sábado, 9 de setembro de 2023

Os escolhidos


“Mas, como fomos aprovados de Deus para que o Evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar homens, mas Deus, que prova nossos corações.” I Tess 2;4

Embora, a pregação seja uma busca estritamente por homens, “Pregai o Evangelho a toda criatura”, as credenciais e o fim, não vertem de perspectivas humanas. “Fomos aprovados por Deus, para agradar a Deus.”

Interessante que, quando Paulo fora “escolhido” não fazia nada de recomendável; antes, perseguia à Igreja.

Ao comissionar, O Senhor, a Ananias para orar por ele, aquele temeu. “Senhor, de muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam Teu Nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar Meu Nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel.” Atos 9;13 a 15

Mais tarde, escrevendo sobre seus compatriotas fez menção do “zelo sem entendimento”, provavelmente lembrando de sua fúria cega, perseguidora. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.” Rom 10;2

Então, a sua privação de entendimento sobre Jesus, fez necessária uma “reciclagem das ideias” por certo tempo. Para isso se manteve distante dos que o lideravam no judaísmo. “Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.” Gal 1;18

O resumo é que, por poder ver os corações, O Eterno escolhe coisas que os homens vetariam cabalmente. Esse veto seria pleno de “razão”. A escolha de Paulo irritara aos judaístas e assustara aos cristãos, como vimos nas objeções de Ananias.

Escrevendo aos Coríntios o apóstolo pontuou: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são.” I Cor 1;27 e 28

Noutra parte especulou os motivos; “... Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

Sendo a escolha, Divina, o objetivo, agradar a Deus, onde aparecerão, os que negociam porções “polêmicas” da Palavra a fim de fazer “boa figura” ante o mundo?

Deus pode forjar o improvável para o ministério; porém, o objetivo não sofre variáveis; os escolhidos devem pregar fielmente à Palavra, a despeito das comichões e preferências mundanas que invadem igrejas. “Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

Há mestres para todos os gostos. Os alternativos deixam patente, pela mensagem que pregam, que não foram comissionados por Deus; se o foram, abandonaram à santa convocação. Pedro trouxe dura sentença contra os tais; “Porque melhor lhes fora não conhecer o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada, ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

Não raro, vemos multidões de delinquentes espirituais gritando palavras de ordem em apoio a certos “perseguidos;” os que são aclamados por multidões deixam claro a fonte de seu “chamado”; “Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve.” I Jo 4;5
Os que O Senhor escolhe, primeiro, devem ser zelosos pela verdade, não por aplausos; pois, “Não são do mundo, como Eu do mundo não sou.” Jo 17;16

Igreja não é lugar de entretenimento, tampouco, a genuína mensagem enseja aplausos de pecadores, antes, contrição, vergonha, arrependimento.

Paulo foi perseguido do início ao fim; e o fim foi abreviado pelos perseguidores; na iminência do martírio pode dizer: “Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;6 e 7

O bom combate o fez lutar pela verdade até o fim; a entrega incondicional, capacitou-o a aceitar o que veio, sem duvidar da Bondade Divina.

Pregou um alvo para além dessa vida, e defendeu-o até o fim, quando a vida lhe seria tirada. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas a todos que amarem Sua vinda.” II Tim 4;8

Os que se derretem por aplausos não suportariam vaias; muito menos, morrer por Cristo. Deus não escolhe covardes.

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