domingo, 18 de maio de 2025

O desaforo adventista


“Na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, mãe das prostituições e abominações da terra.” Apoc 17;5

A igreja ecumênica, pela grande mistura, fará jus ao nome de Babilônia, que significa, confusão. Cada um que aderir ao seu domínio, terá que abdicar da sua doutrina, em prol da união política, comerciando valores espirituais; prostituição será a marca registrada desse motim.

Projeto do Vaticano; toda sorte de perversões doutrinárias e afrontas à Bíblia têm sua origem por lá; então, necessária a conclusão que a mãe das prostituições é, quem as traz à luz.

Porém, deparei com escritos, ou, vídeos de adventistas, que dizem que a Católica é a mãe; as denominações protestantes que “saíram da católica”, são as “filhas da mãe.” O remanescente fiel, os justos, eles, claro!

Alguns problemas bem sérios com essa acusação. Embora teólogos do seu próprio meio, como Rodrigo Silva, ensinam o surgimento do catolicismo como um evento da idade média, em meados do quarto século, pela fusão da igreja com o Estado, o reconhecimento da católica como “Igreja mãe” seria a validação da maior heresia deles; a que sustenta que Cristo deu o comando a Pedro; teria fundado o catolicismo. Nunca o fez. Deu a Pedro a honra de ser o primeiro pregador, apenas.

O fundamento da Igreja nunca esteve sobre o apóstolo; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3;11 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina;” Ef 2;20
“Assim para vós que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram, essa foi a principal da esquina.” I Ped 2;7

Portanto, a ideia que Pedro foi o “Primeiro Papa” é órfã de filiação bíblica. A maior das prostituições doutrinárias do catolicismo. Tendo surgido na idade média, como a história comprova, trata-se de uma heresia, um desvio da fé. A “Igreja Mãe” é a de Atos dos Apóstolos; não havia nenhum Papa, então.

Outro ponto que a acusação adventista erra de modo crasso, é na interpretação de texto. O escrito acusa Babilônia de “Mãe das prostituições”, das práticas antibíblicas, dos ensinos espúrios, da perversão espiritual.

Equacionar isso a ser “mãe” de todas as denominações protestantes, é a mais grotesca ignorância. Ora, o chamado movimento protestante surgiu, justamente pala discordância com o abandono da doutrina bíblica, pelo bispo de Roma.

Se aquele escolheu um caminho diverso, de costas para a Palavra, tornou-se mero desviado da sã doutrina. Deixou a igreja mãe e decidiu andar por conta, alienado da Palavra da Vida. Os que ousaram permanecer, malgrado, o risco das próprias vidas, fiéis a Deus e Seus ensinos, em momento algum se tornaram filhos da Igreja Romana. Optaram por seguir, “apenas” filhos de Deus.

Sintetizado: Mãe das prostituições significa mãe das heresias, não das denominações.

E, outro problema surge da “teologia” adventista, com sua abordagem insana, desaforada, que chama à igreja católica de prostituta (até aí, de acordo) e as denominações protestantes, de filhas da puta.

Pois, o glorioso movimento adventista surgiu apenas em 1844. Onde esteve a igreja do Senhor até então? Mais; eles surgiram de ministros protestantes que deixaram suas denominações; seriam os adventistas, netos da “senhora” aquela? Ora se a prostituição do Vaticano deriva de adotarem doutrinas alheias à Bíblia, e eles colocam as de Ellen White como necessárias, em quê, agem melhor?

Sua dificuldade com interpretação de textos abrange mais que o já aludido. Se, soubessem ler à Epístola aos Gálatas, com entendimento, compreenderiam o papel da Lei de Moisés, e o que a Graça de Cristo significa.

Mas, aprenderam da senhora White sobre a “necessidade” da guarda do sábado; por ela enfrentam à Palavra de Deus. “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou beber, por causa dos dias de festa, da lua nova, ou dos sábados.” Col 2;16

Depois eles se ofendem quando alguém os define como seita. Querem guardar o sábado? Que o façam, se conseguirem mesmo, do modo bíblico. Mas, respeitem aos diferentes; “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.” Rom 14;5

Fomos comissionados a pelejar pela verdade; não, a defender a predileção a, contra b. Qualquer coisa que obscureça o conhecimento do Eterno, deve ser alvo do nosso combate; em Roma ou sob nosso nariz. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

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