terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Coma enquanto podes


“... nomeia magistrados e juízes, que julguem todo o povo que está dalém do rio, a todos que sabem as leis do teu Deus; ao que não sabe, lhe ensinarás.” Ed 7;25

O persa Artaxerxes, enviando Esdras pra restabelecer o culto em Jerusalém e organizar a sociedade; tendo como princípio normativo a Lei de Deus; os juízes seriam, preferencialmente, os que a soubessem; caso contrário, deveriam aprender.

Amarga ironia; foram para o cativeiro, justamente pela desobediência ao Mandado Divino; então, eram libertos sob a condição de terem como norma, a Lei; isso, vindo de um gentio.

Para os que pretendiam ser “povo santo” ficou essa lição; ampliada nos dias de João Batista. “Não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai Abraão; porque vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;9

A Palavra nunca teve trânsito fácil, por causa da fraude que se tornou o homem, após a queda. Preferiu o novo “profeta” que, descompromissado com justiça e verdade, lastreou seu acesso ao coração humano pelas facilidades, prazeres.

Invés de aquilatar as coisas segundo a justiça, o homem valorou pelo sabor; o agradável sobrepujou ao verdadeiro; o alienado do Criador, morto, começou a atuar como se, o chamado à vida fosse uma ameaça, a morte, refúgio. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Se o critério para a reprovação é a consciência do mal, a história de autonomia, que o homem mesmo decidiria sobre bem e mal se revelou crassa mentira, o próprio íntimo humano testifica.

Paulo mencionou essa dubiedade nociva; onde o homem, escravo do mal, tem ciência do bem, sem força para praticar; “Se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” Rom 7;20 e 21

A primeira providência do Salvador, no tocante aos que O Recebem, é “turbiná-los” para que possam agir conforme a ciência do bem, do justo. “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus...” Jo 1;12

Essa insanidade da rejeição ao Santo recrudesce cada vez mais; em determinado tempo o homem se mascarava na hipocrisia, até tomando porções da Santa Palavra sem cumprir; esse “nicho de mercado” deu azo ao labor dos falsos mestres; depois, “progrediu” para um estágio onde não mais queria ouvir; a apostasia potencializou a busca por credos “alternativos”.

A derrocada continuou rumo ao descrédito agressivo contra A Palavra da Vida; nesse viés, ganharam evidência muitos pensadores ateístas; suas falácias foram promovidas nos meios midiáticos, como se, a cegueira fosse sinônimo de filosofia.

Agora, se parte para o enfrentamento da Palavra; é proibida em mais de duas dezenas de países; a China, maior produtor de Bíblias para exportação, veta que se publique por lá, porções das Escrituras nas redes sociais. Altera ao bel prazer do Partido Comunista, partes “incômodas”. Isso figura certas “teologias” que grassam; a Bíblia seria boa para se ganhar dinheiro apenas, não para alimentar espiritualmente.

Em alguns casos o enfretamento à Palavra é disfarçado; pregadores liberais falam em “atualizá-la;” a essência é a mesma, dizem, mas a forma não deve ser “rígida”; pretendem abrir as portas para alterações ao gosto do mundo, “adequando” O Texto Sagrado às perversidades vulgares de ímpios. O líder dessa temeridade suicida atende pela alcunha de Papa Francisco. Contudo, há muitos “pastores evangélicos” na avenida.

Breve teremos a criminalização da fé, porque, a sadia recusará o balaio de gatos em gestação, o ecumenismo. O mundo já treina a narrativa com a qual rotulará a resiliência dos remanescentes fiéis; “discursos de ódio.”

Logo, os “defensores do amor” se ocuparão em calar nossa voz, tolher o Livro Sagrado, considerando todos os credos igualmente válidos, por contraditórios que sejam; nova versão do “vós mesmos sabereis o bem e o mal”. O “bem” será concordar com tudo; o “mal”, seguir fiel ao Deus Vivo.

Será juízo vindo Dele. “... não receberam o amor da verdade para se salvar. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro...” II Tess 2;10 e 11 “Irão errantes de um mar até outro, do norte até ao oriente; correrão por toda parte, buscando A Palavra do Senhor, mas não acharão.” Am 8;12

Quem não tiver dentro de si, “O Livro de Eli”, não achará mais. Então, “... não sejas rebelde como a casa rebelde; abre tua boca e come o que Te dou.” Ez 2;8

Nenhum comentário:

Postar um comentário