domingo, 3 de setembro de 2023

Os bons são maioria?


Um antigo comercial da Coca-Cola defendia: “Os bons, são maioria.” A peça elencava algumas “razões” para se crer nisso. Uma delas, óbvio, era que milhares de pessoas, estariam no momento da veiculação, “compartilhando uma Coca”; outra, que nas buscas no Google, a palavra “amor” apresentava mais resultados do que, “medo”.

Havia outras supostas razões, mas, para efeito da análise, essas bastam. Chamar “bons”, aos que consomem seus produtos, qualquer mercador o há de fazer; afinal esses dão lucros às empresas; isso, para eles, sem dúvida é muito bom. Levá-los a crer que sua fidelidade servil é uma qualidade moral, com certeza, é uma pérola na arte da manipulação.

Os comunistas, como seus produtos são a inoculação da mentira em fomento do fanatismo, em sua propaganda, diriam: “Os politizados são maioria;” mas, internamente, no âmbito dos manipuladores ririam dando nomes aos bois: “Os idiotas úteis são maioria.”

Não significa que eu esteja qualificando como idiotas aos que gostam da aludida bebida; refiro-me aos que aceitam bovinamente a toda sorte de manipulação sem questionar.

Amor aparecer mais do que medo, nas buscas na “nuvem”, significaria também a supremacia da “bondade” humana, sobre a maldade? Como, a virtude não reside nas palavras, mas nas ações, e o lapso do que se sabe que deveria fazer e não se faz, coage aos hipócritas a falarem disso, tentando preencher a falta de substância com discursos ocos, as coisas mais notáveis pelas falas, também o são pela ausência.

Acaso não são os corruptos, que odeiam à justiça e probidade, defensores do aborto por ódio à vida, do livre curso das drogas por aversão à sanidade, opositores da liberdade de expressão, por ojeriza à verdade, etc. Que tomam para si o slogan: “O amor venceu o ódio”, ao verem consagrada sua vergonhosa fraude?

Os que se colocam na outra face da moeda, defendendo o oposto deles, não são, porventura, pechados como difusores de discursos de ódio? Assim, onde mais “aparece”, é que o amor não está. Quando se clamou a alguns “amorosos” desses em demanda por transparência, o que se obteve? “Perdeu mané! Não enche o saco!”

O Saara moral da atualidade seria obsceno, se, a imensa maioria não estivesse comprometida com a fraudulência do sistema. Num campo de nudismo, quem pretender andar vestido estará violando as regras. Os que não rezam pelo sistema globalista, comunista, são “radicais, fundamentalistas, retrógrados...”

Vimos outro dia, o apresentador Faustão “na fila do SUS” a espera de um coração para transplante. “Surpreendentemente” ele que deveria ver umas centenas de enfileirados precedendo-o no atendimento, teve seu “milagre” quase instantâneo. “Porra meu! Como a fila andou!” Nada contra ele; a maioria dos que o criticam, em seu lugar, com a necessidade e os meios, faria a mesma coisa. Minha aversão é à venalidade humana, à hipocrisia que tenta pintar corujas de papagaios.

“Más lejos”, por ocasião da conquista da Copa do Mundo de Futebol feminino, pela seleção espanhola, quando da comemoração, certo dirigente por nome Luís Rubiales, extrapolou a ética e beijou na boca à jogadora Jenni Hermoso; a coisa ganhou proporções estratosféricas. Não se entenda que estou de acordo com as taras descontroladas do careca Rubiales. Mas, para se fazer manifestações em cada jogo, faixas de apoio, como se ela ou algum familiar padecesse uma doença terminal, aí é demais.

Que a federação competente discipline ao passadinho e a vida siga. Me pergunto, na febre lacrosférica atual, se, invés dele, fosse uma mulher que fizesse a mesma coisa; qual seria a reação? Possivelmente, elogiosa, pela ousadia de demonstrar publicamente seu afeto, e em caso de conclusão de tendência LGBT, pela “coragem” de ser quem era. Quem ousasse criticar tamanha “irreverência” seria, presto, lançado na fornalha ardente da homofobia, aquecida sete vezes mais. “O Diabo pode citar Às Escrituras, quando isso lhe convém.” Shakespeare

Se, os bons são mesmo maioria, a falsidade e a hipocrisia devem ser coisas boas que ainda não aprendi a apreciar corretamente.

Infelizmente, a verdade nua e crua nem lida com percentuais, por absoluta desnecessidade. Todos somos maus, segundo A Palavra de Deus; por isso, talvez ela seja tão odiada pelos adeptos do “amor”; ela não massageia egos; antes, desnuda almas. “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;2 e 3

Deus não devaneia com supostos bons; antes, desafia os maus ao arrependimento. Como Ele preza qualidade, mais que quantidade, não liga para efervescentes “maiorias” sem teor, tipo os arranjos amorais do ecumenismo; “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mat 22;14

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