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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Amadureça suas escolhas



“É necessário, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da ressurreição.” Atos 1; 21 e 22 

Embora o fim fosse a Obra de Deus, eu diria que foi uma escolha humana. “Dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós..” O lapso deixado por Judas deveria ser preenchido por alguém com credenciais para ser testemunha. Apresentaram dois, José e Matias, a sorte caiu sobre o último. A Bíblia não veta que façamos escolhas, apenas, exorta que sejamos consequentes. 

Adiante, nova escolha, dessa vez, em plena atuação do Espírito Santo; diáconos. Essa, um consórcio Divino humano; a plenitude do Espírito como credencial e ausência de óbices humanos; “homens de boa reputação”. “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” Cap 6; 3 Se, a escolha ainda era humana e a credencial Divina, parece pacífica a conclusão que se tratou de uma parceria. Claro que, fazermos escolhas associados com o Santo requer uma comunhão mui estreita. 

Estevão, embora separado para mero servidor revelou-se um excelente evangelista, pleno de conhecimento e ousadia, o quê, lhe custou a vida, aos pés do zeloso Saulo. 

Por falar nele, chegamos a uma escolha “Irracional” que homem algum faria. O inimigo declarado, violento contra a Obra de Deus, era a “pedra” sorteada da vez. Claro que, antes, Deus teve dar uns “tratos à bola” derrubando-o do cavalo, privando-o da visão por três dias, para que, no escuro natural a luz espiritual encontrasse caminho. 

Tanto era sem nexo que, quando Ananias foi incumbido de orar por Saulo, recusou, temendo o que significara até então. Nesse instante, Jesus assumiu a paternidade da “incoerência”; “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel. Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.” Cap 9; 15 e 16

Claro que, nesse ínterim temos as escolhas de Cornélio, do Eunuco etíope, para a salvação; dois que se inclinavam em seus corações a Deus, mas, faltava um empurrãozinho. Contudo, as escolhas pré alistadas têm em comum que, seu prisma era ministerial; não atinavam à conversão, ainda que se deu com Paulo.  

Por fim, aqueles que escolheram a si mesmos sem as devidas credenciais. Saíram edificando sobre trabalho alheio, propondo coisas superadas como necessárias à salvação. Seu estrago foi tal que, deu azo a um concílio apostólico para devida correção. 

Os preceitos resultantes da reunião, além dos necessários reparos, deixaram claro que os tais não foram escolhidos para o ministério. “Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento;” Cap 15; 24

Tanto pode Deus ver um ministro idôneo onde parece haver um inimigo, como em Paulo, quanto, podem fazer a obra do inimigo os bem intencionados, mas, sem noção, que metem os pés pelas patas, ao desejarem algo elevado, sem o devido preparo. 

A escolha ministerial é louvada como excelente; contudo, demanda alguns predicados quê, se  não possuímos, devemos tratar de consegui-los, antes de por a mão no arado. se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância ...” I Tim 3; 1 a 3 

Nosso direito de escolha é sagrado; mesmo ante o aparente óbvio, como um cego que o buscou, Jesus perguntou o quê ele queria.

Escolhas inconsequentes afetam toda  vida. Quantas mulheres escolheram pela casca; casaram com um “gato” que hoje deixa faltar “Wiskas”? Quando Samuel cogitou um rei entre os “sarados” filhos de Jessé, Deus o advertiu: “o Senhor não vê como vê o homem; o homem vê o que está diante dos olhos, porém, o Senhor olha para o coração.” I Sam 16; 7

Quando o loquaz Pedro reiterou seu amor a Cristo, O Senhor advertiu sobre o preço da escolha: “...quando eras mais moço,  cingias a ti mesmo, andavas por onde querias; mas, quando  fores velho, estenderás as tuas mãos, outro te cingirá,  te levará para onde  não queiras.” Jo 21; 18 

Uma pessoa imatura pensa que todas as suas escolhas geram ganhos. Uma pessoa madura sabe que todas as escolhas tem perdas.” Augusto Cury

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Missão possível



“E, achando-o, lhe disseram: Todos te buscam. E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim.” Mc 1; 37 e 38  

No  momento em que estava alta sua popularidade o Mestre costumava redirecionar seus passos; fama, pura e simples não era seu alvo. Havia feito curas, expulsado demônios, e por um instante afastou-se a orar. Quando o encontraram disseram: “Todos te buscam.”

