terça-feira, 19 de setembro de 2023

A oposição

 

“... lhes desagradou extremamente que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel.” Ne 2;10

Neemias voltara, com permissão do Rei para reedificar a cidade e os muros. Ante isso, certos figurões que, por certo, lucravam com a desgraça alheia, torceram o nariz. Sambalate e Tobias.

Quando, da destruição da cidade, houve “vizinhos” que ajudaram aos babilônios. Indo os judeus cativos, seguiram seu viver, tranquilos em face ao “novo normal”.

Por Zacarias, O Eterno expressou Seu apreço àquela postura; “Com grande indignação estou irado contra os gentios em descanso; porque Eu estava pouco indignado, mas eles agravaram o mal.” Zac 1;15 Era juízo Divino, a permissão da vitória dos caldeus; mas, a intromissão da inveja e emulação, humanas, era apenas isso; Deus não pactuava com aquilo.

Para por a perder estavam presentes, depois, “descansados”. “...Nós já percorremos a terra; toda terra está tranquila e quieta.” Zac 1;11 A resposta ao Senhor, dos Seus emissários, após verificar a situação.

Setenta anos após aquela derrota, se descontentaram em saber que Neemias viera restaurar às ruínas. Sua oposição não foi apenas filosófica, discordando no campo das ideias. Usaram de todos os meios: Falsos profetas a desencorajar o povo; denúncias igualmente falsas ao rei persa, e como último “argumento” a força.

“Sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, os árabes, amonitas e asdoditas, que, tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo; ligaram-se entre si todos, para virem guerrear contra Jerusalém e os desviarem do seu intento.” Ne 4;7 e 8

Nuances da inveja. Se o desafeto está “comendo do ruim”, vida que segue, sem problemas; porém, se começa se reerguer, reerguem-se as forças daquela, tentando coibir.

Neemias e seus homens sabiam onde buscar socorro. “Porém, nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda, de dia e de noite, por causa deles.” V 9

O fato de “entregarmos” nossas lutas ao Senhor, não significa que podemos cruzar os braços; antes, enquanto esperamos Dele o livramento, e eventuais comandos, devemos fazer nossa parte. “Sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra, na outra, tinha as armas.” Ne 4;16 e 17

Aquele evento histórico levado a efeito por Neemias e possibilitado pelo Senhor, serve como figura de nossas vidas.

Também éramos cativos do pecado, com sua executora mor, a carne, e seu mentor, o capeta. O “Neemias” que se compadeceu de nossa miséria e doou-se para nossa regeneração chama-se Jesus Cristo.

Quem jamais ouviu escárnios de “Tobias e Sambalate”, ao saber que alguém se dispusera a buscar nosso bem? Ao primeiro sinal de conversão, muitos, familiares até, sentem o desconforto de ter perto de si alguém que ousa rumo à salvação, pagando o necessário preço, a renúncia da carne.

O escárnio, então, foi o primeiro ataque; “... ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, se indignou muito; escarneceu dos judeus. Estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente, seu muro de pedra.” Cap 4;1 e 3

Os mesmos que, quando estávamos mortos em delitos e pecados não davam a mínima, ao nos verem caminhando rumo à restauração da vida, tentam atrapalhar por todos os meios. Muitos deles, malgrado, permaneçam espiritualmente mortos, migram para nosso meio de olho nalguma vantagem que possam fruir.

Tobias, o opositor mor daqueles dias, também fez assim. Usou todos os meios para impedir e não pode; a empresa era Divina. Depois de restauradas as coisas, intrometeu-se, arrumou um cantinho para si no templo.

Neemias, ao saber, colocou os pingos no is; “... compreendi o mal que Eliasibe fizera; para Tobias fizera uma câmara nos pátios da casa de Deus. O que muito me desagradou; de sorte que lancei todos os móveis da sua casa, fora da câmara.” Ne 13;7 e 8

Aparentara-se com um sacerdote imprudente, e fora se aconchegando; Neemias ao chegar deu-lhe um merecido pé-na-bunda.

Paulo viu coisas assim, entre os Coríntios, e aconselhou um semelhante “despejo”; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e Eu vos receberei;” II Cor 6;14 e 17

Naquele contexto, foi banido para fora ao intruso; agora devemos sair do meio da impureza; nos santificarmos.

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