sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Última chance


“Veio a palavra do Senhor segunda vez a Jonas, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e prega contra ela a mensagem que Eu te digo.” Jn 3:1,2

“... segunda vez...”
o profeta tentara fugir, achando que seria preferível isso, a obedecer.

Vulgarmente se diz que a primeira impressão é a que fica. Pois, quando comissionados pelo Eterno se, nossa primeira impressão for que a coisa não convém, que não devemos obedecer, geralmente essa visão escapista não é a que fica. Fatalmente seremos “convidados” a repensar.

A ideia de “fugir” do Senhor foi analisada; “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno minha cama, Tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, habitar nas extremidades do mar, até ali, Tua Mão me guiará e Tua Destra me susterá.” Sal 139:7-10

Não significa que Davi tenha estado nesses lugares todos e comprovado “in loco” a presença do Eterno; antes, que por estar O Espírito Santo nele, onde quer que fosse, a Santa Presença iria.

Quando a mensagem de salvação pareceu “duro discurso” e o povo debandou, O Salvador não criou um segundo discurso com termos mais palatáveis; antes, perguntou aos discípulos: “Quereis vós, também, retirar-vos?” Pedro redarguiu: “Para quem iremos nós? Só Tu tens as Palavras de vida eterna.”

O fugir do Senhor “possível”, é fazer ouvidos moucos, bancar o desentendido quando não se quer obedecer. Assim fizera Jonas. Após três dias no ventre do peixe, repensou, arrependeu-se e pediu nova chance; foi atendido.

O Eterno não “suaviza” a missão, se essa soar demasiado dura; antes, capacita além de comissionar; numa eventual segunda chance, requer a mesma tarefa da qual nos esquivamos na primeira; “... prega contra ela a mensagem que Eu te digo.”

A ímpia ideia que A Palavra do Senhor carece ser “atualizada”, para adequá-la aos paladares moderninhos, não move um milímetro do Santo propósito; se tivermos novas chances, sempre serão na mesma vereda; “caminho estreito”, renúncias, obediência.

Ou, teria O Todo Poderoso falhado, e careceria agora de uma “segunda chance” para, finalmente, entregar Sua palavra como realmente pretendia? Paulo pensava diverso, em caso de conflito entre as vontades; “De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, e venças quando fores julgado.” Rom 3:4

A segunda chance de Jó, onde, além de ouvir sobre O Eterno, então “viu-o”, (forma como descreveu o, tê-lo ouvido diretamente) ocasionou uma mudança nele, fazendo-o mais humilde, não no Criador, tornando-O menos Santo; “... Por isso relatei o que não entendia; coisas que para mim eram inescrutáveis, e eu não entendia. Escuta-me pois, e falarei; eu Te perguntarei, e Tu me ensinarás. Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem meus olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” Jó 42:3-6

Invés de perguntar para que O Senhor ensine, o ímpio homem moderno se atreve por presumir ensinar a Deus; como se, a perfeição comportasse rasuras. “Ai daquele que contende com o seu Criador! caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou a tua obra: Não tens mãos?” Is 45:9

Todo aquele que consegue “ver” Deus pelas coisas criadas e reveladas, assombra-se com a Santa Majestade e com a própria insignificância; só resta arrependimento com pó e cinza, como a Jó, invés da insana porfia de tentar emporcalhar o que É Santo, por se recusar a abandonar o que sujo.

