quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

O bom combate


“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” Heb 10;32

Invés da migração de um lugar a outro, iniciação ritual em determinado credo, ou, adesão a um conjunto de regras, normas, a salvação é figurada como sendo o raiar de uma luz. “... depois de serdes iluminados...”

Nossas almas eram ambientes escuros, dentro dos quais, a vinda de Cristo, O Salvador, acendeu uma luz que permitir vermos o que nos estava oculto.

Há uma migração, mas não envolve endereços que identifiquem um percurso; antes, duas condições, uma escura, outra, iluminada. “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é Quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da Glória de Deus, na face de Jesus Cristo.” II Cor 4;6 “... Eu Sou a Luz do mundo; quem Me segue não andará em trevas, mas terá a Luz da Vida.” Jo 8;12 etc.

Iluminação, refere-se a abertura do entendimento; A Palavra de Deus deixa ver isso, quando alude ao trabalho da oposição; “Mas, se ainda nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

É obra estrita da Graça Divina; “vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as virtudes Daquele que vos chamou das trevas para Sua Maravilhosa Luz;” I Ped 2;9

Esse “iluminar” em nossos espíritos mostra-nos as coisas como são e nos desafia a andarmos conforme; “Esta é a mensagem que Dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, não há Nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com Ele e andarmos em trevas, mentimos, não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz Está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;5 a 7

Conversão não é mero desafio a mudar de vida; antes, um chamado para receber vida, àqueles que, em si mesmos estavam mortos; “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que ouvirem viverão.” o 5;24 e 25

Essa luz opera muito mais que o mero possibilitar ver; “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” Jo 1;4

Enquanto errarmos em trevas, a oposição não se importará muito conosco; entretanto ao ouvirmos o Chamado de Cristo, as trevas passarão a resistir; “... depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.”

O inimigo não gasta seu latim para dissuadir a quem já está morto em delitos e pecados. Ele “deu corda” a toda maldade do mundo e deixa a mesma “no piloto automático”. A própria natureza humana caída trabalha para ele; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Seus esforços visam cegar, barrar o caminho daqueles que aprendem de Cristo.

Muito se fala alhures, em batalha espiritual; poucos, contudo, percebem que a mesma tem como objetivo a conquista das mentes, pois, segundo as diretrizes dessas, as ações humanas são decididas.

Por isso, quando Paulo menciona nuances da batalha, alude a isso; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Desse modo, a derrota do nosso inimigo tem a ver com nossos entendimentos aprimorados em Cristo, não com exorcismo, como parecem crer, alguns. As armaduras figuradas em Efésios capítulo seis, têm a ver com caráter transformado, justiça, verdade, fé, salvação, Evangelho; e a “arma” que faz a operação disso tudo; A Palavra de Deus.

Num mundo que, em nome de evitar polêmicas se “canoniza” tolerância, inclusão e similares, o menor desafio a seguir a Luz de Deus é tachado como “discurso de ódio”, os que desejam manter sua fidelidade a Ele precisam estabelecer prioridades. As coisas periféricas eventuais, combates da oposição, são o preço a pagar.

É compreensível que os “bichos” de hábitos noturnos tenham aversão à luz. Não sejamos dos tais; “Viu Deus que era boa a luz; e Fez separação entre a luz e as trevas.” Gn 1;4

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