sábado, 22 de maio de 2021

Os Verdes Campos da Angústia


“... Ló, enfadado da vida dissoluta dos homens abomináveis ... habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, vendo e ouvindo sobre suas obras injustas.” II Pd 2;7 e 8

Geralmente nossas companhias mostram nossas inclinações; o “anda com os sábios e ficarás sábio”, popularmente vertido para, “Diga com quem andas e direi quem és”; mas, não é regra. Eventualmente andamos com quem discordamos; ou, como Ló, convivemos, para nossa angústia e desconforto.

Às vezes, escolhas “inocentes” trazem sombrias consequências. Quando da contenda entre os pastores de Ló com os do seu tio, natural lhes pareceu a separação; Abraão facultou ao sobrinho o direito de escolha.

“... se escolheres a esquerda, irei para direita; se a direita escolheres, irei para a esquerda. Levantou Ló seus olhos, e viu a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes do Senhor ter destruído Sodoma e Gomorra; era como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, quando se entra em Zoar. Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão; partiu para o oriente; apartaram-se um do outro.” Gên 13;9 a 11

Dado a ele fazer bússola e norte, optou pelos melhores pastos e melhor relevo, como lhe pareceu. As campinas do Jordão.

Como nós, ele também fez sua escolha baseado na “dica” dos piores de todos os falsos profetas, os olhos. Esses cegos presunçosos costumam ver céu onde é inferno, morte onde é vida; luz onde pairam trevas; prosperidade onde cresta a miséria; seus ditosos caminhos, na hora dos frutos conduzem à perdição. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

A primeira escolha nem foi a feitora final da angústia de conviver com ímpios; apenas a que o deixou por perto; novas escolhas cada vez mais inclinado ao convívio indevido, os luxos da capital, o levaram até lá; o clássico: “Um abismo chama a outro.” “... Ló habitou nas cidades da campina, e armou suas tendas até Sodoma.” V 12

Então, quando angústias nos visitam, elas vertem de duas causas possíveis; a) Permissão do Senhor; testes necessários para em nós forjar a devida têmpera, nas quais Ele passa conosco; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

b) Consequências das nossas precipitações, escolhas imprudentes, como era o caso então. Jeremias adverte: “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.” Lam 3;39

A Palavra de Deus é O Conselho, ao qual, seguindo nos pouparemos das angústias derivadas das más escolhas. As consequências dessas, uma espécie de cabresto que, ainda pode nos reconduzir ao caminho, porém, com o ônus de dores desnecessárias. “Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com Meus Olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti.” Sal 32;8 e 9

No verso seguinte a diferença entre o que escolhe a instrução, o que escolhe o cabresto; “O ímpio tem muitas dores, mas àquele que confia no Senhor a misericórdia o cercará.” V 10

O primeiro milagre registrado de Jesus mostra-o transformando água em vinho; com a observação que o vinho melhor ficara por último”. 

Pois, além de um evento histórico, também figura o agir Divino; Ele coloca a cruz antes da coroa; a renúncia antes da adoção de filhos; o esvaziamento antes da plenitude...
Nossos olhos são doidos como o Filho Pródigo; vêm em circunstâncias favoráveis ocasiões para prazeres, mirabolâncias às quais tendem a se entregar; finda o logro da “profecia”, acabam solitários entre porcos.

Ao prudente se diz: “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos ... Não sejas sábio aos teus próprios olhos...” Prov 3;5 a 7

Abrão fora chamado por Deus, não por campinas verdejantes. 

Com Ele é melhor o deserto, que tesouros da impiedade; não importa se tais “riquezas” se disfarçam de posses ou prazeres.

O belo é belo; mas não é nosso alvo, antes, renunciar ao império das aparências pelo Reino de Deus. “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;2

Há tantas campinas verdejantes disfarçando cadáveres... “Mas quem me der ouvidos habitará seguro, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

Senão, “... anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9

domingo, 16 de maio de 2021

A Majestosa Herança

“Por isso Levi não tem parte nem herança com seus irmãos; o Senhor é sua herança, como o Senhor teu Deus lhe tem falado.” Dt 10;9

A tribo de Levi não receberia um território exclusivo, como as demais; antes, seu cuidado seria com as coisas espirituais; o serviço no Tabernáculo, depois no Templo; uma espécie de Igreja entre os hebreus.