Num sentido amplo, toda humanidade está na “segunda chance”; a primeira foi desperdiçada no paraíso, quando, bastaria permanecer na Palavra do Criador, para preservação da bendita sina em comunhão com Ele;

a segunda foi-nos facultada gratuitamente pelo Salvador, chamando os perdidos para que fossem achados novamente na regeneração do Senhor; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24

Num sentido estrito, os homens costumam desperdiçar dezenas, centenas de chances, sempre que o Amor Divino os busca mediante a Palavra da Vida; a longanimidade Divina, usada como “patrocinadora” da impiedade humana. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ecl 8:11

Como nada sabemos sobre o amanhã, é prudente tratarmos cada chance como sendo a última; uma hora, será; “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29:1

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Francisco, o flexível


“Permaneçamos vigilantes contra a fixidez da ideologia, que muitas vezes, sob a aparência das boas intenções nos separa da realidade e impede de caminhar... lembremo-nos de olhar para o alto, recomeçar a partir de Deus, deixar-nos iluminar pela sua Palavra, a fim de encontrarmos sempre a coragem para partir de novo". Papa Francisco à Cúria Romana.

O Salvador exortou Seus ouvintes à vigilância. Porém, vigilantes “contra a fixidez da ideologia...? O que é isso? O Senhor ensinou a ficarmos vigilantes pela pureza da Palavra, invés de adormecer permitindo que o inimigo semeasse joio no meio.

Abstraído todo açúcar retórico, a exortação foi contra o “conservadorismo” que “separa da realidade e impede de andar.” Se, por “andar” entendermos, condescender com o ímpio curso desse mundo, e a sacralização de práticas perversas, então, o “fixismo” atrapalha mesmo.

Não somos partidários de uma ideologia. Não, no prisma espiritual. Nos é facultada uma cosmovisão peculiar, nos aspectos econômico e político; no âmbito da fé, nosso compromisso se restringe a viver e anunciar o Evangelho, algo que é mais “fixo” que céu e terra. “Passará o céu e a terra, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Luc 21:33

“... lembremo-nos de olhar para o alto, recomeçar a partir de Deus, deixar-nos iluminar pela sua Palavra, a fim de encontrarmos sempre a coragem para partir de novo". Outro sofisma, manipulação retórica, para ser engolida antes de ruminar.

A Luz da Palavra arde para mostrar o caminho, não para o fomento de coragem ao contínuo andar, como se, esse ativismo de estar sempre andando, fosse mais importante que saber, para onde. Quem estiver no caminho errado, quanto mais andar, mais se afastará do alvo. Às vezes, um “entendes tu o que lês?” é mais oportuno que uma leitura por ela mesma, sem aprofundamento.

Valores eternos não mudam com o curso do tempo; antes, a vergonha se perde, amadurecem os frutos de “Teólogos” liberais, cujo afã é aglomerar invés de santificar; “... sem santificação ninguém verá ao Senhor.” Heb 12;14 Esses geram um povo que gosta dos rótulos cristãos, mas se recusa a trilhar no caminho estreito que Cristo prescreveu.

Teria Ele também, abdicado da “fixidez” da Sua Doutrina? Acho que não. “Jesus Cristo É O Mesmo, ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

As pressões dos movimentos LGBTs já produzem ecos favoráveis, no Vaticano; embora Francisco mencione a “Luz de Deus para caminhar”, suas cumplicidades ímpias, declarações blasfemas, e validação de credos espúrios, passam ao largo dos ensinos santos da Palavra de Deus.

Os católicos mais ferrenhos sempre acreditaram em três “verdades”; “Eles são a única Igreja Verdadeira; fora da Igreja Católica, não há salvação; e Pedro foi o primeiro Papa, sendo os demais, sucessores dele.”

A Palavra ensina diferente; o “pedigree" de um salvo é a vida regenerada em Cristo, o caráter transformado, não, uma placa institucional, que levaria sobre os ombros; “...fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Fora da igreja Católica não há salvação? A Palavra ensina que não há fora de Cristo; “... Ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6 A medida que, lideranças se afastam do Salvador, muitos católicos até, já veem a fragilidade da instituição, em relação à Palavra; de certa forma “saem”, avessos a acatar ordens espúrias.

Sobre denominações alternativas invés do veto, Jesus Cristo observou: “Quem não é contra nós, é por nós.” Os protestantes não são contra Ele; antes, a maioria recusa acréscimos às Palavras Dele; quem começou o protesto foi um padre, ao constatar dezenas de desvios da Palavra, por parte do catolicismo. Para os que ficaram do lado de lá, a instituição pareceu mais forte que a verdade.

