terça-feira, 17 de janeiro de 2023

A Luz


"Agora Senhor, despedes em paz Teu servo, segundo a Tua palavra; pois, já os meus olhos viram Tua salvação, a qual Tu preparaste perante a face de todos os povos; Luz para iluminar as nações, e para glória de Teu povo Israel.” Luc 2;29 a 32

Simeão, por ocasião da apresentação do Menino Jesus, com oito dias de vida. Deus lhe revelara que ele não morreria antes de ver O Ungido do Senhor, uma vez cumprido, disse essas palavras. Despedes em paz Teu servo.

Além de ser informado sobre quem era O Escolhido, Simeão pareceu ter uma ideia clara sobre a Missão do Salvador. Salvaria das trevas, e teria uma missão universal. “Luz para iluminar as nações...”

Fora vaticinado pelos profetas, que O Senhor viria com fulgor de uma imensa Luz; “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” Is 9;2 “Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, a Glória do Senhor vai nascendo sobre ti; porque eis que as trevas cobriram a terra, a escuridão os povos; mas, sobre ti o Senhor Virá surgindo, a Sua Glória se verá sobre ti. Os gentios caminharão à tua luz...” Is 60;1 a 3

Essa compreensão esperável, a partir dos escritos dos profetas, não foi encontrada quando do Ministério do Senhor. Invés de alguém que os iluminasse, os judeus desejavam outrem, que odiasse seus ódios, alimentasse seus preconceitos, e tornasse Israel, outra vez, um império, como nos dias de Salomão.

Invés disso, Jesus se mostrou amigo de publicanos e pecadores, solícito para com samaritanos, e até, pasmem! curava empregados dos romanos.

Grande parte do Ministério libertador do Senhor se perdeu, porque as pessoas não podem ser libertas daquilo que não desejam.

Consideravam mal, coisas que estavam ao redor deles, jamais, as que estavam dentro; ao revelar essas coisas, a rejeição assomou; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

A luz tanto é boa, quando, nos mostra as coisas circunstantes, quanto, quando nos mostra. 

O episódio da mulher adúltera, no qual O Salvador Desafiou a lançar a primeira pedra aquele que estivesse sem pecados, ilustra bem a facilidade humana de ver culpas nos outros, e a dificuldade de encontrá-las, em si.
A Luz não tem problemas com isso; mostra as culpas onde estiverem.

O erro que os coevos de Jesus cometeram é o mesmo de muitos atuais. Estão dispostos a ter um relacionamento com Ele, desde que, possam estabelecer em quais termos.

Duas coisas a considerar: Ninguém é forçado a seguir Jesus; mas, se o fizer, que o faça nas condições Dele. “Chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após Mim, negue a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-Me.” Mc 8;34

“Se alguém quiser...”
Ele jamais coage ao homem. Livremente esse terá que decidir se O segue, ou não. A única forma justa de responsabilizar pelas consequências é advertir das mesmas, e facultar liberdade de escolha; Deus o Faz assim.

Quando A Palavra diz que Ele “nos predestinou em Cristo” isso refere-se aos predicados, não, sujeitos. Digo, preparou d’antemão o destino dos que estarão “em Cristo”, sem predeterminar quem estaria. A escolha continua sendo do homem. “... te tenho proposto a vida e morte, a bênção e maldição; escolhe, pois, a vida...” Deut 30;19

Se alguém supõe tomar para si O Nome do Senhor, para obter vantagens segundo seus desejos desorientados, não entendeu a Missão Dele; “Deus Estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a Palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Há uma inimizade eterna a ser desfeita, primeiramente. Cada um de nós, por cioso de suas boas obras que seja, tem sua parcela de culpa, pelo largo consórcio com o pecado.

A Luz Veio, não para realizar nossos desejos, mas, para suprir uma necessidade vital, e desafiar-nos a segui-la. Apenas assim, a eficácia do que Ele Fez por nós se verifica; “Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;6 e 7

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