Não significa que, por não terem herança convencional, como seus irmãos, sendo “apenas” O Senhor sua herança, não teriam, por isso, posses materiais. Estariam espalhados entre todas as tribos; quatro cidades em cada, sendo seis delas, cidades de refúgio, abrigos para eventuais devedores de crime culposo. Ver Núm 35 ss “Não tendo nada” estariam por tudo.

Embora as coisas espirituais fossem o alvo primeiro, as materiais necessárias lhes eram prescritas pelo Senhor. Figuravam, na prática, o que O Salvador ensinou depois: “Buscai primeiro o Reino de Deus e Sua justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

A eles cumpria buscar O Reino; às outras tribos o cuidado com as demais coisas; prover meios necessários ao sacerdócio.

Às outras tribos era facultado prosperar na terra, enriquecer; aos Levitas se dava o necessário para que enriquecessem aos demais, nas coisas do alto. Como disse Paulo: “Como pobres mas, enriquecendo a muitos.”

Bem que os “Levitas” modernos, que constroem impérios terrenos, outros, que cobram vultosos cachês para pregar ou cantar poderiam meditar sobre isso.

Sucesso ministerial e posse de bens, ainda que tenham seu valor, empalidecem, ante a sorte de ter O Senhor como herança. Ocorre-me um dito de Spurgeon; “... não trocamos nossos lugares com reis em seus tronos, se eles não conhecerem ao Senhor ...”

Aquele serviço era frágil sombra, tipo, do que seria depois, em Cristo; figurava o desapego que convém aos que “ajuntam tesouro no Céu”, antes que, riquezas da Terra. 

Infelizmente muitos “levitas”, como o irmão do Pródigo, nem conseguem mensurar direito o que têm, por terem Ao Senhor como Pai. Sofrem a “privação de um cabrito” na posse de um rebanho.

A cegueira em ver o que se possui, pode dar azo a que se busque o desnecessário. Daí, por falta de disciplina, domínio próprio em duas coisas lícitas, dentro dos seus limites, sexo e posses materiais, estão trocando a Nova Jerusalém pelas masmorras de Satã.

A imensa maioria dos escândalos que nos envergonham brotam daí. De um líder que adulterou, usou sua influência para aliciar; outro elaborou “projetos” grandiosos como pretextos para arrecadar fortunas, depois meteu a mão. Desceram do bendito estado aquele, onde “O Senhor é sua herança”, para outro, como o Pródigo entre porcos, onde, seu ganha-pão fede.

Erram a vereda por se dedicarem a uma parte apenas, do que foi prescrito; “Não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores nem se assenta na roda dos escarnecedores...” Isto é, aprendem que devem se apartar do mal que está nos outros.
Porém o mal que está em nós, dele só nos livramos na posse da Bendita Graça; pois, sendo “O Senhor a nossa herança”, devemos possuir a mesma, não apenas observar à distância.

O bem aventurado, além de evitar o mal alhures deve, “Ter seu prazer na Lei do Senhor; nela meditar dia e noite.” Se assim fizer, esse exercício além de lhe aproximar mais do Senhor, verá cada vez menos atrativos nas coisas más, às quais, a natureza caída se inclina. “Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito, vida e paz.” Rom 8;6

Não devemos confundir costume religioso com um relacionamento espiritual. Na hora de resistirmos às tentações, meros costumes não têm força para nos livrar, apenas, demandam o verniz da hipocrisia para seguirem luzindo, quando a luz da comunhão com O Senhor não brilha mais.

Nos tornamos como Sansão após a ruptura da consagração. Ainda vamos à luta cheios de confiança infundada, pois, “O Senhor já se retirou.”

Trocamos o privilégio bendito de não ter parte, para ter O Todo, pelo engano que priva do Senhor Todo Poderoso, e não leva a parte nenhuma. Como Esaú, abdicamos da bênção eterna por um prato efêmero.

Alguns pavoneiam-se: “Não sou dono do mundo, mas sou filho do Dono.”