No Apocalipse há sete cartas a sete igrejas diversas. Cada uma com seus problemas locais, e um líder que deveria tratá-los. Se existisse mesmo, ”Papa”, e uma igreja centralizada nele, O Senhor mandaria uma carta ao líder apenas, advertindo-o para que ele cuidasse de tudo.

“Pedro foi o primeiro Papa?” Balela! Se fosse teria sido expresso na Palavra de Deus, o “Primado de Pedro” ou, as “Chaves do Reino” se refere a honra a ele concedida de ser o primeiro pregador do Evangelho, o que abriria as portas aos demais. “Sobre essa pedra edificarei” Ele mesmo se encarregou de desfazer eventual ambiguidade; “Ele (Cristo) é a pedra que foi rejeitada por vós, edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina.” Atos 4:11

O aperfeiçoamento é uma necessidade nossa; Deus É Perfeito; Sua Palavra não comporta “atualizações;” “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele...” 6:16

A bênção ao "casamento gay"


“A bênção do Senhor é que enriquece; não traz consigo dores.” Prov 10:22

“A bênção do Senhor...”
Nem todas as bênçãos são Dele. Muitas, são humanas, embora, o ensino para abençoar, venha do Alto; “... Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam...” Mat 5:44

Nesse caso, “abençoar” é uma profilaxia; tendemos a desprezar aos que nos fazem mal; independente de algum bem chegar ou não ao alvo da bênção, ela veta que uma “raiz de amargura” venha a danar a saúde psíquica e espiritual, de quem abençoa. Estamos fadados a colher conforme plantamos; abençoando seremos abençoados.

A bênção que faz diferença, vem de Deus. Quando se trata de alguém que, presumidamente representa ao Senhor, em Nome Dele abençoa. Então, o ministro deve ter comunhão com Deus, conhecimento das Suas Leis e viver conforme, antes de se atrever onde não deve. Como disse Balaão, quando contratado por Balaque, para amaldiçoar Israel. “Recebi mandado de abençoar; pois Ele tem abençoado e não posso revogar.” Num 23:20

A bênção válida, pois, é apenas a vocalização dos desígnios celestes, não, uma humana iniciativa.

“Ainda que Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia ir além da ordem do Senhor, fazendo bem ou mal de meu próprio coração; o que o Senhor falar, isso falarei.” 24:13 Como dizia um amigo de saudosa memória, “Deus não abençoa com a mão esquerda.” Não corrobora à rebeldia.

Quando alguém se precipita em abençoar a outrem que está divorciado da aprovação Divina, isso não melhora a situação do “abençoado.” O encontro do santo com o profano estraga tudo.

“Se alguém leva carne santa na orla das suas vestes, e com ela tocar no pão, guisado, vinho, azeite, ou em outro qualquer mantimento, porventura ficará isto santificado? Os sacerdotes responderam: Não. Disse Ageu: Se alguém que for contaminado pelo contato com o corpo morto, tocar nalguma destas coisas, ficará ela imunda? Os sacerdotes responderam, dizendo: Ficará imunda.” Ag2:12,13

A santificação não se transmite ao mero toque; a contaminação, sim.

Quando da separação de alguém ao Ministério, os demais ministros lhe impõem as mãos orando sobre ele, identificando-se com o tal, diante de Deus e dos homens.

Se, alguém de vida dúbia, sem as devidas credenciais que o Céu aprova, for recomendado por mim, tal não se tornará santo por isso; antes, eu me contaminarei na minha imprudência, que me fez culpado pelos pecados dele. Paulo aconselhou: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva a ti mesmo puro.” I Tim 5:22 “Como abençoarei ao que Deus não abençoa?”

