domingo, 8 de janeiro de 2023

Bom nome


“Escreve as coisas que tens visto, as que são, as que depois destas hão de acontecer; o mistério das sete estrelas que viste na Minha Destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.” Apoc 1;19 e 20

Antes de ditar o que queria que João escrevesse, O Senhor Ressuscitado mostrou que Tinha em Suas Mãos, tanto as igrejas, quanto seus anjos (pastores).

Sendo assim, por que não levantou um profeta em cada uma delas e entregou o que deveria ser entregue diretamente? Se fizesse assim, a mensagem não existiria mais, não seria alvo de estudos como é, tampouco, teria o selo de mensagem inspirada, sendo dada mediante um anônimo, sem o histórico de João.

O apóstolo tinha as credenciais de um ministério profícuo, de ter aprendido diretamente do Mestre, e estar degredado em Patmos, justamente pelo ódio que o mundo tinha, contra os servos do Senhor. Uma reputação assim ajudava para que a mensagem fosse recebida com a seriedade necessária.

O Salvador, pela Sua chamada, ensino, revestimento, comissão, (juntamente com a disposição obediente dele) dera a João a reputação de servo idôneo; então, estava usando a mesma a serviço de Sua Obra.
Como seria se enviasse Suas Palavras mediante alguém sem essas credenciais? O descrédito seria inevitável.

Inúmeros aventureiros existiam então; muitos “Evangelhos” alternativos foram escritos, e depois rejeitados pela igreja, por estarem em desacordo com a mensagem revelada;
houve até alguns, que tentaram o exorcismo sem condições para isso; “Alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o Nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. Os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois?” Atos 19;13 a 15 Além de não conseguirem expulsar, levaram uma surra, foram envergonhados.

Vemos, pois, que até a oposição sofre o impacto do bom nome, quando um obreiro o possui. “... bem sei quem é Paulo;” Salomão dissera: “Melhor é a boa fama que o melhor unguento...” Ecl 7;1

Então diferente desse mundo que empresta fama a nulidades várias, boa reputação no âmbito espiritual é indispensável, para que o obreiro seja uma ferramenta útil ao Senhor.

Qualquer que se voluntaria para a função de obreiro deve saber dessas coisas; “Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.” I Tim 3;7

Atualmente grassa um oba-oba de gente sem conversão atrevendo-se nas coisas espirituais, fazendo pose de profetas, apresentando seus corações doentios como “Vontade de Deus”. Cheias estão as redes sociais desses pilantras falsários. Por que digo, sem conversão? Porque quem se converteu aprende o Temor do Senhor; sob esse, não se atreve a sair profanando o que É Santo.

Entregam suas “profecias” estilo horóscopo; se der certo hoje, deu, se não, outro dia dará. Não têm alvo objetivo, é para quem “receber”. Ora para quem receber é a mensagem de salvação; não basta digitar um “amém, eu creio”. É preciso se deixar transformar pela Palavra que ouve. “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Deus pode usar até mesmo uma jumenta falante, caso Ele queira; verdade atrás da qual costumam se esconder maus obreiros, pois, tem a ver com o que O Eterno Pode; não com o que Ele deseja. Aos Seus servos está dado outro alvo; “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” II Tim 2;15

Além do bom nome, do testemunho mesmo dos que estão de fora, o devido preparo mediante estudo da Palavra, se alguém deseja ser idôneo para a Obra de Deus.

De gente cheia de palavras sem o testemunho coerente se dizia, na idade média; “O que tu és fala tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.” Como alguém sairia por aí a propagar um remédio que cura às almas, estando ainda cheio de sintomas de doença?

Paulo exigiu coerência aos coríntios, dizendo que só poderiam punir à desobediência depois de terem aprendido a obedecer; “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa submissão.” II Cor 10;6

O renome na terra é ilusório; “A fama é para os homens como os cabelos; cresce depois da morte, quando já lhe é de pouca serventia.” Einstein

No prisma espiritual, não deriva de uma busca; mas, de buscarmos fidelidade, renúncia, submissão; “A grandeza foge de quem a persegue, e persegue quem foge dela.” Textos judaicos

Nenhum comentário:

Postar um comentário