Bem, isso está ao alcance de todos em Cristo; entretanto, O Senhor não exerce um senhorio oco, onde Ele conta para abençoar apenas, não para corrigir, disciplinar; “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se Sou Pai, onde está Minha honra?” Ml 1;6 Pois, “Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?” Heb 12;7

Não esqueçamos pois, que antes de ser “Nossa herança” Ele É Senhor.

sábado, 15 de maio de 2021

Os salvos em termos


"Este é o ofício dos levitas: Da idade de vinte e cinco anos para cima entrarão, para o ministério da tenda da congregação; mas na idade de cinquenta anos sairão do serviço deste ministério, nunca mais servirão; porém com os seus irmãos servirão na tenda da congregação, para terem cuidado da guarda; o ministério não exercerão ...” Nm 8;24 a 26

Instruções do Senhor, sobre o serviço santo. Aos levitas, de 25 a 50 anos, ministério; após isso, cooperação na guarda, apenas.

Algumas coisas podemos aprender; primeira: Deus coloca termos ao que quer; desses não se deve passar; Ele É Senhor; nós, servos.

Segunda: Se, nossas aptidões já não combinam com determinada função, Ele tem outro “nicho” onde cabemos e podemos seguir servindo-o.

Terceira: O Ministério na Sua Presença deve ser exercido na plenitude do vigor.

Mas, isso foi no Velho Testamento; o que teria a ver conosco atualmente?

Ora, sendo pacífico que Deus não muda e as regras antigas são, “Sombras dos bens futuros”, algo podemos aprender meditando nelas.

Ou, na era da graça, em Cristo, o servir deixou de ter limites precisos aos quais não convém ultrapassar? O simples ir além da Doutrina que Ele Ensinou nos colocaria sob maldição; “... Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes seja anátema.” Gl 1;9

Algo soar parecido com certos cacoetes “góspeis” não significa que seja Evangelho; há muita resistência pela imitação, como fizeram ao magos de Faraó; “Como Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.” I Tim 3;8

Os termos foram ultrapassados; “Corrupto” significa literalmente, o que rompe com; assim como o que pilota com, é copiloto; atua com, coautor, romper com, é ser corrupto. Se alguém rompeu uma cerca, norma ou limite, em consórcio com outro, ambos são corruptos, pois.

Não basta que determinado texto esteja na Bíblia; é preciso que seu manuseio seja honesto também; “Sabemos que a lei é boa se alguém dela usa legitimamente;” I Tim 1;8

Cheio está, infelizmente, o meio eclesiástico de orangotangos góspeis, imitadores de homens santos, que sabem alguns trejeitos, mas o viver destoa, os “réprobos quanto à fé.”

Não se requer dos salvos que saibam tudo; mas, que vivam segundo o que sabem ser A Vontade de Deus para eles, o “andar na luz”; "Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Quanto às aptidões, a Parábola dos talentos deixa patente que há diversidade de capacitações; um, dois, cinco talentos.

Cada um é responsável por atuar de modo digno segundo os dons que recebeu; Deus não espera que façamos coisas para as quais não fomos capacitados.

“De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia seja segundo a medida da fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; o que exorta, use o dom para exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.” Rom 12;6 a 8

Por fim, ministrarmos no auge do vigor. Sendo a era do Espírito, natural esperar que o vigor seja espiritual, não físico; assim, a “senilidade” derivaria do pecado, não da idade; 

o desleixo para com a devida santidade no “Corpo de Cristo” foi posto como feitor da fraqueza que desqualifica; “Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes; muitos que dormem. (morrem) Porque, se julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.” I Cor 11;30 e 31

Quando Paulo disse que estando fraco estava forte, ensinou que devemos não confiar em nossas forças, mas na Graça de Deus que nos fortalece; releitura do “Maldito homem que confia no homem ...” ou, “negue a si mesmo.”

Aos que chama O Senhor Justifica, se, preservarem o devido temor e obediência fortalece, a despeito do vigor físico; mesmo idosos podem ser robustos; “O justo florescerá como a palmeira; crescerá como cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é minha rocha; Nele não há injustiça.” Sal 92;12 a 15

Em suma, nem todos são chamados a ser “levitas”, ou obreiros na Casa do Santo; mas, todos que O Invocam como Senhor têm obediência aos termos como necessidade; santificação como modo de conduta a buscar; e edificação à Estatura de Cristo, como “Teto”;

“O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19 Ouvidos à Obra!

domingo, 9 de maio de 2021

As dores necessárias e só


“Botas... as botas apertadas são uma das maiores venturas da terra, porque, fazendo doer os pés, dão azo ao prazer de as descalçar.” Machado de Assis

Certamente usou aqui de uma ironia; afinal, produzir a dor para fruir o “prazer” de parar de senti-la assemelha-se a um vício político dos safados que, criam “problemas” para vender soluções.