A grande celeuma atual é uma circular do Vaticano, onde a liderança da Igreja Católica aprova que se abençoe ao dito “casamento gay.” Isso causou enorme desconforto, em muitos padres, inclusive; pois, se A Palavra de Deus nos ensina a abençoarmos até nossos inimigos, não nos autoriza a abençoarmos aos que se fazem inimigos de Deus.

O trabalho de um ministro do Senhor, em todo tempo é honrar ao que o comissionou; deve fazer isso conhecendo e fazendo conhecer os Divinos ensinos.

Caso não o faça, O Eterno também não confirmará suas supostas bênçãos; “Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Mal 2:1,2

Se, a rigor é o Céu que abençoa, nada contam as intromissões humanas no que tange a isso, qual o problema de o catolicismo “abençoar” as referidas uniões? Sofrendo, a vereda da fé, os ataques que sofre atualmente, com esse plus de aprovação, da suposta “maior autoridade espiritual da terra”, claro que isso será usado a torto e a direito pelos movimentos gayzistas, para se imporem nas igrejas, como se, a autorização do Vaticano simbolizasse aprovação Divina.

Se Balaão disse que não ousaria ir além do dito do Senhor, atualmente, se despreza totalmente à Vontade Divina revelada e expressa, ao alcance de todos. Já ouvi pregadores de renome dizendo que o “espinho na carne que os gays sofrem é a homofobia”.

O ecumenismo, união dos diferentes, amálgama de todos os credos passa longe das prescrições Divinas. A Salvação está ao alcance de todos, mas os termos são únicos. Essa falácia de bênção sem o abençoador, amor sem justiça, equacionar aceitação de todos com aceitação de tudo, não cola.

Que cada um viva como aprouver; todavia, saiba o lugar das coisas. É necessário “... fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo;” Lev 10:10

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Inimigos da justiça


“Então os presidentes e príncipes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, não se achava nele nenhum erro nem culpa.” Dn 6:4

Daniel começara a destacar-se no reinado de Dario, o persa, isso incomodava aos invejosos, que, achavam que as honras e cargos destinados ao hebreu, ficariam melhor com eles. Assim, passaram a fazer um pente fino na sua vida, buscando qualquer deslize, por mínimo que fosse, para o acusar.

Na falta de lapsos de quem tinha a honestidade e fidelidade como norte, “fabricaram” um meio; “Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a acharmos contra ele na Lei do seu Deus.” Dn 6:5 Como não conseguimos acusá-lo por seus defeitos vamos pegá-lo pelas suas qualidades. É fiel a Deus e ora; criemos uma lei que proíba isso. Que simples tornar alguém honesto, um “fora-da-lei”.

Onde será que já vimos algo semelhante? Escrutínio rigoroso de todas as palavras e atos, de um governante honesto, acusações a torto e a direito, sem provas; investigações até a quarta geração, intentando derrubá-lo; assumindo um ladrão, o eterno passar pano, leniência, manchetes favoráveis, cortinas de fumaça ante os desmandos e desperdícios... Não sei, mas, juro que a história me lembra algo.

É fato que cada animal tem seu “falar” próprio; o balir é das ovelhas, zurrar dos jumentos, urrar dos leões, crocitar, dos urubus... etc.

Transportada a coisa como figura dos caracteres humanos, o honesto fala o idioma dos honestos, o patife é prolixo em patifês, o ladrão tem o linguajar próprio dos ladrões; cada um se identifica com algum traço de caráter, uma escala de valores. Vergonhoso é quando alguém apenas deveria reportar às coisas e não consegue, por subserviência e identificação com o crime.

Mais que o quê se fala, é preciso atentar para quem fala. Um patife falando mal de alguém honesto, por exemplo, é um elogio oblíquo; uma forma de dizer que ambos são diferentes. Essa é a ordem natural das coisas. Uma forma de se deixar patente que cada um possui escolhas morais diversas. O dia que um canalha disser que sou gente fina, por exemplo, estarei muito preocupado.

