sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Os amorreus


“... os filhos de Israel perguntaram ao Senhor, dizendo: Quem dentre nós primeiro subirá aos cananeus...” Jz 1;1 “Naqueles dias... cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos.” Jz 17;6

Duas situações distintas. Na primeira, logo após a morte de Josué, ainda havia resquícios da direção do Senhor. Antes de uma empresa militar, oraram ao Eterno pedindo Sua direção. Quem subirá?

Na segunda, quando a apostasia estava disseminada, a ideia de se consultar a Deus perdera força; cada um fazia o que lhe dava na telha. Viveram a sugestão do maligno, “Vós sereis como Deus e sabereis o bem e o mal.” Acabaram escravos dos amorreus, amalequitas, midianitas... Eis a consequência “libertária” da desobediência! Escravidão.

Quantos ditadores corruptos, ao longo da história, a pretexto de libertar um povo, construíram impérios, ditaduras opressoras, com pesos muito mais graves que os que prometeram aliviar?

Na igreja muitos “libertadores", também viçam. Pedro denunciou aos que agiam, “Prometendo liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção...” II Ped 2;19

A liberdade em Cristo livra cada um, da tirania do ego, esse régulo falido que, eventualmente, pode fazer bravuras enfrentando à força; mas, capitula servil, à sedução dos prazeres.

Liberdade é mais ir e vir, expressar-se como aprouver; requer a força de agir como convém, mesmo quando “ameaçado” pelo prazer. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” Jo 8;36

As consequências de anexar povos ímpios e suas crendices invés de os eliminar, como fora ordenado, se faziam sentir. “... Nunca invalidarei Minha Aliança convosco... não fareis acordo com os moradores desta terra, antes, derrubareis seus altares; mas, não obedecestes Minha Voz. Por que fizestes isso? Assim também Eu disse: Não os expulsarei de diante de vós; antes, estarão como espinhos nas vossas ilhargas; seus deuses vos serão por laço.” Jz 2;1 a 3

Aquilo que O Santo rejeita, e recusamos a banir com a ajuda Dele, se nos torna, juízo; Deus usa essas coisas para nos disciplinar.

O período dos juízes, quando cada um agia como bem entendia, foi, certamente, um dos mais nebulosos de Israel. O desejo do povo de amalgamar-se com a cultura e impiedade circunstantes, o afastava da comunhão com Deus, e, não raro, acabava em escravidão.

Livramentos pontuais vieram mediante Eúde, Jefté, Otoniel, Débora, Gideão; invés da punição trazer anexa uma lição que, aprendida, afastaria seus dormentes praticantes da apostasia, a coisa tornara-se cíclica; de tempo em tempo o povo voltava ao mesmo lugar; escravidão.

O Eterno reiterava seus avisos; “... Eu sou o Senhor vosso Deus; não temais aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; mas não destes ouvidos à Minha voz.” Jz 6;10

Nos dias de Moisés e Josué, em linhas gerais certo grau de obediência existia; ante eventuais desvios, através do líder espiritual e civil, Deus recolocava as coisas no lugar. Todavia, depois, quando cada um fazia o que bem entendia, inevitavelmente entendiam mal, o caminho que deveriam tomar para agradar ao Eterno.

A turma do, “só dê palpites em minha vida se pagares minhas contas,” “se conselhos fossem bons se venderia, invés de dar”, etc. são os que abominam à ideia de que Deus através de um filho Seu lhes possa falar. Preferem a deriva irresponsável das próprias escolhas errôneas, a um conselho que ilumine segundo Deus. “O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem sabem em que tropeçam.” Prov 4;19

Os que, tendo conhecido Deus pelas Sua Obras, preferiram adorar às criaturas, negando seu potencial intelectual e espiritual, foram “feridos” justo nisso; onde a luz foi rejeitada, a noção envileceu, a loucura acampou. “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.” Rom 1;22

As consequências comportamentais, ensejaram, também, a perversão sexual; “Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. Semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Rom 1;26 e 27

Infelizmente, majoritariamente falando, voltamos aos dias ruins, onde cada um faz o que quer, rejeitando aos mensageiros de Deus.

Ora, os vícios que labutam em nossa carne são os “amorreus” que devemos banir de um todo, se queremos fruir, deveras, da “terra prometida” da Salvação, facultada por Jesus Cristo.
Não carecemos líderes da envergadura de Moisés, ou Josué; cada um pode consultar à Vontade de Deus, expressa em Sua Palavra.

Quem preferir endeusar suas preferências que o faça, sabendo disso: “O erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

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