Os que assim agiam, há algum tempo criaram a obrigatoriedade de certo kit de socorros em automóveis; a tomada de três pinos; mais recentemente a placa do Mercosul, com seus detalhes caros, exclusivos e desnecessários, que o atual governo já corrigiu; etc.

Sempre um safado com a caneta do poder; um “amigo” empresário avisado de antemão para obter a exclusividade e gerar o “alívio” social descalçando a “bota” que a lei casuística decretada calçou. Essa gente sempre se esforça pra “cuidar do povo”.

Se, “um elefante incomoda muita gente”, um homem honesto em posição chave, como Bolsonaro, enseja um incômodo que faria o dito bicho parecer um hamster.

Desde que assumiu o poder, a famigerada “Lei Rouanet” deixou de ser uma mãezona que dava vida fácil a vagabundos;

o Ministério das Comunicações, parou de frequentar o lupanar de “Dona Prensa;” não se compra mais “jornalismo”;

“Governabilidade” nome pomposo que, outrora se dava à partilha do erário pela quadrilha também foi pras cucuias;

assim, os Ministérios puderam ser reduzidos sem cumprirem a finalidade “democrática” de fazer onerosíssima coisa nenhuma, em troca de “apoio” político; extintos os Ministérios da pesca em aquários, os “pescadores” terão que botar o peito n’água, doravante; para “piorar” nosso “Elefante” conta com estrondoso apoio popular, como se viu no primeiro de Maio, último.

Apesar do estrondoso “Ele não” pois, seria ditador, algumas dezenas de atos ditatoriais, contra liberdade de expressão, direito de ir e vir, foram tomados pelo STF que, invés de Guardião da Constituição, que seria seu papel, invade competências dos outros poderes, faz leis, ordena CPIs, exige Censo; o diabo a quatro.

Tolheu, contra a lei, a autoridade do Presidente legando-a aos governadores e prefeitos, ensejando, como disse o Presidente, “os decretos subalternos”; mas, como tudo tem limite, o “Fascista” ameaçou usar as forças armadas nas ruas, para preservar os direitos civis prescritos no artigo quinto da constituição. Pasmem!

O “Ditador” ameaça usar a força, pelo cumprimento da constituição; pela preservação da liberdade civil. O STF tem se tornado onze botas apartadíssimas que o Brasil decente descalçaria com todo prazer.

Então, agoniza a precária situação dos fabricantes de problemas e soluções; nenhum nome que tentaram criar como “presidenciável” no ano que vem, surgiu com alguma relevância; finado Moro, Amoedo, Huck, Mandetta, Ciro, Aécio, Marina, juntos não dão caldo nenhum; restou buscar o antigo “campeão de votos” o presidiário multi-condenado, Lula.

Assim do nada, tudo o que foi feito pela Lava-Jato pereceu; hackers “descobriram" que Moro falava com os procuradores invés de se comunicar em LIBRAS; pode isso?? O Juiz foi considerado “suspeito” dado o lídimo trabalho dos ladrões de “provas”.

Então, o STF decidiu que não valeu; logo, o rei dos ladrões passou a ser elegível novamente. Lidera nas redes sociais todos os cenários possíveis, nas postagens de Zé Cueca, Maria do Rosário, Marco Maia, Gleisi Hoffmann et caterva.

Só não pode sair às ruas, senão chovem “votos”, digo, ovos... Como o ruim sempre pode piorar, recrudesce o movimento patriótico pelos votos impressos; consequentemente, auditáveis.

Assim a força mágica das urnas eletrônicas que confirmaria as “pesquisas” vermelhas deixa de existir. “Em time que está ganhando não se mexe”, afirmou o presidente do TSE o Ministro Barroso.

Os votos não auditáveis estão ganhando o quê? De quem? Enxurradas de denúncias e desconfianças a cada pleito, coisas que poderiam ser conferidas, se, impressos os votos. O time da confiança, segurança jurídica e idoneidade estão sendo goleados; urge, pois, uma mexida estrutural.