Há uma promessa de ventura aos servos de Deus, quando, ao serem difamados o forem, por causa dos seus valores em Cristo, e os agentes disso forem os mentirosos; “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” 5:11,12

Por ser a carne, em suas inclinações, adversária de Deus e Suas Leis, “A inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8:7 O que o homem aplaude, não é o mesmo que os Céus aprovam; Cristo foi categórico: “... Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16:15

Os “cidadãos dos Céus” estão na terra como peregrinos, forasteiros; andam na contramão do mundo. Os que permanecem fiéis, claro.

Há muitos no meio das igrejas, que trazem para seu “cristianismo” toda sorte de cacoetes mundanos; a pretexto de contextualizar para atrair, tentam camuflar suas almas dúbias, ainda atraídas pelas coisas profanas.

Cristo e Sua Santa Palavra não bastam; carecemos coreografias, jogos de luzes, fumaça nos “Palcos”, grande invasão do feminismo, e em muitos lugares, a canonização da perversão sexual, com “ministros” LGBTs e “teólogos” liberais a defender a imoralidade.

Uma coisa é querer que todos aceitem O Evangelho; outra, seria perverter verdades eternas, pra “criar um Evangelho” que pareça aceitável aos ímpios paladares.

Se os invejosos persas, olhando para Daniel nada de réprobo encontravam, atualmente, está difícil de encontrar alguém idôneo, mesmo entre os que dizem servir a Deus.

Paulo anteviu os “tempos trabalhosos” que chegariam nos “últimos dias.” Não devemos “abaixar a régua” das demandas santas, porque os ímpios, eventualmente, desejam um caminho mais amplo.

O Salvador desafiou cada um, para que fizesse firmes suas escolhas, fossem quais fossem; “Quem é injusto, seja injusto ainda; quem é sujo, seja sujo ainda; quem é justo, seja justificado ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22:11

Daniel, mesmo em face da morte, foi fiel; O Senhor pelejou por ele; deu aos seus inimigos a sina que intentaram contra ele.

Quando a “sabença” é demais, os “espertalhões” acabam tropeçando nas pedras que espalham. “Ele apanha os sábios na própria astúcia; e o conselho dos perversos se precipita.” Jó 5:13

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

As incertezas


“Tenho visto que não há coisa melhor que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é sua porção; pois, quem o fará voltar para ver o que será depois dele?” Ecl 3:22

Quando exortamos alguém ao desapego material, a ajuntar “tesouros no Céu”, somos confrontados pela “incerteza” quanto ao porvir; “como sabes o que existe lá? Quem retornou para contar?” objeções assim, nos são apresentadas.

Invés de incerteza, a fé é âncora; “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se espera; a prova das que se não vê.” Heb 11:1

As incertezas estão do lado de cá. Tiago aconselhou a nem contarmos com o dia de amanhã, sem a bênção do querer Divino; “... vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, lá passaremos um ano, contrataremos, ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, se vivermos, faremos isto ou aquilo.” Tg 4:13-15

O amontoar posses materiais, o mais sábio dos homens tinha certeza, da inutilidade disso; ensinou: “Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria, conhecimento e destreza; contudo, deixará seu trabalho como porção de quem nele não trabalhou; também isto, é vaidade e grande mal.” Ecl 2:21 Como diz um provérbio japonês, “Se o teu filho for bom, não precisa de tua herança; se for mau, não merece.”

Portanto, quem usa a incerteza como argumento para não “investir” no além, se contradiz; num cenário de grandes incertezas se comporta “seguro”, enquanto, nas coisas que têm O Eterno como Fiador, duvida.

O Salvador contou de um que, tendo passado pro lado de lá, e visto como as coisas são, sofrendo a punição dos ímpios, desejou que um emissário voltasse para informar aos seus;
“... Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois, tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem Moisés os profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.” Luc 16:27-31

Os “sinais de trânsito” para a eternidade, então, eram Moisés e os profetas; as Escrituras existentes. Agora, temos mais O Evangelho, em suas quatro reportagens, os “Atos dos Apóstolos”, as epístolas e o Apocalipse. Se isso não bastar, nada bastará.

