamente, O Senhor advertiu: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas. Corra, porém, o juízo como as águas, justiça como ribeiro impetuoso.” Am 5;23 e 24
O livro dos Salmos traz 150 louvores da Antiga Aliança; o primeiro é como um porteiro que examina aos candidatos a louvar, vendo se, estão credenciados para isso; preceitua que evitem conselhos ímpios, caminhos de pecadores, roda de escarnecedores, antes de cantar louvores. Quem assim não faz, continua em “terra estranha.”
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