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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Materialismo "Cristão"

“Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono e adoravam ao que vive para todo o sempre; lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas; por tua vontade são e foram criadas.” Apoc 4;10 e 11
Para a reflexão em curso, não é prioritário saber quem eram os vinte e quatro; antes, qual sua estatura, e como se portavam diante do Todo Poderoso. Se, usavam coroas tinham recebido dignidade real; entretanto, diante do Rei dos Reis abdicavam delas, se inclinavam reverentes.

Tal postura nos parece mui lógica; é esse mesmo o lugar das coisas. Entretanto, nós, reles pecadores sem coroa nenhuma, sequer, da justiça, nos portamos muitas vezes como se O Senhor estivesse a postos para nos servir, aguardando ordens que lhe daremos em nossas “orações”.

Ora, o cerne do Evangelho é renúncia das humanas tendências, mortificação da carne, sujeição de corpo e alma ao Senhorio de Cristo; o “negue-se”; enfim, a cruz. Todavia, analisando muito do se canta ou prega, invés de cristianismo bíblico, hígido, transformador, temos a doentia febre antropocêntrica envernizada, sem noção.

Antropocentrismo, para quem não sabe, quer dizer, o homem no centro, invés de Deus; Ele chama-se Teocentrismo.

Deparo seguidamente com eufônicas mensagens baseadas na passagem da viúva pobre abençoada mediante o ministério de Eliseu; ou, a saga de José, como estímulos para que acoroçoemos sonhos grandiosos, pois, Deus “está pronto para realizá-los”. Cáspita! Que gente sem noção!!

Estão sujos, cagados, e invés de se lavarem se supõem em trajes de gala, perfumados, prontos pro baile. Se, pelo menos alimentassem suas cobiças em particular para evitar danos a terceiros; mas, pretendem ser expoentes da vontade Divina, despertando com suas heresias imodestas, as cobiças de outras vítimas das mesmas paixões.

Suas mensagens, abortos espontâneos; nascem mortas. Se, alguém inda não é convertido carece desesperadamente salvação; nada pode ser mais importante ou urgente. Invés de mandar sonhar coisas grandes, que tal acionarmos o “despertador” paulino? “...Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Porém, se alguém está abrigado em Cristo deve ser ensinado a mirar alvos que se coadunem com sua de fé. Paulo ensinou: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, não nas que são da terra; porque já estais mortos; vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” Col 3;1 a 3

O mesmo Salvador, aliás, entre outras coisas disse: “Buscai primeiro o reino de Deus, e sua justiça; todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si. Basta a cada dia seu mal.”Mat 6;33 e 34

Ora, há sonhos que nos vêem que nada temos com eles, pois, estamos dormindo; desse calibre foram os proféticos, de José. Não desejou aquilo; sequer, entendeu; senão, nem teria corrido risco e contado aos invejosos irmãos. Foi iniciativa Soberana de Deus, tanto, dar os sonhos, quanto, seu cumprimento. Portanto, alimentar a fogueira da cobiça material com essa lenha, só perante incautos.

Por ser um convertido, e conviver com muitos deles, Paulo o apóstolo sabia bem o que esse milagre opera nas vidas em que se realiza; “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Desse modo, ouvir esses mensageiros presumindo e ensinado que, a ovelha come carne, soa lógico, como comprar gás para alimentar fogão à lenha. Não conhecem a Salvação; se, um dia conheceram, são, na linguagem bíblica, como cães que volveram ao próprio vômito.

Ora, Cristo se deu pelos pecadores para os regenerar; salvar o que se havia perdido, não, para alimentar cobiças de zumbis, mortos-vivos sem noção que profanam ao santo e nem percebem, tal, sua cegueira.

Vejo muitos pregadores nos púlpitos por aí que sonham com vida mansa, dinheiro fácil “em nome de Jesus” Claro! Vão trabalhar vagabundos, parem de mentir e explorar incautos!Quem sabe entrem pra política, filiem-se ao MST.

Por que olhamos para tão longe? Na era da Igreja temos ensinos claros sobre nossa relação com a matéria? “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, e em muitas concupiscências loucas, nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e tranpassaram a si mesmos com muitas dores. Mas, tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6;9 a 11

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Presunção; "nosso" lugar de Deus

“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;22

Eis algo bem atual, falta de noção! Aqui, expressa de modo mais amplo. Um abismo entre o que, os tais, diziam de si mesmos, e o que eram, deveras.