Desgraçadamente, as pessoas sempre objetam que ninguém voltou para contar o que viu do outro lado, quando, desafiadas às renúncias necessárias segundo O Evangelho.

Contudo, se um “morto voltar” num “médium”, e disser uma série de coisas contrárias às Escrituras, geralmente, tais ditos serão tidos por verdadeiros. As emoções em ebulição, e um teor diabolicamente engendrado para entorpecer, farão o trabalho sujo.

Ora qualquer Capeta de quinta categoria, pode “revelar” coisas da intimidade de quem partiu; quantas delas não foi o próprio que ensejou, tentando e arrastando sua vítima ao erro? Todavia, se disser algo íntimo, pronto, estará “confirmado” que o/a falecido/a, voltou. Perigosa credulidade!

A Palavra é categórica: “Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares, os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? À lei e ao testemunho! Se não falarem segundo esta palavra, não há luz neles.” Is 8:19,20

Por fim, não é verdade que ninguém voltou. Cristo venceu a morte, ressuscitou e retornou; não foi para investigar como as coisas eram; antes, para pagar o resgate demandado pela Justiça Divina.

Ressurreto, esteve por cinquenta dias, aparecendo aos seus; em momento nenhum reformulou o que dissera; antes, reiterou seus Ensinos, e ampliou o entendimento das Escrituras, que vaticinavam sua vinda e Obra; “Começando por Moisés, e todos os profetas, explicava-lhes o que Dele se achava em todas as Escrituras.” Luc; 24:27

A Paulo, mostrou as coisas do Seu Reino; o apóstolo falou do veto de contar o que vira; citou a si mesmo na terceira pessoa; “Conheço um homem em Cristo que... Foi arrebatado ao paraíso; ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.” II Cor 12:2 e 4

Não podendo dizer, deu uma genérica “amostra do pano”; “As coisas que o olho não viu, o ouvido não ouviu, nem subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam.” I Cor 2:9

A pressa de fruir o “céu” na terra patrocina que os enganados amem o mundo; “... aquele que crer não se apresse.” Is 28:16

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Relação sem coração


“A sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7:12

Sabedoria ou, dinheiro. Qual priorizar? Encontramos na Palavra de Deus o seguinte: “Porque o amor ao dinheiro é raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé; traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6:10

Basta uma leitura atenta para entendermos que, Paulo não está avaliando o dinheiro como mau; antes, o “amor ao dinheiro”; o apego exagerado a um meio, que o transforma em fim.

O dinheiro é amoral, neutro. Serve para avaliar, transformar e guardar, bens e serviços, mas esses três verbos carecem da ação humana; sozinho, nada faz.

Se, alguém que viveu privações, receber um sopro da sorte e de repente se tornar rico, em muitos casos, a pessoa “mudará”, passando a evitar outras, manter distância, em meio à nova realidade.

Um simplório, sobretudo, um dos que “perderam o amigo” porque enriqueceu, concluirá: “O dinheiro não presta! Fulano era gente boa enquanto pobre. Agora que meteu a mão na grana, evita a gente como se nem conhecesse.”

Será que foi mesmo o dinheiro, ou, esse apenas serviu para revelar esqueletos do armário de um, “gente boa” que, astutamente se movia mercê das conveniências; mudando essas, mudou ele seu agir? A cegueira do homem natural é tal, que ele consegue mentir pra si mesmo e acreditar.

Há muitas “filosofias anticapitalistas” que falam mal do acúmulo de dinheiro, quando, nas mãos alheias. Porém, basta o metal se amontoar sobre as mãos desses, e seus discursos “igualitários e partilhantes” fazem estrondoso silêncio. As riquezas que devem ser divididas são as alheias. Das próprias eles sabem como “fazer justiça”.