Não esqueçamos certa frase de efeito trevoso: “Tomar o poder é diferente de ganhar uma eleição” (filósofo Zé Dirceu)

Pois, planejamos para o ano que vem, que o poder permaneça com quem vencer democraticamente, mesmo desagradando aos fabricantes de dores e sedativos aludidos.

Não se trata de idolatrar Bolsonaro; é gente como nós, mas defende coisas com as quais pessoas decentes se identificam; Deus, Família, Pátria, liberdade, democracia, idoneidade. Ele nos representa como nenhum governante de antes. Se surgir outro igual ou melhor, sorte nossa.

Governa contra a oposição, STF, Congresso, grande parte da Imprensa e enfrenta uma pandemia. Qual daqueles outros citados enfrentaria isso tudo e seguiria apoiado e popular como ele?

“Ah, mas no tempo do Lula eu pagava..." ‘plaft’ cala a boca imbecil! O pior tipo de idiota é o idiota ostensivo. Volta a seguir o Filipe Neto e não enche o saco!

Serial Killers


“Houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição; negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” II Ped 2;1

Segundo Pedro, os falsos profetas estariam “entre vós;” na igreja e negariam ao Senhor.

É possível fazer parte da Igreja de Jesus Cristo, negando-O? Sim e não. Temos o aspecto visível, onde toda sorte de “aves do céus” pode se abrigar à sombra do Salvador; e, o espiritual, onde, apenas quem O Serve deveras é membro do Corpo de Cristo. “... o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6

Assim, se pode estar fisicamente na igreja, e espiritualmente no mundo; eis o caso dos falsos profetas em apreço! Não existem profetas teóricos; necessariamente esses estarão atuantes na igreja, mesmo não sendo parte dela. Como lá é o lugar para se pregar a Jesus, esses negam-no, pregando sobre Ele. Como assim?

Existem muitas maneiras de negar; a mais comum é a hipocrisia, da qual O Senhor falou: “Este povo se aproxima de Mim com sua boca; Me honra com os seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15;8

Paulo disse algo semelhante: “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, desobedientes; reprovados para toda boa obra.” Tt 1;16

“Muitos seguirão suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.” V 2
prossegue Pedro.

Aqui temos um adjetivo a mensurar suas mensagens: Dissoluções. Palavra usada para traduzir o grego “Aselgeia” cujo teor abarca, “... atos considerados violações graves das leis de Deus e que refletem uma atitude descarada ou atrevida de desrespeito; um espírito que revela desconsideração ou desprezo por autoridade, leis e normas. A expressão não se refere a uma conduta errada de natureza menor.” Dic bíblico

Segundo William Barclay, “Aselgeia” é um estado onde a pessoa não se envergonha de não ter vergonha. Diferente de outra que faz coisas erradas em oculto, o dissoluto as faz à luz; fiz mesmo, e daí?

Como um falso profeta precisa plateia, necessário que seja um desses que peca em público. É capaz de propor coisas que fariam corar a face de um homem decente com a maior cara de lata; seu alvo são moedas terrenas, não O Reino dos Céus. “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença; a sua perdição não dormita.” V 3.

Embora sejam suicidas não ligam; mas, atuam “... trazendo sobre si mesmos repentina perdição”. 

De certa forma qualquer um pode ser profeta, basta repetir com fé e verdade o que O Senhor falou, como disse Amós: “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” Am 3;8

Porém, o idôneo é alguém que se deixa usar por Deus porque Nele acredita; “... tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;” Rom 1;6 Não um profano metido a espertalhão que manipula porções que aprendeu, porque determinado público incauto nele crê.

Suas dissoluções são mensuradas como blasfêmias contra O Caminho da Verdade. Como muitos os seguem, além de suicidas são assassinos em série.

Embora, os seguidores tenham sua parcela de culpa, por darem asas à embriaguez dos sentidos, invés de ouvidos à verdade; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Cheios estão todos os meios de comunicação desses fabulosos assassinos, cujos corações, albergam amor ao dinheiro e desprezo pela vida; como os incautos tendem ao agradável mais que ao salutar, normalmente os antros da cobiça estão com mais frequentadores que os locais onde ainda se prega A Palavra da Vida.