“O homem, medida de todas as coisas”, na filosofia de Nietzsche, ou, antropocentrismo, numa abordagem teológica, a absoluta falta de Absolutos, enseja essas discrepâncias entre o juízo particular e a realidade.

Claro que, a constatação de que os pretensos sábios eram loucos, demanda um juízo sábio, superior, de quem possui o Saber Absoluto, Deus. De outra forma, fosse mera opinião de Paulo, seus apontados redarguiriam e fariam a ele a mesma acusação; a coisa se arrastaria indefinida à exaustão.

Há no inconsciente humano um devaneio de que, a liberdade seja absoluta, e não é, nem mesmo para Deus. Quando O Altíssimo diz: “Eu velo pela Minha Palavra para cumprir”, isso O faz “refém” de Sua Própria integridade, sem falar que ama as pessoas, e o amor, de certo modo, aprisiona também.

A fixa dualidade proposta, Deus, ou, inimigo; luz, ou, trevas; verdade, ou, mentira; salvação, ou, perdição; vida, ou, morte; restringe nossa liberdade a uma escolha simples, um lado ou, outro; as consequências virão “de lambuja”. Somos “senhores das escolhas e escravos das consequências.” Como disse Pablo Neruda.

Na verdade, o homem natural, dada sua escravidão às paixões da carne, sequer consegue escolher sozinho o caminho da luz, antes, teme-o. “...a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más.” Jo 3;19 e Paulo amplia, expondo o motivo: Escravidão aos pendores carnais, aos instintos naturais. “Porque a inclinação da carne é morte...” Rom 8;6

Os defensores da predestinação advogam que, por essas e outras, os homens não têm escolha. Deus salva Seus escolhidos, sem nenhuma participação humana. Dizem, com acerto, que sem Cristo estão mortos, e perguntam, a título de argumento: “Pode um morto fazer escolhas?” A resposta óbvia parece ser, não. Entretanto, não é tão simples assim. O Salvador disse: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Ele coloca no indicativo: Ouvirão. Depois, no subjuntivo; os que ouvirem. Isso implica, necessariamente, uma escolha. Como pode ser? Bem, a confusão deriva de ignorarmos uma regrinha básica de interpretação ensinada por Paulo, onde acusa ao homem natural de não entender, enquanto o espiritual entende, “...comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;13
Assim, o morto espiritual é alguém como Adão, pós queda, com consciência pesada, quando não, cauterizada, medo de Deus, escondido. Isso não equivale à não existência. Mesmo assim, objetaria alguém, se a morte é separação de Deus, vida na carne, e essa inclina-se a perdição, como faria, eventual escravo, a boa escolha? Eis uma boa pergunta!

Quando ensinou sobre a necessidade do Novo Nascimento, tanto para ver, quanto, entrar no Reino, O senhor disse que o tal se dá, “Da água e do Espírito.” A “Água” É A Palavra, O Senhor chamou de Água da Vida, quando essa jorra, quando é pregada, digo, O Espírito Santo atua paralelo, possibilitando ao pecador, a entender o básico do que está em jogo, e tenta persuadir a que esse faça a boa escolha. Sem forçar, entretanto, pois, há advertências quanto a não resistirmos ao Espírito. Resistência, óbvio, é escolha.

Minha escolha, por sábia que seja, pois, não me faz livre. Ou me faz servo de Deus, ou, me mantém onde estou na vida natural, que, como o mundo todo, “Jaz no maligno”. Claro que, em Deus, liberdade relativa existe; somos livres para atuar, dentro de parâmetros que não firam Sua Santidade. Alguém já ouviu de uma “Possessão” benigna? Digo, O Espírito de Deus pegando alguém à força? Contudo, legiões de demônios fazem isso todos os dias.

Certa vez, o assunto era homossexualismo, o Faustão disse sob muitos aplausos, que ninguém tinha nada com isso, cada um deveria fazer de sua vida o que quisesse, se intromissão de outrem. Porém, ao dizer como cada um deveria ser, intrometeu-se na vida de milhares que o assistiam. Assim, mostrou-se incapaz de beber o líquido que receitava.

Sempre que alguém nega o devido Lugar ao Criador, acaba, querendo ou não, tomando Seu lugar. Essa é a ideia, disse o capeta, esfregando as mãos! Enfim, pouco ou nada vale o que penso de mim mesmo. Aquele que sabe todas as coisas exporá o juízo perfeito.

Pois, nossa presunção nos inflaciona demais. Alguém disse: “O melhor negócio da Terra seria, comprar os homens pelo que valem, e revendê-los pelo que, pensam que valem.”