sábado, 2 de setembro de 2023

Convite aos mortos


“... por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Os que não lidam bem com as consequências do mau uso da liberdade, ora, culpam Deus, (por que colocar no jardim uma árvore proibida) outra, ao inimigo; (por que a serpente seduziu Eva?) entretanto, a sentença bíblica segue sóbria, veraz: “Por um homem, entrou o pecado no mundo...” Deus deixou a possibilidade, para liberdade de escolha, e advertiu das consequências; o inimigo sugeriu a necessidade, para crescimento espiritual, e blasfemou contra O Santo, atribuindo a Ele, mentira; (a imprensa já dava notícias) mas, a escolha foi humana.

Não importa que tenha sido a mulher a primeira seduzida; a responsabilidade fora dada a Adão. Ele deveria ter se mantido em obediência, não, seguido a esposa. Embora, o genérico, ‘homem’ refira-se ao ser humano, então, foi um juízo específico contra o vero culpado.

Quando da sentença, malgrado, cada um tenha tentado transferir sua culpa, o homem foi punido pelo seu feito de modo cabal; “... maldita é a terra por tua causa!” Gn 3;17 Transferir culpas, diluir responsabilidades, não cola onde impera a verdade.

Eventualmente, ao nos queixarmos das mazelas de estarmos vivendo “na idade do condor” algum gaiato observa: “A idade não vem sozinha.” Pois, o pecado também não. Ao ver aberta a porta da expressão, trouxe junto sua consorte. “... pelo pecado (entrou) a morte.”

A ceifeira estendeu seu alcance a todos os descendentes do primeiro casal. “... a morte passou a todos os homens ‘por isso’ que todos pecaram.” Partindo da inocência e pureza, o primeiro casal morreu porque pecou, depois, toda descendência pecou, porque estava morta. Migrou da inocência em liberdade, para a escravidão. “Sois servos daquele a quem obedeceis.” Rom 6;16

A ideia de uma existência pujante, embora, espiritualmente morta, nem sempre é entendida, tampouco, aceita pelos mortos que a ouvem. O máximo que acatam é que, como todos, também eles são pecadores; podem melhorar aqui ou ali, mas basicamente são gente boa.

Pode ser confortável ouvir; porém, é mentira. Deus não vê a morte como algo bom, e sentencia: “... Ninguém há bom senão Um, que É Deus.” Mc 10;18 Ainda: “... vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos...” Luc 11;13 “... Não há um justo, nem um sequer.” etc.

A abordagem do Evangelho começa por aí; não é um desafio a melhorar; antes, a renascer; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida... vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;24 e 25

Instruindo Nicodemos O Salvador deixou patente essa necessidade: “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; o que é nascido do Espírito é espírito.” Jo 3;3, 5 e 6

Abordar no âmbito natural as coisas espirituais escapa ao senso lógico, e turba a compreensão. Paulo ensina: “Nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;12 e 13

A vida espiritual, pela regeneração em Cristo, possibilita a habitação do Santo em nosso espírito vivificado. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual...” I Ped 2;5 “... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra; Meu Pai o amará, viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Por ser Ele O “Habitante”, natural que a escolha dos “móveis dos cômodos, acabamento, cor...” pertençam ao Dono da casa; “Se O Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam...” Sal 127;1

Sempre estará em derredor, o “profeta alternativo” para contrapor ao Criador. A escolha entre crer em Deus ou nele continua sendo humana; isso não mudou.

Como todos os convertidos têm duas naturezas, carnal e espiritual, segundo uma ou outra, farão escolhas. Sabendo que, “... a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois, não é sujeita à Lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7 por outro lado, “todo o que é nascido de Deus vence o mundo; esta é a vitória que vence o mundo, nossa fé.” I Jo 5;4

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