“Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los, mandar-lhes que guardassem a Lei.” Atos 15;5
Nem sempre o real significado da conversão é devidamente entendido. Invés de uma ruptura com o passado, muitos pretendem que a fé seja uma espécie de nova conquista, anexa às suas tradições religiosas. Assim, os fariseus que tinham crido em Cristo, pretendiam uma espécie de fusão entre o judaísmo e cristianismo.
Carecemos novo nascimento para entender Cristo, Sua doutrina, e por ela, viver; “Aquele que não nascer de novo, da água e do espírito não pode ver/entrar no Reino de Deus.” Jo 3;3 e 5
Foi bem específico sobre a nova fé e as coisas antigas; sobretudo, as meramente formais, vazias, como se tornara o judaísmo; “... Ninguém usa um pedaço de roupa nova para coser em roupa velha, pois romperá a nova e o remendo não condiz com a velha. Ninguém deita vinho novo em odres velhos; de outra sorte o vinho novo romperá os odres e entornar-se-á, os odres se estragarão; mas vinho novo deve deitar-se em odres novos, e ambos juntamente se conservarão.” Luc 5;36 a 38
Pois, o “Vinho novo” era a Doutrina do Senhor; os novos odres, os que se deixavam moldar por ela, tendo renascido mediante a conversão. A tentativa de fusão da nova fé com as maneiras antigas e superadas, foi figurada como a insensatez de quem pretende colocar remendos novos em roupas velhas.
A função da Lei nunca foi remover pecados, antes revelá-los; os que se apegavam a ela como sendo um meio necessário para a salvação, evidenciavam sua ignorância espiritual, tanto, atinente ao significado do decálogo, quanto, do Feito de Cristo. “Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.” Gál 3;23 e 24
Antes, dissera: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;” Gál 3;13
A redução dos mandamentos a dois, amor a Deus e ao próximo, como O Senhor fez, chama-nos ao amadurecimento; pois, o amor, pela sua natureza não carece um rigor formal para se expressar.
Aquele monte de “nãos”; não furtar, matar, adulterar, testemunhar falso, cobiçar, são como gavetas onde nossas misérias podem ser acondicionadas; porém, o amor ao próximo ao qual somos capacitados em Cristo, abarca isso tudo; pode e deve ser manifesto pela nova vida espiritual; nossas desobediências todas, resultaram na necessidade do Calvário.
Se formos devidamente obedientes ao Salvador, a eficácia da Sua Morte incidirá sobre nós; Seu Amor nos constrangerá a uma melhor maneira de viver, doravante. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4
A obsessão de alguns pela Lei, infelizmente os aliena do Salvador que a cumpriu em nosso lugar; Paulo adverte: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. Porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Aba, Pai.” Gál 4;4 a 6
Não significa que, sendo adotados como filhos de Deus, estando livres da Lei, podemos fazer o que der na telha, em nome da “Graça”. Pois, em Cristo fomos guindados a um nível de compreensão melhor, “Mas agora alcançou Ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de melhor Aliança que está confirmada em melhores promessas.” Heb 8;6
Nossa responsabilidade também cresce; se, antes as pessoas se punham zelosas de mera formalidade legal, agora somos chamados à santidade espiritual; a uma responsabilidade conforme à nova situação; “Quebrantando alguém a Lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?” Heb 10;28 e 29
A graça Divina nos deu o bendito “Vinho Novo”; isso traz consigo a necessidade de que sejamos também, odres novos, mediante a renúncia em santificação.
Sinais de trânsito atinam à locomoção terrena; quem transita pelos céus, carece um plano de voo, e ouvir orientações da Torre de controle. “andai em espírito...”
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