Quando incautos, entrevistados nas filas das mega loterias, questionados sobre o que fariam com tanta grana, se a ganhassem, acenam com obras gigantescas de filantropia, socorro aos parentes; mas, os poucos que ganham, não raro, caem na esbórnia comprando prazeres e vícios; muitos terminam tragicamente. “Na prática, a teoria é outra.” Joelmir Betting.

Nos botecos da vida, quem nunca ouviu elogios aos bens que o dinheiro não compra? Pois, esses são os tesouros de Sophia, em demanda dos quais, jamais encontramos filas de sonhadores, desejando adquiri-los.

Ela mesmo, a sabedoria convida, ensinando: “São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem, justas para os que acham conhecimento. Aceitai a minha correção, não a prata; o conhecimento, mais que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria que os rubis; tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela. Eu, a sabedoria, habito com a prudência, e acho o conhecimento dos conselhos.” Prov 8:8-12

Claro que não devemos descartar o dinheiro, dado ser um meio bom e útil, para a vida humana em sociedade. No entanto, se tivermos que decidir entre ele e a sabedoria, se ambos forem postos como coisas excludentes, que seja natural fazermos a boa escolha. Entre um bem que apenas nos “defende”, pontualmente, e outro, que nos preserva para a eternidade, dando-nos vida, a escolha parece óbvia.

Até porque, como um viciado que sempre “progride” em direção a alucinógenos mais fortes, assim erra o que ama o dinheiro. “Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade.” Ecl 5:10 

Tendo o bastante para viver confortavelmente, os “dependentes”, usam meios desonestos até, em busca de mais; pois, suas almas pobres não lhes permitem usufruir das riquezas que têm.

O despego material é um “poder” que Deus dá, aos que enriquecem espiritualmente; o “rico” sem Deus, “... nada lhe falta de tudo quanto a sua alma deseja, e Deus não lhe dá poder para daí comer, antes o estranho o come...” Ecl 6:2

Nos últimos dias seremos forçados a escolher entre o dinheiro ou a sabedoria; o dinheiro será digital, o acesso ao sistema global, a “marca da besta”; sem ela, ninguém poderá comprar nem vender. Quem a aceitar estará se deixando marcar por Satanás, como gado dele.

Aqueles que não se libertaram das garras do amor ao dinheiro quando era uma possibilidade, como se portarão, quando, trocá-lo por Deus for uma “necessidade”?

Eventualmente, anúncios em sites de vendas trazem coisas a “preço de desapego”; pois, faremos bem se, mesmo precisando do dinheiro para o curso das nossas vidas, no prisma dos sentimentos, pudermos ir lidando com ele, com certo desapego.

Com as mãos apenas, sem o coração. “Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também vosso coração.” Luc 12:34

domingo, 17 de dezembro de 2023

Porta-bandeira


“... vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele Sua bandeira.” Is 59:19

É próprio do inimigo a arte da dissimulação, do disfarce, não costuma vir de peito aberto; pode, inclusive se disfarçar de anjo de luz; seus ensinos, parecerem, caridosos, humanos, inclusivos, libertários. Discernimento é essencial.

Uma bandeira, com cores e formas, nada mais é que o símbolo que forja uma identidade. Agremiações, partidos, ideologias, associações, municípios, estados, usam-nas.

Um pleito, uma cosmovisão, podem ser figurados como “bandeiras” sem o uso de um lábaro, necessariamente.

Ante determinada posição, se pode dizer que ela está sob essa ou aquela bandeira; significando as ideias que a posição referida esposa.

Hoje, li uma postagem sob a “bandeira” do individualismo que me fez pensar; dizia: “Repita comigo: A maneira que alguém escolheu viver é problema dele, não meu.” Gostei do “repita comigo”: Me senti na pré-escola com uma “tia” segurando-me a mão, ensinando a curvatura das vogais.

