quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Os rebanhos


“Deu o mar os mortos que nele havia; a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; foram julgados cada um segundo suas obras... aquele que não foi achado escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo.” Apoc 20;13 e 15

Vemos dois tipos de pessoas, apenas; os mortos e os que estavam escritos no Livro da Vida.

Se, no plano físico consideramos vivos os que ainda respiram, e mortos que que não mais, então, viverão os arrolados no Livro Santo, os outro, não. Salvos e perdidos; dois grupos.

Na Terra se canta louvores à diversidade, não de criaturas, essa foi Deus que fez, mas, de comportamentos, derivada da perversão humana, lá não será tão diversificado; dois imensos rebanhos; vivos e mortos.

As febres humanas que atribuem fama e proeminência a alguns, separando-os dos demais, classificando a sociedade em “camadas”, não farão sentido no julgamento.
Parte dessa febre ainda arde entre nós. 

Por ocasião do falecimento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Para muitos, a vida deveria parar um pouco; desportistas como ele deveriam estar em seu funeral; algumas ausências foram consideradas “imperdoáveis”. Para a comentarista Ana Taís Mattos, o Grêmio não deveria ter apresentado seu novo contratado, Luiz Soares, no dia do funeral; “faltou sensibilidade” disse.

Com devido respeito aos familiares e amigos, escrevi noutro texto que o Pelé “morreu” em 1977 quando parou de jogar; agora faleceu o Edson, gente como nós. Sua fama derivou do que fizera até então; muitos confundem dons com frutos. Aqueles são talentos recebidos; frutos são gerados partir de escolhas no âmbito do caráter, dos valores. Seus dons permitiram realizações ímpares em seu ofício; os frutos não são de domínio público; O Senhor Conhece.

No dia do juízo estará num dos dois grupos, (espero que no Livro da Vida) os feitos que lhe deram notoriedade aqui, não contarão. Sua relação com Cristo, e, com os semelhantes à luz dos Ensinos do Mestre contarão, as febres terrenas estarão curadas.

O delírio humano é derivado de nossas paixões. Os homens aplaudem e normalizam coisas que os Céus não validariam. Assim, nossas tendências e inclinações não servem como aferidoras de nada. Como reagimos a Cristo, O Salvador, é determinante para se saber em qual dos dois grupos estaremos.

A Palavra de Deus jamais menciona o tal Purgatório, invenção herética do catolicismo, tampouco, apresenta almas em contínuo estágio evolutivo, como ensina o espiritismo. Arrola todos como mortos desde a queda, “... por um homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte; a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Se há um processo evolutivo onde os “Karmas” são purgados mediante sofrimento, a Cruz de Cristo significa o quê? Não adianta chamar Cristo de “Divino Mestre” como fazem alguns, e avalizar ensinos que fazem a morte Dele parecer uma insanidade vã. O espiritismo não é um ramo do cristianismo; se opõe a ele. Os mortos não receberam nova vida para se purificarem; antes, foram lançados na perdição.

Cristo condiciona a salvação ao “Novo Nascimento”, “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus.” Jo 3;5

Em Seu chamamento aos pecadores, o Senhor convidou-os a ressuscitaram, uma vez que, mesmo respirando estavam mortos; “Em verdade, em verdade vos Digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25
Ouvirem a voz é uma figura, para, receberem os Seus Ensinos. 

Então, católicos e espíritas podem crer no quiserem; o que nenhum deles pode é demonstrar que essas crenças são ensinadas nas Escrituras.

A tendência humana de “modernizar” as coisas, a pretexto de “evoluir, incluir” inevitavelmente excluirá muitos do Livro da Vida, todos que se recusarem esperar na “antessala” do mesmo, no Livro dado aos homens, A Palavra de Deus.

O que é eterno, óbvio, não é biodegradável; nem carece emendas, reparos; assim é A Palavra de Deus. “Jesus Cristo É O Mesmo; ontem, hoje e eternamente.” Heb 13;8

Logo, invés de modernismos, para efeito de salvação devemos ser meio “jurássicos.” “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

O direito de escolha faculta tudo a cada um; seguir após O Salvador, ou mesmo dizer um sonoro não! Na Face de Deus. As consequências das escolhas prescindirão de palavras. A uns darão um registro eterno entre os vivos; a outros, apenas um mergulho em certo lago.

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