Antes de se empolgar com a “alentadora” notícia manifestou outro desejo: “Vamos às aldeias vizinhas para que eu ali também pregue; porque para isso vim.”  

As questões mais comuns propostas pelos filósofos são: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Essas coisas que assombram pensadores modernos e fizeram o mesmo com antigos nunca foram problema para Ele. 

Sobre Seu Ser afirmou: “Eu sou a luz do mundo... o caminho, a verdade e a vida... Senhor e Mestre...” Etc.  De onde veio bem o sabia. “...Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.” Jo 8; 23  Para onde ia, também; “E agora vou para aquele que me enviou; nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?” Jo 16; 5

Seu foco não era ser, origem ou destino; antes, alvo, missão. “...para que eu... pregue... para isso vim.” Conosco deveria se passar cuidado semelhante. Invés do quem, de onde, para onde? Deveríamos cogitar o por quê? Por que viemos à vida? Qual nosso alvo? Temos uma missão?  

O Gênesis relata o primeiro homem “um pouco menor que os anjos”, coroado de glória e constituído como regente terreno de toda criação, em submissão ao Criador, claro! Assim, gerenciar a empresa Divina e manter-se em comunhão era o fim idealizado a princípio.

Enquanto a comunhão era preservada, o próprio Deus vinha ao encontro da criatura ter com ela. Entretanto, quando a serpente apresentou um “Plano B”,  o encontro com o Santo já não foi pacífico, tampouco, desejado; antes, Adão se escondeu com medo. 

Vemos assim, que, a causa primeira do medo é a certeza íntima que estamos fora do propósito para o qual fomos criados. Às vezes, razões estritamente internas ganham projeção; assombram como se fossem ameaças reais e circunstantes. “  Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.” Prov; 28; 1

Judas, por exemplo, depois que traiu ao Senhor fugiu e foi se enforcar; sem ninguém a persegui-lo, exceto, pesos internos da consciência culpada. O mesmo pensador dissera: “O homem carregado do sangue de qualquer pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha.” Prov 28; 17  

Assim, a aceitação da perversão do inimigo acabou fazendo necessário o plano B de Deus. Uma vez perdida possibilidade do fim primeiro; administração da criação em comunhão com o Criador, Deus deixou de buscar proximidade com o homem como antes, pois, a presença do pecado estragava tudo. 

Para evitar o distanciamento e o medo, teve que nos buscar despido de Sua Glória, esvaziado na forma humana, Cristo. Assim, vindo Ele como se frágil, usaram o “argumento” da força para livrarem-se de seus medos, uma vez que recusavam a se livrar do pecado. 

Tanto quanto poderia vir ao nosso encontro, o Altíssimo veio em Jesus Cristo. A outra metade da caminhada para reconciliação cabe a nós. 

Discursando aos gregos, Paulo apresentou já o plano B, como se fosse A; afinal, após a queda, foi o que restou. Disse: “E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17; 26 e 27  

Assim como o Salvador tomava decisões baseadas em Sua missão, “para isso vim”, o mesmo deveria se dar conosco. Se, sabemos que viemos à vida num cenário de inimizade com o Eterno, para buscar reconciliação mediante Cristo, demos nessa direção os passos necessários. 

Sabemos que viemos de Deus; somos feitura Sua; quem somos, gostando ou não, ímpios, pecadores privados da graça de Deus; para onde vamos depende de nossa resposta objetiva ao porquê viemos?   

Afinal, todos os bens criados estão disponíveis às criaturas de Deus, o que, eventualmente as priva são seu males, ( pecados ). Qualquer conquista, por pomposa que seja, se obtida divorciada de Deus, no fundo, é obra morta, sem valor. 

Enquanto não renovarmos nossas mentes entendendo quais os verdadeiros bens, nos cansaremos numa busca inútil, privados do único bem que em última análise, contará; a vida. Vamos, pois, ao encontro do que regenera! Para isso viemos.