Na hora crucial, onde ter ou não ter “azeite” será determinante, só então estarão maduros os frutos desses dissolutos; as “conquista$” todas mostrarão quanto valem ante à pergunta aquela: “Louco! Esta noite pedirão tua alma; o que tens preparado, para quem será?” Luc 12;20

Enfim, é diametral a diferença entre estar nu e não se envergonhar, por inocência, como no Éden, e não se envergonhar por não ter vergonha, como nossos falsos em apreço.

Como, onde estiverem nossos corações, estarão também nossos tesouros, quem encomenda sua segurança à sombra do dinheiro, invés da Sabedoria Divina, o que fará quando a demanda for por vida, não, bens terrenos?

“Porque a sabedoria serve de defesa, como de defesa serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Ecl 7;12

sábado, 8 de maio de 2021

Pelejar com Deus


“O Senhor disse a Josué: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles te poderá resistir.” Js 10;8

Quando da conquista da Canaã, instruções do Eterno ao Seu escolhido, Josué. Por um lado a peleja é do Senhor; “... os tenho dado na tua mão ...” por outro, a vitória iminente será reputada de Josué; “... nenhum deles ‘te’ poderá resistir.”

Esse é o relacionamento tencionado pelo Eterno conosco, mediante a fé. “... aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

Isso explicaria por quê, um que defendeu: “Deus acima de todos”, malgrado as inúmeras tentativas de derrubá-lo, ainda esteja de pé? Explica sim.

Pois, “nossas” vitórias derivam Dele; natural que, por isso, O louvemos e glorifiquemos; “Invoca-me no dia da angústia; Eu te livrarei, e tu Me glorificarás.” Sal 50;15

Entretanto, podemos contar com a Presença Santa lutando conosco quando estamos pelejando segundo Sua Vontade, como era o caso de Josué. Ai sim, parou sol e lua até, pela vitória dele.

Agora, devanear com a Divina ajuda em projetos efêmeros e rasos segundo minhas doentias inclinações não passará disso; reles devaneio. “Cobiçais, e nada tendes; matais, sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis, guerreais, e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites. Adúlteros e adúlteras, não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4;2 a 4

O primeiro erro, autonomia; “... não pedis” Aqueles que fazem mirabolantes projetos alienados de Deus, não pedem auxílio nem direção; afinal, “Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos; mas, O Senhor pesa o espírito.” Prov 16;2

Claro que “pesa” aqui significa avalia, sonda os motivos. Muitas coisas que nos soariam lógicas, aos Santos Olhos podem ser abjetas. Daí “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; o conhecimento do Santo a prudência.” Prov 9;10

O segundo erro: “... pedis mal ...” Há quem veja valor em mera religiosidade, ‘todas as crenças são boas’ não importando em quem se creia, desde que “faça o bem”; segundo A Palavra quem não crê blasfema; faz a Deus mentiroso. “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5;10

Outros imaginam virtuosas todas as orações a despeito de ter um relacionamento ou não; Mas, não é tão simples assim; “O que desvia seus ouvidos de ouvir a lei, até sua oração será abominável.” Prov 28;9

Lato sensu “Não há um justo sequer.” Entretanto, aos que justifica em Cristo, O Senhor chama de “justos”. A esses ouve quando rogam segundo Sua Vontade; “... A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tg 5;16

Se, por uma lado a obediência e comunhão nos fazem pelejar “com” Deus, como Josué, eventual rebeldia que entristeça ao Santo nos colocaria pelejando contra Ele, como tantos exemplos mostram; “Eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

A “Canaã” que fomos chamados a conquistar agora, em Cristo, sobretudo, é a santificação; cujos efeitos colaterais fulgem no testemunho, e na comunhão que nos permite entender o caminho que convém em cada encruzilhada.

Como no caminho do Êxodo havia “sinais de trânsito” notórios, luz à noite, nuvem de dia, aos obedientes está dada a comunhão com O Espírito Santo que instrui sempre que necessário; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Embora muitos autônomos prefiram ouvir espíritos, alienados da Palavra de Deus dada pelo Espírito Santo, é Dele a Única Voz que faculta andarmos segundo Deus. “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que O Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem O Espírito de Cristo, esse, não é Dele.” Rom 8;9

O Espírito de Cristo, pelo “Novo Nascimento”, não espíritos que voltariam em supostos médiuns.