Habituado a ruminar antes de engolir, aos poucos fui formando um conceito diverso. Que, as escolhas de outrem não me dizem respeito, de acordo. Ninguém tem direito de interferir no arbítrio alheio. Todavia, uma coisa seria interferir; outra, advertir contra eventual perigo.

Respeitosamente comentei que preferia repetir com Deus, que com o autor da postagem. A Palavra Dele diz: “Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, os que estão rumando à matança; se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o considerará aquele que pondera os corações? Não saberá Aquele que atenta para tua alma? Não dará Ele ao homem conforme sua obra?” Prov 24:11,12

Vendo eu alguém tomar um caminho deletério, física ou espiritualmente, em nome da individualidade “inalienável” desse alguém, eu fingiria não ver; faria de contas que estaria tudo bem? Não entendo por que, bombeiros fazem tudo para salvar pretensos suicidas; e as individualidades deles?

Os salva-vidas nas praias, usam bandeiras de diversas cores, tendo cada uma sua mensagem. Quando o mar está mui revolto, perigoso, colocam bandeira preta, avisando contra graves riscos de se entrar na água naquelas condições; se, as águas estão perigosas, num grau sutilmente menor, usam à bandeira vermelha, advertindo da existência de perigos consideráveis, repuxos, etc. Se os riscos são pequenos, contornáveis, em geral, usam bandeira laranja; porém, na maré mansa, onde, respeitadas as peculiaridades do mar, não há perigo, são boas as condições, colocam a verde.

Antes de salvar alguém, em meio a um perigo, pois, há todo um conjunto de cuidados preventivos, dado o valor da vida humana e a importância de preservá-la.

Entretanto, sob quaisquer condições, se virem alguém nas águas, correndo risco, presto eles intervirão; seu trabalho é salvar vidas em perigo, não, “respeitar à individualidade” das pessoas, como um valor absoluto.

De semelhante modo, a vida espiritual. As pessoas regeneradas em Cristo, por Ele capacitadas a ser “salva-vidas”, não têm direito de bancar as desentendidas, quando veem que alguém corre risco de perdição. “intrometer-se nas vidas alheias” mediante conselhos, ensinos, advertências é parte do “ofício” das tais.

Embora, seja difícil convencer sobre a estrita dualidade da vida, ou se está com Deus, ou contra Ele, não há neutralidade; as coisas a rigor, são assim. 

Qualquer “bandeira”, por libertária, inclusiva, humanista, solidária que pareça, se, em seu bojo aliena da verdade, justifica ao pecado, avaliza ao egoísmo, ou perverte a Doutrina do Senhor, é do inimigo.

Cabe aos habitados pelo Espírito Santo, discernir às coisas como o são; feito isso, avisarem da parte do Senhor. “... vindo o inimigo como uma correte de águas, O Espírito do Senhor arvorará contra ele Sua Bandeira."

A Bandeira do Espírito Santo não é identificável por cores ou formas, diferente das outras; antes, pelos frutos que devem produzir, os que estão sob ela; “O fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” Gál 5:22,23

A incredulidade é multifacetada, bem como, a oposição a Deus. Não obstante O Espírito Santo seja Uma Pessoa, quase sempre age usando outra, um ser humano por Ele habitado, para devida comunicação da Vontade Divina.

A Palavra ensina que não lutamos contra carne nem sangue, antes, contra principados e potestades espirituais; não peleamos contra o inimigo, diretamente. Antes, contra seus ensinos e doutrinas errôneas, difundidas mediante pessoas que estão sob a influência dele. Qualquer tipo de pecado é uma cor, no mosaico de imoralidades dele.

Os que são habitados pelo Espírito Santo, usam “vestes alvas” (obras de justiça) tendo o Óleo Santo sobre si; a unção, direção Dele. “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, nunca falte o óleo sobre tua cabeça.” Ecl 9:8