“Falou O Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.” Jn 2;10
O cinema criou o dr. Dolittle que falava com os animais. Uma fantasia estrelada por Eddie Murphy; distante da realidade. Todavia, O Senhor dos Exércitos, deu ordens a exércitos de gafanhotos, rãs, piolhos, codornizes... A Bíblia relata eventos assim, onde a Vontade Dele, manobrou coletivamente Suas criaturas.
Então, “falar” Ele, com o peixe que engolira a Jonas, não tem nada de extraordinário; Seu normal É Ser Deus, O Criador.
Fez mais que mandar regurgitar ao infeliz profeta; ordenou que o peixe fizesse isso, em terra seca. Ironicamente, os bichos se avantajam a nós na obediência, nem que para essa, no caso, fosse necessário sentir-se um peixe fora d’água. “O boi conhece seu possuidor; o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;3
Os céticos que zombam da literalidade dos textos históricos da Bíblia, colocam narrativas assim, bem como, os seis dias da criação, como coisas mal-entendidas; mitos que não devem ser levados ao pé da letra.
Precisariam ler a mitologia grega, por exemplo, para ver a multiplicidade de deuses, cheios de vícios, disputas, bem ao estilo das paixões humanas, para perceber a diferença entre lorotas de humana feitura, e a Divina Revelação. Se a narrativa Bíblica tem coisas que saem “fora da curva” no sentido “lógico”, não traz nada que avilte ao Eterno, nos quesitos, caráter, integridade, santidade.
Assim, é coerente, lendo Sua Revelação, que acusemos ao Senhor, de Ser mesmo, O Deus Vivo, O Único, O Santo.
Um deus de fabricação terrena não mandaria um servo seu pregar aos inimigos, para que esses não fossem destruídos, como foi a missão dada a Jonas. Precisaria um amor, que, o casuísmo egoísta dos homens desconhece. Então, não apenas o evento do “Vômito profético” deve soar “impossível.” Aquele que é inefável em Poder, também É, em amor.
Shakespeare “lavou as mãos” sobre a possibilidade de se conhecer tudo o que há, mediante as pobres reflexões humanas. “Há muito mais entre o céu e a terra, do que pode supor nossa vã filosofia.” disse.
Kant também viu coisas assustadoras; “O céu estrelado sobre mim, e a lei moral dentro de mim.” versou. Dos céus A Palavra ensina: “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, e uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala; mas, onde não se ouve sua voz?” Sal 19;1 a 3 Da lei moral interna, também fala: “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21
Qual filosofia poderia explicar o sentimento inato de aprovação ou reprovação das coisas, no prisma moral, sem um espírito “teleguiado” que bebesse de uma fonte semelhante? Se, tudo evoluiu casual e fortuitamente, e apenas os mais fortes sobrevivem, a única “lei” deveria ser a força, e o único alvo, a subsistência. “Quem pode mais, chora menos”, como vulgarmente se dizia. A ideia de civilização perderia o sentido e a barbárie seria necessária.
Porém, onde, o vigor esforçado das braçadas filosóficas não alcança, a revelação nada de costas. Quem leu “O Anticristo” de Nietzsche percebeu que, o verso bíblico que mais o incomodava, era aquele que tolhe o orgulho empinado dos “sábios” naturais. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1;27 Citou isso com fúria, revolta contra essa “incoerência” Divina.
O Senhor foi além em Seu desafio aos “pensadores”; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;19 e 20
Por acaso, um sistema que coloca aos mais baixos nos lugares mais altos, cobre de ouro e honras, às nulidades do circo, e vilipendia às profissões nobres, é sábio?
Para contraponto a essa “sabedoria”, O Eterno jogou com Sua “loucura” de se esvaziar por amor e se colocar ao alcance de assassinos; entretanto, “a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” v 25
A conversão não é um desafio ao intelecto, antes, à vontade. Por estar essa, enferma, o que aquele pode ver, finge que não vê, na arte suicida de trair a si mesmo. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas...” Jo 3;19
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