Mas eles só fazem o bem! É? Um criador de porcos, aves só faz o bem aos bichos; higieniza, alimenta, abebera; depois mata.

Por isso O Senhor “pesa” os espíritos para ver a quê final miram, eventuais “bens” que eles façam. Pois, “Há um caminho que ao homem parece direito; mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12 Então, “Quem tem ouvidos, ouça o que O Espírito diz às igrejas ...” Apoc 2;7

sexta-feira, 7 de maio de 2021

O Segredo da Vida


“Aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?” Mat 19;16

“... que bem farei ...?” A ideia vulgar é de que a vida eterna seja algo que se possa adquirir de uma vez por todas; como se, alguém encontrasse a lendária fonte da eterna juventude; de posse dela, fruísse a vida ao seu bel prazer.

A pretensão de fazer algo em troca deriva de uma concepção errônea do quê, a dádiva significa. Antes que, uma posse estanque é um fluir no rio do viver, abdicando das próprias inclinações para andar pós a “Mente de Cristo.”

Embora o ingresso não se adquira por obras, uma vez tendo entrado, isso demanda um modo de viver específico, coerente com os valores do Rei Eterno. “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Daí, “Resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

Então, não fazemos boas obras para entrar; antes, a elas somos constrangidos porque entramos.

Eduardo Galeano via no inatingível, no utópico, a motivação necessária para nosso andar; disse: “A utopia fica mais pra lá, no horizonte; se, me aproximo dez passos ela se afasta outros dez. Então, para quê serve? Para isso; para caminhar”.

Outrem definiu que a meta comum é “chegar lá;” mas, “lá” é um alvo móvel que sempre avança um tiquinho à medida que andamos, como na utopia de Galeano. Assim, seríamos meros hamsters nas rodas exercitando-se no engano de caminhar.

Não obstante nosso “lá” também seja móvel e nos preceda de longe, donde podemos dizer como Paulo: “Esquecendo das coisas que para trás ficam prosseguimos para o alvo,” os que abraçam o chamado à vida eterna, têm objetivos a atingir; e são alcançáveis.

Inicialmente, edificação e santificação. Não que possamos lograr isso de nós mesmos; carecemos do Espírito Santo a nos edificar; “... aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp1;6

Para isso há uma “academia” onde Ele nos leva a “malhar” com vistas ao porvir; “... exercita a ti mesmo em piedade; porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.” I Tim 4;7 e 8

Tal exercício nos aperfeiçoa e enriquece com discernimento. “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Ciente desses objetivos que Paulo, em Corinto, cidade sede dos “Jogos Istmicos”, provavelmente, após ver um boxeador treinado ilustrou a diferença usando essa figura. “Pois eu corro, não como a coisa incerta; e combato, não como batendo no ar.” I Cor 9;26

Se, a fé sem as devidas obras é morta, como ensinou Tiago, as necessárias a quem espera conviver eternamente com um Senhor Santo se voltam contra aquilo que tende a nos fazer profanos, as obras da carne. Então, invés de bater no ar, - disse Paulo - “Subjugo meu corpo; o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.” I Cor 9;27

Aqueles para os quais O Senhor multiplicara pães e peixes, no calor da excitação natural também se dispuseram a “fazer” algo, mas O Salvador os desafiou a crer primeiro. “... Que faremos para executarmos as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Claro que crer Naquele que desafiou a tomar Seu Jugo demanda renúncia; isso de modo tão intenso que Paulo figurou como “Sacrifício vivo.” “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

Como vige uma concomitância temporal entre a vida finita e a eterna, temos a mortificação de um aspecto, o pecaminoso, na cruz, para herdarmos o santo, vivo e eterno. Daí, o contraditório “sacrifício vivo.”

Não há meio medalhão mágico que Indiana Jones possa encontrar numa remota caverna e resolver o enigma duma vez por todas. Trata-se de uma escolha moral, de quem abdica de si pela Vontade de Deus.

A vida será eterna quanto à duração, depois, e deve ser eterna quanto à qualidade dos valores abraçados desde já; como aconselhou Paulo a Timóteo: “Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para qual também foste chamado ...” I Tim 6;12

Se, deixarmos os ensinos do Salvador nos conduzir enquanto estamos cá, certamente, com Ele chegaremos lá.
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